Sinopse: Em Holt, no Colorado, Addie Moore faz uma visita inesperada a seu vizinho, Louis Waters. Viúvos e septuagenários, os dois lidam diariamente com noites solitárias em suas grandes casas vazias. Addie propõe a Louis que ele passe a fazer companhia a ela ao cair da tarde para ter alguém com quem conversar antes de dormir. Embora surpreso com a iniciativa, Louis aceita o convite. Os vizinhos, no entanto, estranham a movimentação da rua, e não demoram a surgir boatos maldosos pela cidade. Aos poucos, os dois percebem que manter essa relação peculiar talvez não seja tão simples quanto parecia. Neste aclamado romance, Kent Haruf retrata com ternura e delicadeza o envelhecimento, as segundas chances e a emoção de redescobrir os pequenos prazeres da vida que pode surpreender e ganhar um novo sentido mesmo quando parece ser tarde demais.
Nós recebemos Nossas Noites como uma cortesia da Cia das Letras. Além do livro, veio também uma cartinha da editora Camila Berto dizendo como esse havia sido uma das melhores leituras do ano para ela.
Logo de cara fiquei bem curiosa para conferir que livro incrível seria esse - ainda mais se compararmos quão poucas páginas ele contém. Mas confesso que não fazia ideia do que se tratava a história. Pesquisando online, descobri que o sucesso do livro foi tão bom que já rendeu um filme - que está disponível no Netflix, fica a dica! ;)
Confira o trailer de Nossas Noites:
O pequeno livro irá nos contar um pouco da história de Addie Moore e Louis Waters. Ambos são viúvos, vizinhos, aposentados, septuagenários e solitários. Viveram próximos a vida toda, mas quase nunca se falaram de verdade.
Então, uma noite, Addie bate na porta de Louis e faz uma proposta inusitada: para que eles durmam juntos. Sem sexo envolvido. Apenas duas pessoas solitárias fazendo companhia uma para outra no período mais solitário do dia: as noites.
Louis primeiramente estranha a proposta, mas decide dar uma chance para ver o que vai acontecer.
"O que você está fazendo aqui nos fundos? Addie perguntou. Achei que vindo por aqui seria menos provável que as pessoas me vissem. Eu não me importo com isso. Elas vão acabar sabendo. Alguém vai ver. Venha pela calçada da frente e entre pela porta principal. Resolvi que não vou ficar me preocupando com o que as pessoas pensam. Já fiz isso tempo demais - minha vida inteira. Não vou mais viver desse jeito. A viela dá a impressão de que nós estamos fazendo alguma coisa errada ou indecorosa, algo digno de vergonha. Fui professor numa cidade pequena por tempo demais, disse ele. Esse é que é o problema. Mas tudo bem. Na próxima vez eu venho pela porta da frente. Se houver próxima vez. Você não acha que vai haver?, disse ela. Isso vai ser um caso de uma noite só? Sei lá. Talvez. Tirando a parte sexual disso, claro. Eu não sei como vai ser. Você não tem nem um pouquinho de fé?, ela perguntou. Em você eu tenho. Já estou sentindo que posso ter fé em você. Mas não sei se vou conseguir me igualar a você. Do que você está falando? Como assim? Em coragem, disse ele. Em disposição para arriscar. Sim, mas você está aqui. É verdade. Estou."
Addie e Louis, p. 12
Enquanto os dois passam a se conhecer e criam uma rotina de conversas antes dormir, incluindo uma boa taça de vinho para Addie e uma cerveja para Louis, alguns vizinhos não enxergam com bons olhos esse novo relacionamento entre dois. Rumores maldosos chegam até os filhos de ambos que pedem explicações aos pais, mas apenas a filha de Louis aceita a situação. O filho de Addie não suporta a ideia e não lida bem com a situação.
Quando o neto de Addie chega para passar algumas semanas de férias de verão com a avó, o relacionamento entre Addie e Louis parece evoluir ainda mais conforme os dois se unem para ajudar o garotinho.
"Nem notícia velha nós somos mais. Nós não somos mais notícia de espécie alguma, nem nova nem velha, disse Louis. Você quer ser notícia? Não, claro que não. Só quero levar uma vida simples e prestar atenção no que acontece a cada dia. E vir dormir aqui com você à noite. Bom, isso é o que estamos fazendo. Quem imaginaria que, a essa altura da vida, nós ainda poderíamos ter algo desse tipo? Que afinal ainda existe, sim, espaço para mudanças e entusiasmos na nossa vida. E que nós ainda não estamos acabados nem física nem espiritualmente. E nem estamos fazendo o que as pessoas acham que nós estamos fazendo. Você quer fazer?, Addie perguntou. Isso é com você."
Louis e Addie, p. 128-129
Addie e Louis redescobrem pequenos prazeres da vida juntos, ao conhecer uma nova pessoa e realizar coisas juntos, como viajar ou assistir a um musical. Só que os dois vão perceber que não será nada fácil manter uma relação tão peculiar.
O romance de Kent Haruf é simples e delicado. Ele mostra duas pessoas envelhecidas e solitárias que percebem que podem ter uma segunda chance ainda, redescobrindo a si mesmos também. A vida de Addie e Louis ganha um novo sentido, mesmo quando parecia que o tempo deles já tinha acabado.
O que eu não gostei na narrativa, e isso é uma questão muito pessoal, foi a falta de pontuação e separação de falas do texto narrado. Além do final aberto. São detalhes que eu não gosto, mas é claro que isso depende de leitor para leitor. E por mais que eu compreenda a razão do escritor ter feito de tal maneira, continuo não apreciando muito.
De uma forma geral, achei Nossas Noites um lindo relato sobre a vida, sobre as pessoas e como nunca é tarde demais.
Ainda não vi o filme, mas já adicionei na minha lista do Netflix e em breve conto para vocês o que achei! ;)
Oi, Carol! Ai, que gracinha de história! Fiquei encantada, mas assim como você não sou muito fã de falta de pontuação e de separação de diálogos, então, acho que nesse caso, vou direto para o filme. Até porque adoro os dois atores. :D Adorei a dica e sinto que vai ser uma história super delicada e linda - mas também não gosto de finais abertos :(
Oi Carolina, não sabia que existia um filme desse livro e fiquei interessada, o trailer é bem legal e vou tentar assistir. Sobre o livro, também não gosto muito de finais em aberto, mas a história parece ser interessante além de sensível e isso é bem positivo.
Assisti o filme e gostei, quanto ao livro ainda não li, parece ser uma historia muito gostosa de se ler e é diferente também devido a idade dos personagens, achei uma delicadeza ela propor isso a ele, é muito puro e inocente. Os vizinhos deles são como os da realidade gostam de povinhar sem saber o que realmente se passa rs.
Carolina! Tão bom ver que mesmo com idade avançada e sem tantas expectativas mais de muitas coisas, os protagonistas conseguem encontrar uma forma de ser felizes sem se importar com a opinião de ninguém, achei fascinante. Tremendo absurdo ter de enfrentar preconceito ainda mais da família e já com uma idade mais avançada. Deve ser um livro enternecedor e já imagino o quanto vou chorar ao lê-lo. Nem sabbia que tinha o filme na Netflix, vou procurar para assistir, ainda mais que é com o Robert Redford de quem sou fã. Desejo uma semana abençoada e Um Novo Ano repleto de realizações!! “O objetivo de um ano novo não é que nós deveríamos ter um ano novo. É que nós deveríamos ter uma alma nova.”(G. K. Chesterton) cheirinhos Rudy 1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!
Oi, Carolina. É muito bom acompanhar a desenvoltura de dois personagens envolvidos emocionalmente, mas não amorosamente, mas sim, que estão compartilhando seus sentimentos pelos seus companheiros já falecidos, mesmo de diante da especulação maldosa da vizinhança, e aprendendo a viver novamente. É uma bonita amizade, que eu diria que é uma forma de escape, diante da solidão vivida por eles.
Oi, Carolina! Comecei a assistir esse filme e notei que temos dos protagonistas que são muito solitários e que procuram um no outro companhia e amizade um no outro!! Bjoss
Pela capa imaginei que o livro fosse algo do tipo "O casal que mora ao lado" e não um romance, hahaha. Não gosto muito de final aberto também não, prefiro aquela coisa mais amarrada... Mas acho o livro legal e leve para se ler para passar o tempo e entreter. Gostei! E adorei que tem poucas páginas!! Com meu tempo curto, aprecio isso (apesar de poucas páginas as vezes resultarem em histórias meio incompletas).
Olá, tendo poucas páginas é improvável que a história seja muito bem trabalhada, mas o autor entrega uma trama interessante que mostra dois personagens redescobrindo as possibilidades da vida. Beijos.
Oi, Carolina! Assim como você também não gosto quando o livro não tem pontuação e separação de falas do texto, sem falar que detesto final em aberto... mas gostei do trailer do filme Nossas Noites, e quem sabe depois de assisti-lo eu decida ler ao livro também?!...
Oi Carol :) Quando comecei a ler a resenha (antes de ver o trailer do filme) eu imaginava um casal da faixa dos 40 anos, assim já havia achado a história bonita, depois então... Tenho certeza de que é um livro encantador, redescobrir o amor depois de tanto tempo, e isso vindo de uma provável amizade, acredito que a leitura foi bem leve e emocionante. Quero ler, assim como pretendo ver a adaptação. Beijos!
Inusitado esse livro, assim que li a sinopse pensei que eles iriam embora da cidade e viver um caso de amor, mas está mais para uma amizade do que um romance em si, deu a impressão de que eles são pessoas que chegaram em um determinado ponto em que eles só querem companhia, sem muitas aventuras, gostei da resenha bem objetiva me deu vontade de ler o livro, mas acho que vou assisti ao filme antes!
Eu já ouvi falar no livro mas não sabia que tinha o filme e não me interessei nem na sinopse do livro muito menos no trailer do filme então acho que eu vou deixar essa sugestão passar por enquanto
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Izabela, 23, bookahoolic desde os 12 anos – época em que meu irmão não me respondeu se o Harry morria ou não no final e me mandou ler. Não parei desde então. Não vejo meu futuro senão junto aos livros e trabalharei muito para que esse sonho se realize. Esse blogue é um passo e espero poder mostrar a todos vocês, leitores, como o mundo real e o nosso real podem se misturar.
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Nascida e criada em uma família de leitoras (girl power!), comecei a ler livros mais sérios aos 11 anos, mais precisamente Harry Potter, logo em seguida descobrindo minha verdadeira paixão que é a literatura fantástica com o mestre J.R.R Tolkien, também meu autor favorito. Nerd (com orgulho) desde criancinha, hoje aos 25 anos não vivo sem: Livros! Música, filmes & séries, RPG, jogos em geral e passar um tempo com as amigas.
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Sou uma geminiana de múltiplos interesses na vida e na literatura. Minha família é nerd e não nego as raízes. Quando pequena fui apresentada ao universo da ficção com Star Wars pelo meu pai enquanto minha mãe me presenteava com livros infantis. Aos 14, conheci e me apaixonei por HQs e mangás (ainda mantemos uma relação séria até os dias atuais). Hoje sou uma mistura de meus pais, casando uma grande paixão por fantasia e ficção com romances de época e contemporâneos, dando uma passada no setor de quadrinhos pelo menos uma vez ao mês e parando de vez em quando para assistir uma série, um filme ou um anime.
Oi, Carol!
ResponderExcluirAi, que gracinha de história!
Fiquei encantada, mas assim como você não sou muito fã de falta de pontuação e de separação de diálogos, então, acho que nesse caso, vou direto para o filme. Até porque adoro os dois atores.
:D
Adorei a dica e sinto que vai ser uma história super delicada e linda - mas também não gosto de finais abertos :(
Beijooos
www.casosacasoselivros.com
www.livrosdateca.com
Oi Carolina, não sabia que existia um filme desse livro e fiquei interessada, o trailer é bem legal e vou tentar assistir. Sobre o livro, também não gosto muito de finais em aberto, mas a história parece ser interessante além de sensível e isso é bem positivo.
ResponderExcluirAssisti o filme e gostei, quanto ao livro ainda não li, parece ser uma historia muito gostosa de se ler e é diferente também devido a idade dos personagens, achei uma delicadeza ela propor isso a ele, é muito puro e inocente. Os vizinhos deles são como os da realidade gostam de povinhar sem saber o que realmente se passa rs.
ResponderExcluirCarolina!
ResponderExcluirTão bom ver que mesmo com idade avançada e sem tantas expectativas mais de muitas coisas, os protagonistas conseguem encontrar uma forma de ser felizes sem se importar com a opinião de ninguém, achei fascinante.
Tremendo absurdo ter de enfrentar preconceito ainda mais da família e já com uma idade mais avançada.
Deve ser um livro enternecedor e já imagino o quanto vou chorar ao lê-lo.
Nem sabbia que tinha o filme na Netflix, vou procurar para assistir, ainda mais que é com o Robert Redford de quem sou fã.
Desejo uma semana abençoada e Um Novo Ano repleto de realizações!!
“O objetivo de um ano novo não é que nós deveríamos ter um ano novo. É que nós deveríamos ter uma alma nova.”(G. K. Chesterton)
cheirinhos
Rudy
1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!
Oi, Carolina. É muito bom acompanhar a desenvoltura de dois personagens envolvidos emocionalmente, mas não amorosamente, mas sim, que estão compartilhando seus sentimentos pelos seus companheiros já falecidos, mesmo de diante da especulação maldosa da vizinhança, e aprendendo a viver novamente. É uma bonita amizade, que eu diria que é uma forma de escape, diante da solidão vivida por eles.
ResponderExcluirP.S. Não sabia que tinha o filme!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi, Carolina!
ExcluirComecei a assistir esse filme e notei que temos dos protagonistas que são muito solitários e que procuram um no outro companhia e amizade um no outro!!
Bjoss
Pela capa imaginei que o livro fosse algo do tipo "O casal que mora ao lado" e não um romance, hahaha. Não gosto muito de final aberto também não, prefiro aquela coisa mais amarrada... Mas acho o livro legal e leve para se ler para passar o tempo e entreter. Gostei! E adorei que tem poucas páginas!! Com meu tempo curto, aprecio isso (apesar de poucas páginas as vezes resultarem em histórias meio incompletas).
ResponderExcluirOlá, tendo poucas páginas é improvável que a história seja muito bem trabalhada, mas o autor entrega uma trama interessante que mostra dois personagens redescobrindo as possibilidades da vida. Beijos.
ResponderExcluirOi, Carolina!
ResponderExcluirAssim como você também não gosto quando o livro não tem pontuação e separação de falas do texto, sem falar que detesto final em aberto... mas gostei do trailer do filme Nossas Noites, e quem sabe depois de assisti-lo eu decida ler ao livro também?!...
Olá!!
ResponderExcluirEstou doida pra ler esse livro, espero não me decepcionar, não sabia que tinha o filme tbm...vou procurar saber sobre ele...
Bjs!!
Oi Carol :)
ResponderExcluirQuando comecei a ler a resenha (antes de ver o trailer do filme) eu imaginava um casal da faixa dos 40 anos, assim já havia achado a história bonita, depois então... Tenho certeza de que é um livro encantador, redescobrir o amor depois de tanto tempo, e isso vindo de uma provável amizade, acredito que a leitura foi bem leve e emocionante. Quero ler, assim como pretendo ver a adaptação.
Beijos!
Olá
ResponderExcluirJá tinha visto esse livro mas não me atrai muito não, mas ele está na minha lista de futuros livros, não sabia que já tinha o filme.
Inusitado esse livro, assim que li a sinopse pensei que eles iriam embora da cidade e viver um caso de amor, mas está mais para uma amizade do que um romance em si, deu a impressão de que eles são pessoas que chegaram em um determinado ponto em que eles só querem companhia, sem muitas aventuras, gostei da resenha bem objetiva me deu vontade de ler o livro, mas acho que vou assisti ao filme antes!
ResponderExcluirEsse final aberto me desanimou, tb não gosto muito mas parece uma história tão bonita, que vale dar uma chance.
ResponderExcluirEu já ouvi falar no livro mas não sabia que tinha o filme e não me interessei nem na sinopse do livro muito menos no trailer do filme então acho que eu vou deixar essa sugestão passar por enquanto
ResponderExcluirMuitos falam muito bem desse livro e, quero muito poder ler.
ResponderExcluirSua resenha está muito boa e... tem filme mesmo? Uau! Quero ler antes de ver ao filme. =)
Beijos,
Danny