Autor: Stephen Chbosky
Título original: The perks of being a wallflower
Tradução: Ryta Vinagre
Editora: Rocco
O que falar desse livro? Bom, consigo defini-lo em duas palavras: triste e lindo.
A história de Charlie é narrada através de cartas que ele escreve para um interlocutor desconhecido ao leitor. Apesar deu acreditar que nós sejamos o interlocutor de Charlie, um parceiro e seu confidente e apenas expectador do desabrochar de um jovem de 15 anos traumatizado pela vida, em plena época de rock, drogas música de altíssima qualidade. Charlie está começando o Ensino Médio e não tem nenhum amigo, adora ler e vive às margens da sociedade. Até que conhece Patrick e Sam, pessoas que serão capazes de mudar a vida de Charlie para sempre.
As cartas começam num ritmo constante, onde o leitor pode perceber como que é doce e frágil a personalidade desse garoto incrivelmente inteligente e com o dom para a escrita. Porém, na medida em que se aproxima de Sam e Patrick, se afasta das cartas, deixando intervalos maiores, porque ele diz estar "participando". E assim, uma constante é percebida nas cartas: quando tudo está bem na vida de Charlie, as datas são mais espaçadas. Já quando ele entra numa crise, é uma carta atrás da outra. Tanto o leitor, quanto o interlocutor se sentem impotentes e apenas podem virar a página e descobrir o que aconteceu, isso se Charlie conseguir escrever a próxima carta.
São um livro e um filme que me tocaram muito. Fala sobre amizade, dependência e superação de um modo realista que acabará com o leitor. Um ponto que me intrigou muito foi a história dele e de sua tia Hellen, um gancho que, acredito, poderia ter sido mais utilizado, porém entendo porque foi escrito dessa maneira. Nem mesmo Charlie sabe o que aconteceu, portanto, o leitor/interlocutor apenas sabe o que Charlie se lembra de escrever. Essa escrita de Chbosky é intrigante e funciona, porque não é um narrador em terceira pessoa contando os acontecimentos de sua vida, mas sim, Charlie.. o garoto que lembra como foi sua experiência com o LSD.
Izabela, também enrolei um pouco, mas ameeei completamente... Um livro encantador e como você disse: lindo e triste!
ResponderExcluirBjs, Isabela.
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