Autor: Neal Shusterman
Título Original: Scythe
Tradução: Guilherme Miranda
Série: Scythe
Editora: Seguinte
Páginas: 448
Onde Encontrar: AmazonBR | Livraria Cultura | Livraria Saraiva
| Livro cedido em parceria com a Companhia das Letras |
Sinopse: Primeiro mandamento: matarás. A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria... Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade. Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador - papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais, podem colocar a própria vida em risco.
Olá leitores! Acho que estou numa fase distópica, pois O Ceifador é mais uma distopia que trouxe para vocês. Mas também é diferente e muito interessante. Do mesmo autor de "Fragmentados", Neal Shusterman, eu já sabia que o livro seria no mínimo polêmico e que teria certo nível no quesito inovação. E não estava errada. Vamos conferir a resenha!
Em um mundo onde os seres humanos alcançaram um grande avanço tecnológico, científico e em termos organizacionais, nada mais natural que as pessoas viverem com melhor qualidade, alcançarem a cura das doenças e consequentemente,a imortalidade. A morte já não é mais um problema para nós, não é um medo e hoje é vista de uma forma completamente diferente. O controle da população e suas leis e ordem é realizado por um ser tecnológico, conhecido como Nuvem (Nimbo-Cúmulo), e essa sociedade moderna vive seus dias de plenitude. Porém, o maior problema deste novo mundo é o controle populacional. Para isso, foi criada uma entidade chamada Ceifa, composta de ceifadores, que são assassinos. Eles possuem o direito de escolher pessoas, dentro de um conjunto de regras e fatores, para serem mortas. E assim, o mundo pode prosseguir sem estar superpopulado. As pessoas lidam com estes seres de forma a idolatrá-los e buscam prolongar ao máximo suas vidas, mesmo contando com a presença dessa instituição e seus "empregados".
"Os mortais fantasiavam que o amor era eterno, e sua perda, inimaginável. Agora sabemos que nada disso é verdade. O amor permaneceu mortal, enquanto nós nos tornamos eternos."
Somos apresentados então, a Rowan e Citra, dois jovens que acabam recrutados por um ceifador chamado Faraday, para que sejam treinados e um deles, apenas um deles, se torne o ceifador em seu lugar. Faraday, e os outros de sua classe, podem recrutar seus aprendizes livremente e por escolha própria, contanto que eles nunca tenham almejado se tornar ceifadores, e não sintam prazer em matar. E para os jovens, muitas vezes com o destino incerto, as vantagens de se tornar um ceifador são extremamente tentadoras. Desde sua própria imunidade, que se estende para seus entes queridos, até fazer parte de uma imensa organização, que eles mesmo não são capazes de imaginar.
"A função não deve ser concedida aos que a desejam.
São aqueles que mais se recusam a matar que devem exercê-la."
E assim, Rowan e Citra são imersos em um mundo completamente novo e em seu treinamento para se tornar um ser que tem como responsabilidade, decidir quem vai viver e quem vai morrer. E definir quem se tornará o próximo ceifador, mas se tornar um ceifador não é uma tarefa fácil.
|
A Nuvem é uma inteligência artificial |
Em meio a plenitude de uma civilização moderna, rica e saudável, existe muitas intrigas, sede de poder e muita coisa da qual os humanos não foram capazes de superar e nem a Nuvem é capaz de conrolar: a humanidade, sua forma de sentir e pensar. A história, narrada em terceira pessoa e com o ponto de vista de Rowan, Citra e até mesmo de Faraday, nos revela um cenário distópico diferente de tudo, e muito interessante e complexo.
"Todo dia rezo como meus ancestrais rezavam. Antigamente, eles rezavam para deuses falíveis e volúveis. Depois para um Deus único, implacável e aterrorizante. Então para um Deus amoroso e clemente. E, finalmente, para um poder sem nome. Mas a quem os imortais podem rezar? Não tenho respostas para isso, mas mesmo assim, posso levantar minha voz no vazio, na esperança de alcançar, para além do horizonte, algo mais profundo do que as profundezas da minha alma. Peço orientação. E coragem. E suplico, para nunca me tornar insensível à morte que executo a ponto de parecer uma coisa corriqueira, banal. O que mais desejo para a humanidade não é a paz, o consolo ou a alegria. É que ainda morramos um pouco por dentro toda vez que testemunhemos a morte de outra pessoa. Pois só a dor da empatia nos manterá humanos. Nenhum Deus vai poder nos ajudar se algum dia perdermos isso!"
Neal já havia criado uma premissa excelente em Fragmentados e me surpreendeu novamente com O Ceifador. A escrita do autor é muito simples e envolvente, bem como seus personagens marcantes e profundos, cheios de questionamentos, dúvidas e de força. Gostei muito do livro, é incrivelmente reflexível, nos leva a pensar em como a humanidade lida com muitas questões e nos apresentou uma história completamente nova, novamente dentro de um tema da moda, na literatura. Foi uma das melhores leituras do ano pra mim, e aguardo os próximos volumes, pois será inicialmente uma trilogia. Novamente recomendo uma distopia diferente para vocês, leitores!
A edição da Editora Seguinte está com uma capa linda e chamativa, nada menos que o livro merece, e com uma ótima revisão. Aguardando o segundo desde já!
Oi Camila, esse livro só tem tido resenhas positivas e isso é animador, ele já tá na minha lista de livros que quero ler e ver uma resenha tão positiva é empolgante e só aumenta as expectativas ver um livro ser descrito como uma das melhores leituras do ano, espero poder lê-lo também logo logo :D
ResponderExcluirOlá! Tudo bem?
ResponderExcluirAdoro distopia e ainda mais saber como a sociedade está nos livros. Achei esse livro muito Black Mirror, meu Deus! Um mundo superlotado e com ceifadores escolhendo como você vai morrer ou se sobrevive. Adorei a premissa do livro e gostaria muito de lê-lo um dia.
Agora imagina você descobrir como você vai morrer? Deus me denfedarey hahaha.
Adorei, beijos.
Oi, Camila!
ResponderExcluirComo eu já disse antes, não curto distopia, mas lendo sua resenha fiquei interessada na história de Rowan e Citra e sobre o mundo dos ceifadores - decidir quem vai viver e quem vai morrer é uma grande responsabilidade...
Valeu pela dica, já adicionei na minha lista de leitura mas só irei ler quando os outros livros dessa trilogia forem também publicados pois sou muito ansiosa e quando se trata de séries prefiro esperar todos os volumes serem lançados para só então iniciar a leitura.
Estava na torcida por essa resenha, só serviu para me deixar com mais vontade de ler. Não sei se estou enganada, mas essa questão de escolha ou ser escolhido me lembra um pouco Divergente.
ResponderExcluirUma colega minha leu este livro e recomendou, e claro que eu fiquei mais curiosa ainda para ler depois da sua resenha.
ResponderExcluirAdoro livos de distopia, e a premissa deste livro me pareceu muito criativa e interessante.
Esse livro esta na minha ista de compras, adoro historias diferentes e essa me levou a questionar se fosse assim na realidade sem mortes e doenças seria maravilhoso, mas teria o mesmo problema do livro o excesso da população. Fiquei curiosa com o critério de escolha dos ceifadores se a corrupção e o poder falam mais alto e com dó de quem seja o ceifador pois não é fácil tirar a vida das pessoas.
ResponderExcluirSério que este livro é de ficção?
ResponderExcluirNão curto muito esse gênero, mas pela resenha deve ser um livro maneiro!
Beijos,
Danny
Irmãos Livreiros
Oi, Camila!
ResponderExcluirEu gostei muito de Fragmentado - ainda não li a continuação - e quero ler O Ceifador.
Gosto de fantasia, distopia e toda essa sociedade regida pela Nuvem.
Mas isso nunca dá certo, né?
O ser humano é indomável, no fim das contas, hehe.
:D
Beijoooos
www.casosacasoselivros.com
www.livrosdateca.com
Camila!
ResponderExcluirGostei muito de Fragmentados também e se há semelhança, já conquistou.
O que gostei foi ver uma sociedade perfeita, sem doenças, sem problemas e que as pessoas podem se regenerar, embora acredite que uma sociedade assim, torne a vida sem muitos objetivos. E aí que a ideia do Ceifador faz todo sentido na trama.
Quero poder ler.
Que outubro venha carregado de boas energias!
“O tempo é teu capital; tens de o saber utilizar. Perder tempo é estragar a vida.” (Franz Kafka)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
Não sabia que era do mesmo autor de Fragmentado!! Eu vi o filme e achei muito bom!! Eu já estava de olho nesse livro há um tempo pois gostei da sinopse. Depois dessa resenha, quero ainda mais lê-lo!! Que quotes são esses??? Nem li o livro e já estou refletindo hahaha. Achei realmente uma distopia diferente, com um enredo intrigante e uma história que parece muito envolvente!! Faz mt sentido escolher o ceifador como alguém que não quer o cargo. Acho demais esses livros que fogem do comum e te fazem refletir e pensar nesse cenário "absurdo". Gostei demais!!
ResponderExcluir