A Culpa é das Estrelas

Autor: John Green
Título original: The Fault in Our Stars
Tradução: Renata Pettengill
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Sinopse: Hazel foi diagnosticada com câncer aos treze anos e agora, aos dezesseis, sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões. Ela sabe que sua doença é terminal e passa os dias vendo tevê e lendo Uma aflição imperial, livro cujo autor deixou muitas perguntas sem resposta. Essa era sua rotina até ela conhecer Augustus Waters, um jovem de dezessete anos que perdeu uma perna devido a um osteosarcoma, em um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Como Hazel, Gus é inteligente, tem senso de humor e gosta de ironizar os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Com a ajuda de uma instituição que se dedica a realizar o último desejo de crianças doentes, eles embarcam para Amsterdã para procurar Peter Van Houten, o autor de Uma aflição imperial, em busca das respostas que desejam.

Um livro que já teve tanto críticas negativas quanto positivas, leitores devotos que se emocionaram e leitores que acharam que é apenas uma modinha literária. Eu gosto de ter uma opinião bem definida sobre tudo o que falo, mas com esse livro, fiquei indecisa. É emocionante, com certeza, mas não é toda essa obra prima.

A Culpa é das Estrelas é um  sick-lit e  todo leitor sabe onde está se metendo assim que começa a ler, então as lágrimas são sua própria responsabilidade. Recomendo: Antes de Morrer, Um Amor para Recordar, A Culpa é das Estrelas, etc. 

No blog parceiro, vocês podem conferir o Sem Roteiro, onde o Lucas fala sobre o gênero e dá mais exemplos dos sick-lits que estão por aí fazendo sucesso!

O livro é narrado pela Hazel Grace, uma paciente terminal que com a ajuda de uma medicação experimental e seu carrinho particular de oxigênio, conseguiu aumentar seu tempo de sobrevida. Ela é uma bookaholic, como nós, inteligente e adora poesia. Seus pais tentam lidar da melhor forma possível com o fato de que ela não estará lá por muito mais tempo e, para que isso aconteça, eles insistem que Hazel frequente um grupo de apoio: GACC (Grupo de Apoio a Crianças com Câncer). Tudo lá já é rotina para ela que já está acostumada com as pessoas e ao fato da lista de nomes em homenagem aos mortos do grupo só aumentarem.

Tudo muito normal, até que um dia Augustus Waters aparece numa dessas seções, acompanhando seu amigo, Isaac. Augustus é charmoso, bonito e sabe disso!, faz uso do seu sarcasmo e começa a conversar com Hazel. 
"- Hazel Grace, quando se é charmoso e fisicamente atraente como eu, é fácil demais seduzir quem você conhece. Mas fazer com que completos desconhecidos o amem... isso sim é um desafio." Augustus, p. 213

Ela acha estranho num primeiro momento, mas aceita e eles acabam se tornando amigos através dos livros: Uma Aflição Imperial - livro preferido de Hazel - é a âncora para todo o desenvolvimento da história.
"Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se torar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como Uma aflição imperial, do qual você não consegue falar - livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição." Hazel, p. 37

Tanto Hazel quanto Augustus leem UAI e sentem a necessidade de saber o que acontece no final do livro, pois o autor interrompe a história em um momento que não deveria, sabe? Então, eles querem ir atrás do Peter van Houten e descobrir as respostas. Porém uma viagem para Holanda, para dois adolescentes com câncer, é um pouco impossível, por conta das crises imprevistas e metástases na hora errada.
"- E, tudo bem, é justo, mas existe um contrato silencioso entre autor e leitor, e acho que o fato dele não terminar a historia do livro meio que viola esse contrato." Augustus, p. 66
Essa é uma história de amor e dor, quando você pensa que está tudo bem, John Green fala 'nãaaaao, esqueceu que esse livro aqui é sick-lit?', aí sabe o que acontece? Você chora, você chora M U I T O.

"Parecia que tinha sido, tipo, há uma eternidade, como se tivéssemos vivido uma breve, mas infinita, eternidade. Alguns infinitos são maiores do que outros." Hazel, p. 210

A história em si é boa, narrado de uma forma verídica as esperanças, os medos simples, mas que podem mudar as escolhas de cada pessoa. Dei quatro flores, por causa dessa música - inspirada na história de Hazel e Gus, um casal com um amor que foi eterno enquanto durou, literalmente. É uma história que faz o leitor pensar e se emocionar, portanto recomendo e espero que vocês gostem também!







Curiosidade
A Culpa é das Estrelas virará filme. E já tem algum elenco escalado.
Shailene Woodley interpretará Hazel Grace Nat Wolff será Isaac
Ansel Elgort será Augustus Waters.
"Não dá pra escolher se você vai ou não ser ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito minhas escolhas. Espero que Hazel aceite as dela. Eu aceito, Augustus. Eu aceito."

2 comentários :

  1. HEHE não chorei, odiei, na verdade.
    Adorei sua resenha, Iza, como sempre esclarecedora e bem escrita. Eu não consegui me emocionar como a maioria, foi apenas mais um lido .-.
    Boa escolha de cast, eu adorei :p
    Beijos

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  2. Não curti o Augustus escolhido. Enfim.
    Turma... Se alguém tiver interesse, temos alguns modelos de imãs, caixinhas e chaveiros com trechos do livro. Vejam http://www.minhavoquedeu.com.br/index.php?route=product/product&product_id=84

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