Anjo Mecânico - TID #1

Autora: Cassandra Clare

Título original: Clockwork Angel

Tradução: Rita Sussekind

Editora: Galera Record

Série: As Peças Infernais
Páginas: 392
Onde encontrar: AmazonBR

Sinopse: Tessa Gray tem um anjinho mecânico pendurado no pescoço, um presente de família do qual nunca se separa. O tique-taque do pingente faz com que ela se sinta segura junto à lembrança dos pais, que já morreram. Mal sabe Tessa que esse barulhinho muito em breve vai se tornar o odioso som de um exército comandado por forças do Submundo. Com os Caçadores de Sombras e seu recém-descoberto poder sobrenatural, ela enfrentará uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das trevas na Londres vitoriana.

Antes de Os Instrumentos Mortais, existiram As Peças Infernais. Numa Londres vitoriana, o perigo que ameaça tanto mundanos quanto Caçadores de Sombras é algo jamais visto antes, algo que os Caçadores não estão preparados para combater. O Magistrado é o cérebro por trás desse novo exército... poucos sabem sua verdadeira identidade, mas todos sabem o que ele quer: Tessa Gray. Tessa é sequestrada assim que chega em Londres, seu irmão, Nate, é refém das forças do Submundo e ela descobre que não é quem sempre achou que fosse. Na boa, essa série promete!

Sinceramente, Cassandra Clare se superou. As Peças Infernais é muito mais sarcástica e gostosa de ler do que Os Instrumentos Mortais, na minha opinião. Há fãs que dizem que isso se deve ao fato de Cassandra já estar mais madura como escritora e mais familiarizada com sua própria criação. Eu concordo com eles.

O Instituto de Londres é o lar de Jem Carstairs, um menino calmo, gentil, adorável e doente. Seu parabatai, Will Herondale, obscuro, misterioso e totalmente grosseiro com aqueles que possam demonstrar qualquer gesto de afeto a ele. A dinâmica entre eles é algo a ser admirado, um é o conforto e equilíbrio do outro, apesar de parecer que Jem é quem controla as atitudes impulsivas de Will, este é como uma força da natureza, ou seja, não pode ser controlado. É lindo de se ler. Temos também Jessamine Lovelance que odeia a mera ideia de lutar contra demônios ou usar as roupas de combate, ela é uma dama. (Aham, sei...é assim que chama agora?) Henry e Charlotte Branwell, o casal que controla o Instituto. Pessoalmente, eu adorei esses dois juntos: Charlotte é a racional, enquanto Henry está ocupado no seu laboratório e com as suas invenções. E ter esse tipo de relacionamento, numa época em que a força feminina ainda não era bem aceita, é - no mínimo - interessante.

"- Henry, se puser fogo em você deliberadamente, darei início aos procedimentos de divórcio." Charlotte, p. 64

Enfim, depois de uma noite de ronda quando os parabatai encontram uma garota morta, Will começa a investigar e, semanas depois, acaba resgatando Tessa das garras das feiticeiras que a torturaram. No entanto, uma vez em que a Clave está envolvida, é difícil deixar algo para trás. E como Tessa sabe muito pouco sobre quem ela é, até mesmo o que ela é, precisará da ajuda que os Caçadores de Sombras estão oferecendo. A trama que a envolve, também está relacionado ao Caçadores, por isso ela se verá cada vez mais próxima de Will e Jem e passará por diversas situações onde sua habilidade, sua confiança e seu coração serão testados. 

O interessante sobre As Peças é ver como objetos que existem em Os Instrumentos foram criados e pensados há mais de 150 anos: sensor, Clube Pandemônio, além - é claro - do crossing-over de personagens como Magnus Bane, Rogner Fell, Churchill (Coroinha), Camille Belcourt. 

Resumindo, é um livro que termina de um jeito intrigante e dá migalhas para a solução do mistério que é o Magistrado - ou seja - você vai correndo ler o segundo volume Príncipe Mecânico.

P.S.: Quem mais achou o anjinho de Tessa fofo e conveniente? hahaha
Obviamente que eu estou louca atrás de um daquele. Vocês têm alguma ideia de onde eu posso encontrá-lo?