O Mar Infinito - A 5° Onda #02

Autor: Rick Yancey
Título Original: The Infinite Sea
Tradução: Edite Siegert Sciulli
Série: A 5° Onda
Editora: Fundamento
Páginas: 248

Olá leitores e leitoras, com a resenha de O Mar Infinito, retorno ao blog depois de uma fase boa e ruim ao mesmo tempo. Passado a tempestade, volto aos poucos a rotina, ao blog, a visitar os blogs amigos que senti muita falta e tudo o mais. Agradeço imensamente a amiga e colaboradora Carolina Garcia, por ficar em meu lugar e escrever resenhas tão boas e apaixonantes. Que ela possa continuar escrevendo para o blog e tornando esse nosso cantinho cada dia mais completo e especial para vocês leitores. Obrigada Carol, Iza e Mandi pela rede de apoio. E a vocês leitores por sempre estarem presentes por aqui e em nossas redes sociais. Agora, vamos a resenha!

Para quem não leu, tentarei ao máximo não revelar nenhum spoiler.

O Mar Infinito é o segundo livro da série de A Quinta Onda, já resenhado por mim aqui no blog. Eu amei infinitamente o primeiro livro e estava com uma expectativa muito alta para o segundo. Recapitulando um pouquinho da história: O mundo como conhecemos não existe mais. Após a Terra ser o alvo de ataque por uma raça misteriosa de alienígenas, apelidados de os Outros, existem poucos humanos sobreviventes. Bilhões de pessoas foram exterminadas através destas "Ondas" e a jovem protagonista Cassie Sullivan tenta sobreviver, resgatar e manter a salvo seu irmão caçula, seu bem mais precioso. O livro é narrado por dois personagens, Cassie e Zumbi (Ben), dois jovens que mal se conheciam antes da invasão, mas que verão seus destinos entrelaçados. 
Durante a trajetória de Cassie, ela cruza o caminho de um jovem, Evan, que diz ser um dos Outros, e também o de uma organização destes alienígenas, onde eles utilizavam as poucas crianças sobreviventes dos ataques em prol de seu plano maléfico contra os remanescentes deste planeta, e onde Zumbi e seu irmãozinho Sam, se encontravam. Sem mais detalhes, o segundo livro continua exatamente de onde parou.


A jovem Cassie e os poucos sobreviventes, continuam então, a buscar resistência e a fugir dos Outros nesta continuação. Abrigados em uma cabana, sem perspectiva e com medo, os jovens Zumbi, Pão de Ló, Teacup, Dumbo, Esp, Cassie e seu pequeno irmão Sam decidem encarar seu inimigo em busca de abrigo e condições melhores para todos. Ainda aguardando o auxílio de Evan, um dos Outros, eles começam a se planejar, mesmo com o medo constante de serem descobertos e caçados pelos Outros. E foram.

Em um jogo de gato e rato, os jovens humanos se vêem a beira do desespero, do desejo de sobrevivência e de salvar o pouco que lhes restam, uns aos outros. O que vemos neste segundo volume, é uma forma mais profunda de cada personagem, principalmente da jovem Esp, que se revela uma garota muito interessante, com sua história e sua personalidade forte. Na verdade, vemos um pouco mais de todos eles, assim como seu passado, descritos em flashbacks. Todos são muito bem explorados, o pânico, as situações difíceis e, principalmente, as emoções humanas, talvez para que os Outros não se esqueçam que podem nos tirar tudo, menos nossa Humanidade. Adoro esse sentimento descrito pelo autor com maestria, essa profundidade dos personagens que nos cativa a cada página. Sobre o gancho deixado no final, é de tirar o fôlego, é tudo que posso dizer.

Eu gostei de O Mar Infinito. Como leitora, já aprendi que o segundo livro é sempre um livro de transição. Ou seja, ele vem pra tornar consistente o que foi criado no primeiro, e para revelar ainda mais de seus personagens, da história e do rumo que ela tomará. E Rick Yancey faz isso muito bem. Admiro autores que conseguem nos prender neste segundo livro, é um grande diferencial. Sendo bem menor em volume de páginas, O Mar Infinito nos deixa com um gostinho de quero mais, e quero logo. 

Um "must have" na estante para quem gosta de ficção científica, distopia, drama, ação e mistério. Aguardo ansiosamente o terceiro livro, que provavelmente se chamará "A Última Estrela", e torço para que a editora Fundamento publique com a mesma qualidade dos dois primeiros, que são muito bem feitos por sinal. Que venha o terceiro!