Mais que uma visita, uma escolha de vida

Todos nós, jovens, sabemos como é difícil a escolha que se aproxima cada vez mais da nossa realidade de terceira série do Ensino Médio: a faculdade, a decisão do curso que definirá os seus próximos anos de estudo, e, possivelmente, seu futuro. Pessoalmente, já mudei de opinião mais vezes do que posso lembrar, mas algumas das profissões foram professora, nutricionista, jogadora profissional, engenheira civil, escritora, jornalista, política e, finalmente, editora. Enfim, foram tantas mudanças, em tão pouco tempo, que você dorme um dia com equações na cabeça e acorda, no outro, sonhando em escrever um romance em potencial.



Bom, mas agora, com as ideias mais amadurecidas e a realidade exigindo que eu escolha um lado, eu estabeleci que nada pode ser maior do que o meu amor por livros. Eu tentei, juro que tentei, ver meu futuro diferente, onde eu trabalhasse com números ao invés de letras, mas não consegui.



Então, decidi que terei livros na minha mesa, e não projetos de prédios. Não posso dizer que é fácil escolher, afinal de contas, escolher nunca é, mas, depois que você se sente seguro com uma decisão, é como se em peso tivesse sido retirado dos meus ombros e, você pudesse seguir com a vida e fazer outras milhares de escolhas com mais certeza e firmeza.

Obviamente são necessárias ações que possam te fazer pensar e refletir sobre a sua decisão, que parece definitiva. A ação que definiu a minha escolha de carreira (editora) foi a criação do blog, Livros: ontem, hoje e sempre. E nada me deixa mais orgulhosa do que vê-lo crescendo. É uma responsabilidade? Óbvio. Mas o que não é, na vida corrida de estudantes? Se é algo que você gosta, tudo irá se ajeitar e o cosmos dará aquela forcinha extra para que dê certo. Em 03 de setembro, ele completará um ano, mas por enquanto, nesse 03 de abril, eu tenho duas razões para ficar feliz: é meu aniversário e o blog está comemorando seu sétimo mês de vida. E saber que ainda existe tanto que ele pode fazer é o meu maior presente hoje.

Graças ao blog, diversas portas estão se abrindo e uma que definitivamente me deu certeza do que eu quero fazer da minha vida foi o contato com as editoras. Como blogueira, fui a eventos e ganhei brindes que qualquer leitor apaixonado sonha em ganhar: livros. há. Tendo isso em vista, comecei a agir em prol da minha ideia de trabalho: o mercado editorial. Mas eu nunca soube como seria trabalhar lá dentro, o que eu poderia fazer, quias são os níveis, se existe algum curso específico na faculdade para isso, etc. E bom, eu fui descobrir, neh?



A minha escola, Colégio Espírito Santo, teve um papel fundamental nessa descoberta. A bibliotecária, Cristiane, minha amiga, depois de eu ter contado pro universo inteiro que eu tinha criado um blog, decidiu me ajudar: como ela tem contato divulgadores de editoras, numa conversa, esse anjo conseguiu agendar uma visita à uma editora. E lá fui eu, a criatura mais feliz do universo, conhecer o que eu queria fazer para o resto da minha vida. No dia 06 de março, minha amigas, coordenadora, professora e eu fomos à Editora SM. Uma editora de livros didáticos.



Lá dentro, o mundo brilhou e estrelas explodiram. Fiz diversas perguntas ao Gerente de Idiomas/editor geral (que nos acompanhou durante a visita), Ângelo Stefanovits. Ele, muito solicito e divertido, respondeu a cada uma delas. A editora é como qualquer outra empresa: tem setor financeiro, logístico, responsável pela limpeza, responsável pela divulgação, pelo pessoal (RH). Tudo. Mas, eu acredito que uma editora, não é somente uma empresa; uma editora é uma pequena família, que produz maravilhas, todos juntos pelo produto final: o livro.

Os editores com os quais eu conversei na SM eram específicos para cada matéria. Ou seja, tinha a área de Matemática, Física, Português, Biologia, Inglês, mas nenhum deles fez faculdade específica de editoração, estavam lá porque sabiam muitíssimo bem o assunto no qual trabalhavam. E essa é uma coisa muito especial que o mercado editorial pode te oferecer: muitas vezes pensamos que a faculdade de Física só irá nos levar para um único caminho - bitolagem - , mas pude perceber que não é só esse o futuro dessas pessoas. Se ele/ela cansar dessa carreira, o próximo trabalho pode ser dentro de uma editora. (Coisa que eles estão precisando, só tinha uma pessoa responsável pelo conteúdo de Física). É uma carreira que deve ser considerada, pois existem livros sobre tudo, e nós, leitores, estamos pedindo livros sobre tudo, portanto é um mercado que só tem a crescer.

Além disso, a estrutura dela, como um todo, é fofa e acolhedora. E foi lá que eu decidi o que eu quero fazer pro resto da minha vida. Vou fazer livros, vou divulgar livros, vou vender livros, vou escrever livros, vou amar os livros e dedicar todo o meu esforço e tempo para fazer a coisa que eu mais amo: ler.

Então, é isso. E vocês, qual editora visitariam? E o que fariam lá? 
Deixe nos comentários!
Beijos e Boa Noite

4 comentários :

  1. Que legal você ter descoberto sua futura profissão! Eu ainda nem tenho ideia do que fazer D:

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    Respostas
    1. Tem que ir tentando de tudo até descobrir. Você não tem nem por onde começar?

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    2. Nem D: Passei 4 anos pensando em fazer Odontologia e agora penso em nutrição (super parecido) mas nem sei ainda D:

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    3. Faz parte... como eu disse, eu já pensei em fazer engenharia, então... estamos aí! hahahaha

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