Nunca Jamais - Never Never #02

Autoras: Colleen Hoover e Tarryn Fisher

Título original: Never Never: Part Two

Tradução: Priscila Catão

Série: Never Never

Editora: Galera Record

Páginas: 144

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Sinopse: Um garoto abre os olhos e sequer se lembra que seu nome é Silas.
O telefone toca...
“Encontrou ela?”, pergunta a voz do outro lado da linha.
Quem é ela? Quem sou eu?
Charlie se vê presa em um lugar parecido com quartos de hospital (ou de um manicômio). Também não se lembra de nada, nem sequer do próprio rosto.
O tempo passa e ninguém vem salvá-la. Ela precisa escapar por conta própria.
Aos poucos, os dois descobrem que vêm perdendo a memória em períodos cíclicos. E também que se amam imensamente.
Numa corrida para descobrir a razão dos apagões em suas memórias, Silas e Charlie acabam descobrindo muito mais sobre si e os mistérios que envolvem suas famílias. Mas muito em breve vão esquecer tudo de novo. E precisam estar juntos para evitar o pior.

Depois de quase morrer com a longa espera entre o lançamento da primeira parte de Nunca Jamais (Resenha), estou de volta com o segundo dos três livros que completam a trilogia Never Never. Os títulos foram escritos em dupla por Colleen Hoover (autora de Métrica, Um Caso Perdido e O Lado Feio do Amor) e Tarryn Fisher (autora de A Oportunista). 

Na primeira parte (Resenha), conhecemos Charlie e Silas. O casal faz parte do grupo de adolescentes populares da escola, mas ambos perderam completamente a memória e não lembram deles mesmos e muitos menos de todas as outras pessoas ao redor. Acompanhamos Charlie e Silas conhecendo quem eram e descobrindo como o namoro dos dois estava danificado. Mas é assim que os dois ganham a chance de se conhecer e se apaixonar novamente.

Agora na segunda parte, que tem início imediatamente depois da grande revelação no fim da primeira parte, encontramos novamente com Silas que - mais uma vez - perdeu completamente a memória. Mas graças às suas anotações, Silas percebe que ele e Charlie - uma garota que teoricamente é o amor da vida dele - já perderam a memória antes.

Só que agora Charlie está desaparecida e ninguém sabe como e nem onde encontrá-la. E é por isso que Silas saí em sua procura assim como começa uma busca por informações que possam explicar ao garoto sobre a verdadeira história da família dos dois, o relacionamento de ambos e por que os dois perderam a memória - mais de uma vez.

Ao mesmo tempo, Charlie acorda em um cômodo parecido com um quarto de hospital (ou um manicômio) sem saber quem é, como é seu rosto ou qual seria a razão de deixá-la trancada naquele lugar. A mulher que parece uma enfermeira lhe dá remédios que a fazem dormir e sonhar com um garoto e um amor que só existe em sonhos. E ela tem certeza disso porque sempre que acorda ainda está presa. Como ninguém irá salvá-la, ela tem que bolar um plano para se libertar sozinha.

"Levo a mão ao rosto, sorrindo um pouco. Ele me amava. Ele era tão... animado. Eu me deito de novo e me pergunto o que aconteceu com o garoto, e se é por causa dele que estou aqui. Por que não veio me procurar? Será que é possível esquecer um amor daqueles?
E como é que minha vida passou daquilo... para este pesadelo?"

Charlie, p. 68

É muito difícil falar sobre a segunda parte de Nunca Jamais e não soltar spoilers e é por isso que a resenha está mais curta que de costume - além do fato do livro ter apenas 144 páginas. Mas, assim como a primeira parte, Colleen Hoover e Tarryn Fisher prendem completamente nossa atenção com uma narrativa muito envolvente e repleta de adrenalina.

Dessa vez é como se Silas e Charlie voltassem à estaca zero, já que ambos perderam a memória mais uma vez. Só que parece tudo muito pior já que Charlie está perdida e longe de casa. Silas sabe que precisa encontrar Charlie de qualquer forma, principalmente porque em breve ambos irão provavelmente perder a memória novamente e as coisas só vão se complicar. 

Enquanto Silas tenta encontrar Charlie em todos os lugares possíveis, ele também começa mais uma busca pelo passado e por toda a história que afetou os dois tão drasticamente. Algo que acredito que deverá ser mais aprofundado na próxima parte.

Ao mesmo tempo, dessa vez, a narrativa de Charlie tem uma única preocupação: fugir de sua prisão. Como perdeu a memória novamente, ela não tem ideia de quem é ou por qual motivo estaria presa em um manicômio. O único alívio da garota é sempre sonhar com um garoto incrível e um amor maravilhoso. Mas ela sabe que a realidade é que nenhum príncipe encantado irá resgatá-la e por isso precisa bolar um plano para fugir do lugar que acredita ser um manicômio.

E, mais uma vez, o livro termina deixando nosso coração na mão e a ansiedade a mil pelo próximo e último título dessa trilogia. Espero muitas respostas para a parte três dessa história louca e completamente viciante. Mas até lá, recomendo muito os dois primeiros títulos! ;) 

"Por mais que o quarto esteja escuro, tento conter o sorriso. Rolo para o outro lado imediatamente, e ela se encosta em meu peito. Coloco o braço ao seu redor e a puxo para perto - seu corpo se curva perfeitamente no meu - e depois seus pés se enroscam nos meus.
É isso.
Deve ser por esse motivo que senti aquela necessidade constante de encontrá-la. Porque, até este segundo, eu não sabia que não era somente Charlie que estava desaparecida. Quando ela desapareceu, parte de mim deve ter sumido junto. Porque é a primeira vez que me sinto como eu mesmo - como Silas Nash - desde que acordei ontem."

Silas, p. 138