Autora: Elizabeth Hoyt
Título original: The Raven Prince
Tradução: Ana Resende
Série: Trilogia dos Príncipes
Editora: Record
Páginas: 350
Sinopse: Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante.
Chega uma hora na vida de uma dama...
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil.
Em que ela deve fazer o inimaginável...
O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude.
E encontrar um emprego.
Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante.
Estava muito curiosa para conhecer os romances de época de
Elizabeth Hoyt porque ela é sempre uma recomendação constante de
Eloisa James, uma das escritoras do gênero que mais gosto. Aliás, na obra
Quando a Bela Domou a Fera (publicado pela
editora Arqueiro no Brasil), Eloisa cita um lugar muito importante da história de
O Príncipe Corvo. Acho sempre muito interessante quando as autoras amigas fazem esses tipos de citações.
O Príncipe Corvo é o primeiro da
Trilogia dos Príncipes, sendo que os três volumes já foram publicados no Brasil pela
editora Record. O lado bom é que acabei de receber em casa o segundo título da série,
O Príncipe Leopardo, e já estou esperando chegar o terceiro também. Então, prometo trazer resenha da trilogia completa assim que for possível! :D
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Trilogia dos Príncipes |
O livro nos apresenta a jovem viúva Anna Wren que está passando por dificuldades. Desde a morte do marido, as finanças já não iam muito bem, mas agora estão em uma situação muito complicada. Como Anna é responsável pela sogra e por uma garota órfã que acolheu, ela toma a difícil decisão de fazer algo bem vergonhoso para sua posição: arrumar um emprego.
Quando ela descobre que o conde de Swartingham precisa de um novo secretário, ela não pensa duas vezes antes de se oferecer ao cargo para o administrador do nobre, que a aceita imediatamente e com muito alívio por resolver essa questão - afinal, o conde é um homem assustador.
Edward de Raaf, o conde de Swartingham, é mal-humorado e rude. Seu comportamento já fez com que dois secretários fugissem na calada da noite em pouco mais de algumas semanas. Ele voltou há pouco para a casa da família em Little Battleford, no interior da Inglaterra, onde pretende começar de novo com uma nova esposa e muitos filhos para garantir a continuação da família.
Quando criança, Edward perdeu toda a família (mãe, pai e irmãos) para a varíola. Ele foi o único sobrevivente, mas as cicatrizes da doença continuam marcando seu rosto. O primeiro casamento do conde não foi feliz, já que sua mulher não podia suportar suas cicatrizes na pele. Ela acabou morrendo durante o trabalho de parto do primeiro filho do casal, que também não sobreviveu.
Depois de tantas perdas, Edward quer encontrar uma dama que não repudie suas cicatrizes e que seja capaz de ter filhos. Ele quer, em resumo, uma família de verdade.
Mas, em vez de se focar no seu manuscrito e na busca por sua nova esposa, os pensamentos do conde estão sendo invadidos por imagens indecorosas de sua nova secretária, uma pequena viúva muito respeitável da comunidade que não tem medo algum dele e sabe exatamente como lidar com seu comportamento rude.
É assim que ele decide ir para Londres resolver assuntos importantes, incluindo uma visita a um famoso bordel da cidade para atender a “suas necessidades masculinas”.
Quando Anna descobre quais são os “importantes” assuntos que o conde trata na cidade, ela decide - pela primeira vez na vida - arriscar sua reputação e viver uma aventura. Afinal, ela também deseja satisfazer suas “necessidades femininas”. A questão é que ela quer que o conde seja o seu amante, mesmo que ele não saiba que ela é a sua amante misteriosa.
Essa relação complicada entre Anna e Edward terá muitos contratempos devido a todos os segredos que cada um guarda do outro. Mas, quando a verdade for revelada, será que Edward será capaz de arriscar um casamento com Anna, que não tem linhagem, tradição, dinheiro e talvez nem seja capaz de ter filhos? Será que Anna se permitirá ser feliz?
Mas, para responder essas perguntas, vocês deverão ler o livro! ;)
"Ela descobriu que estava chorando, e lágrimas pingavam por seu rosto e se misturavam com a umidade do corpo de Edward. Não fazia sentido, mas Anna não conseguia impedir as lágrimas. Não mais do que poderia impedir seu corpo de querer este homem ou seu coração de... amá-lo."
p. 265
O Príncipe Corvo tem muitas questões que o diferencia dos romances de época que estou acostumada. Primeiro porque o protagonista não é um galã de Hollywood, mas sim um homem bom e forte, que carrega na pele cicatrizes que muitas pessoas naquela época tinham repúdio. Ele é solitário e busca ter sua própria família feliz.
Outro ponto que me chamou a atenção na história, é o fato de que ambos os protagonistas são viúvos e já passaram por relacionamentos difíceis, sendo que cada um foi marcado negativamente de diversas formas pelos ex-marido e ex-mulher.
E o último ponto que gostei muito dessa história é a pegada mais hot, sem exageros e sem frescura. Normalmente, os romances de época atuais até acrescentam uma cena de sexo ao longo da história para demonstrar o crescimento da intimidade do casal. Mas é sempre algo bem leve.
Em O Príncipe Corvo, uma das principais questões da trama é que Anna decide que o conde será seu amante, mesmo que ele não saiba disso. Você tem toda a questão do empoderamento feminino - que naquela época era inexistente - e também algumas cenas de Anna mascarada seduzindo e sendo seduzida por Edward em Londres. São cenas quentes mesmo, já aviso. Mas são ótimas, na medida certa do que o enredo pede e combinam perfeitamente com a história.
De uma forma geral, eu gostei muito de todo o desenvolvimento da história. A autora vai criando um enredo cheio de problemas e todos eles vão se resolvendo de formas diferentes, mas que acabam evoluindo a trama. Ambos os personagens são muito bem escritos e a evolução deles próprios e da relação que vivem é muito legal de acompanhar.
Em resumo, é a história de duas pessoas com passados sofridos que ainda sonham em encontrar a felicidade, mas devem enfrentar todas as regras impostas pela sociedade antes de conseguirem de fato alcançarem tal ideal.
Recomendo muito para todos que gostam de romances de época e também para quem gostaria de conhecer uma narrativa diferente. ;)
Olá, a obra se sobressai por se tratar de um romance de época diferenciado e mais objetivo. A autora consegue transpassar a aura mais madura dos personagens para o leitor, que se vê cativado pela história dos protagonistas. Beijos.
ResponderExcluirOlá Carolina!
ResponderExcluirGanhei esse livro recentemente e estou louca para ler, principalmente por ter essa pegada de romance de época mais diferenciado.
Achei a edição e a capa maravilhosa *-*
Beijos!
Books & Impressions
Oi, Carol!
ResponderExcluirJá estava na minha wishlist e agora está mais ainda.
<3
Adorei a sua visão sobre a história e por ter empoderamento numa época que isso era inexistente.
E alguns dos livros da Julia Quinn tem umas cenas mais calientes, como o da Francesca, mas nada muito hotzão.
Com certeza vou comprar essa semana na Black Friday.
VOU ME JOGAR, hahahaha.
Beijooos
www.casosacasoselivros.com
www.livrosdateca.com
Quero muito essa trilogia. Gostei da personagem por ser determinada e corajosa ela quis ser amante do conde foi lá ser, essa atitude era difícil entre as mulheres naquela época. Deve ter cenas divertidas entre eles ainda mais por ele ser mal-humorado e ela não estar nem aí pra isso rs.
ResponderExcluirConfesso que esta trilogia me chamou a atenção, mesmo eu não gostando tanto de romances de época. Não sei se foi pela premissa ou pela edição que está lindíssima.
ResponderExcluirCarol, não sou apaixonado por romances de época, porém, essas capas me deixaram de queixo caído e por isso, preciso deles! =D
ResponderExcluirSuper curti sua resenha! =)
Beijos, Danny
Meu blog: www.irmaoslivreiros.com.br/blog
Oi, Carolina!
ResponderExcluirAinda não li nada da Elizabeth Hoyt mas estou bem curiosa em relação a essa trilogia, principalmente por O Príncipe Corvo, amo personagens mal-humorado, rude e forte igual ao Edward, e é bom saber que as cenas hot é sem exageros e sem frescura, é bem o meu estilo!
Ficarei aguardando as resenhas dos outros dois livros dessa trilogia. Abraços!
Carolina!
ResponderExcluirJá gostei porque é um romance de época.
A capa está linda!
A varíola arrasou muitas famílias na época e deixou muitas sequelas.
O Conde Eduward tem vários motivos para ter seu humor alterado, temos de entendê-lo.
Ana parece uma protagonista forte, que não se entrega as ‘dores’ e sofrimento e vai em busca de resolver seus problemas.
Bom ver que o livro apesar do que é esperado, traz muitas novidades.
Adoro quando os livros trazem esse lado mais aprimorado sobre a personalidade das personagens.
O bom de ler um romance é justamente o prazer que ele nos dá.
Que dezembro seja repleto de realizações e o final de semana cheio de luz e paz!
“Dentre os mais dignos predicados de um homem está o de saber dizer a verdade.” (Renato Kehl)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA dezembro 3 livros + 2 Kits papelaria, 4 ganhadores, participem!
Oi, Carol!!
ResponderExcluirComo fã de romances de época e claro que essa trilogia dos príncipes já chamou minha atenção!! Amei a resenha e como já tenho o primeiro livro muito em breve vou ler esse livro também!!
Bjoss