Rapidinha #08: Clássicos do Vestibular

Não sei quantos de vocês, nossos leitores, assim como eu, estão passando pela fase de estresse do vestibular. Se estão, vocês entendem a loucura que estou vivendo pelos últimos 30 dias, no mínimo. Por isso, resolvi nos ajudar e fazer uma Rapidinha das resenhas que já fiz de alguns clássicos cobrados no vestibular. 

Seguirei pela ordem cronológica das escolas literárias e suas respectivas obras, ok? 

Viagens na Minha Terra - Almeida Garret (Romantismo)

Sinceramente, esse foi um dos livros mais difíceis de ler; um dos poucos que abandonei. Tive que lê-lo há dois anos, no Ensino Médio: só cheguei ao capítulo 37 (de 40 e poucos). Como naquela época já me considerava uma leitora, digo que tentei ler, de verdade. Mas sei que muitos jovens desistem dos livros porque são apresentados ao mundo literário através de leituras impossíveis, como essas. 

Esse as aulas de Literatura Especiais do cursinho serviram para abrir meus olhos para o teor da obra. Vou fazer um pequeno resumo. Almeida Garret começa o livro como um diário de viagens. Ele parte de Lisboa à Santarém. No meio da narrativa, cheia de digressões, Garret nos introduz à história de Joaninha e Carlos: um pequeno romance com um final trágico. No fim, Carlos abandona Joaninha, deixando-a apenas com cartas para explicar seu desaparecimento. Ela acaba se suicidando. 

Claro que não podemos pensar que tudo isso é apenas uma narrativa supérflua. Cada personagens é representativo num aspecto histórico. 

Til - José de Alencar (Romantismo)

Esse é um dos meus queridinhos. Adoro sua narrativa leve, apesar do vocabulário cansativo. Se você ignorar o fato de não entender o que algumas palavras querem dizer e ler numa tacada só, é aceitável e você pode gostar da história. Li há dois anos e reli agora, no começo de 2014. 

É um romance regional localizado na fazenda das Palmas no Vale do Paraíba, época em que os senhores do café e seus escravos fizeram com que São Paulo se desenvolvesse economicamente. 

Berta, nossa heroína, é a flor e vida na escuridão que, infelizmente, cerca sua vida. Ela ajuda os necessitados, aqueles que não têm mais nenhuma esperança e são deixados sozinhos. Til, como é carinhosamente apelidada, é altruísta ao extremo e abdica da sua própria felicidade para proporcionar o bem estar de todos os outros. 

Vocês podem conferir a resenha aqui: Til-Resenha.

Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida (Romance)

Sem muita certeza a qual escola literária essa obra pertence, Memórias de um Sargento de Milícias conta a história de Leonardinho, filho indesejado e considerado um dos maiores malandros da literatura brasileira. Ganhou de mão beijada tudo o que conseguiu na vida e não tem nenhuma vergonha disso. 

Dizem que o autor se inspirou livremente nas histórias que ouviu de um colega de trabalho no jornal. Em um dos meus momentos filosóficos, percebi que este sentimento que tenho de que "se fizer a coisa certa, serei considerado um trouxa" existe desde aquela época, 1850. E deve ter surgido muitos anos antes. Mas é isso. Sempre tive vontade de compartilhar esse pensamento por aqui para ver o que vocês poderiam achar. 

É um livro irônico, com uma linguagem não muito impossível e com uma narração peculiar. Um narrador que sabe da história completa antes de passá-la aos leitores. É bem interessante e eficaz para manter os leitores curiosos e seguir lendo seus capítulos, originalmente lançados como folhetins periódicos no jornal.

É isso, o que vocês acharam? 

Continuarei com os outros livros na segunda-feira. 

Beijos, boa noite!