Ligeiramente Maliciosos - Os Bedwyns #02

Autora: Mary Balogh
Título original: Slightly Wicked
Tradução: Ana Rodrigues
Série: Os Bedwyns
Editora: Arqueiro 
Páginas: 280
Onde comprar: Amazon, Saraiva, Submarino

Sinopse: Após sofrer um acidente com a diligência em que viajava, Judith Law fica presa à beira da estrada no que parece ser o pior dia de sua vida. No entanto, sua sorte muda quando é resgatada por Ralf Bedard, um atraente cavaleiro de sorriso zombeteiro que se prontifica a levá-la até a estalagem mais próxima. Filha de um rigoroso pastor, Judith vê no convite do Sr. Bedard a chance de se experimentar uma nova aventura e se apresenta como Claire Campbell, uma atriz independente e confiante, a caminho de York para interpretar um novo papel. A atração entre o casal é instantânea e, num jogo de sedução e mentiras, a jovem dama se entrega a uma tórrida e inesquecível noite de amor. Judith só não desconfia de que não é a única a usar uma identidade falsa. Ralf Bedard é ninguém menos do que lorde Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, que partia para Grandmaison Park a fim de cortejar sua futura noiva: a Srta. Julianne Effingham, prima de Judith. Quando os dois se reencontram e as máscaras caem, eles precisam tomar uma decisão: seguir com seus papéis de acordo com o que todos consideram socialmente aceitável ou se entregar a uma paixão avassaladora? 

Oi, leitores! Hoje como quase de praxe eu lhes apresento mais um encantador romance de época! Ligeiramente Maliciosos foi uma leitura emocionante e apaixonante. O segundo volume da série Os Bedwyns é muito mais encantador que o primeiro - não que Ligeiramente Casados (resenha) não tenha sido, mas ele não me deixou tão encantada quanto o segundo. 

Judith Law é a filha do meio, entre 5 irmãos, e graças as extravagâncias de seu único irmão, a família dela está em uma situação precária, então o pai de Judith pede ajuda para a irmã, que felizmente conseguiu fazer um casamento vantajoso, e em troca da ajuda dela, uma das filhas do pastor deverá prestar serviços domésticos à tia, e Judith se encarrega do cargo.

No caminho para a casa da tia, a diligência apertada dela acaba sofrendo um acidente, e todos se vêem em um lugar no meio do nada, e para melhorar, com a provabilidade de que irá cair uma chuva em breve. Momentos antes do acidente acontecer, Judith estava sonhando com um destino diferente do que estaria prestes a enfrentar, sonhando com um cavalheiro montado em um cavalo e vindo para salvá-la de ir morar com a tia, e como se aquele sonho fosse real, logo aparece um cavalheiro vindo em direção à diligência. 

Rannulf Bedwyn estava voltando da casa de seu irmão recém casado, ainda não acreditando no acontecimento, quando avistou aquele monte de gente na beira da estrada e considerou não parar, afinal, estava indo encontrar a tia, que pela milésima vez estava convocando ele para um encontro com uma possível noiva. Mas ele para, e não se arrepende de tê-lo feito. Logo que Rannulf avista Judith algo dentro dele se agita e sente uma forte atração por ela. Seja pelo contraste da pele branca com os cabelos avermelhados, ou por aqueles olhos brilhantes, ele se encanta e logo a convida para ir à procura de uma estalagem para abrigar a todos da diligência. 

Eu nem preciso dizer o que acontece depois disso, né? É só amor... (hahaha). Brincadeira, mas nem tanto, como os dois se apresentam com nomes diferentes e fingem ser quem não são, o encanto parece crescer, Judith acaba encenando algumas cenas para ele (já que ela finge ser uma atriz) e Rannulf fica sem palavras com o talento natural dela, porque ela é realmente muito boa. Eles acabam passando mais tempo juntos do que o planejado e, não querendo acabar com isso, Rannulf diz que irá acompanhar ela até York, já que ainda não está pronto para deixá-la ir. Como Judith não está indo para York nenhuma, ela acaba fugindo dele, logo de manhãzinha, indo ao encontro do inevitável destino. 

Bem, tudo o que Judith lembrava da tia era que ela era meio que uma megera, e isso parece ter passado para a filha, mas como Judith estava lá para tomar conta da avó, que parece ser a única que aprecia a companhia dela, ela mantém o máximo de distância possível da tia e da prima. Até o dia no qual Lorde Rannulf Bedwyn, pretendente de Julianne (a prima malévola) aparece na casa com sua tia, dona de uma grande propriedade perto dali. 

Eles logo tomam consciência da presença um do outro, ela reconhece a voz dele, e ele a reconhece não muito depois, mesmo que agora ela esteja com o vestido mais solto, coisa que não realça a verdadeira forma do corpo dela, e uma touca na cabeça que esconde todo o cabelo dela, as diferenças de vestuário são gritantes, mas quando os olhos deles se encontram uma faísca parece aparecer. 

- Depois que eu me casar, Judith - disse Rannulf, percebendo que ela não estava com humor para brincadeiras -, minhas esposa contará com devoção absoluta, dentro e fora do leito matrimonial. Isso seria verdade mesmo que, por alguma razão, eu fosse persuadido a me casar com uma mulher que não fosse da minha escolha... como quase aconteceu nas últimas semanas. Você é a noiva da minha escolha, o amor do meu coração, pelo resto da minha vida. (pág. 267)

E daí para frente o livro só melhora, Mary Balogh realmente deu um "up" na história. Ela nos apresenta uma personagem com um sonho, mas que devido as circunstâncias, não pode realizar, mas que encontra no amor uma forma de se expressar, e que a faz pertencer a um lugar. 

Espero que tenham gostado da resenha, e leiam romances históricos! (hahaha)