Autora: Colleen Houck
Título original: Reawakened
Tradução: Fernanda Abreu
Série: Deuses do Egito
Editora: Arqueiro
Páginas: 384
Sinopse: Aos 17 anos, Liliana Young tem uma vida aparentemente invejável. Ela mora em um luxuoso hotel de Nova York com os pais ricos e bem-sucedidos, só usa roupas de grife, recebe uma generosa mesada e tem liberdade para explorar a cidade.
Mas para isso ela precisa seguir algumas regras: só tirar notas altas no colégio, apresentar-se adequadamente nas festas com os pais e fazer amizade apenas com quem eles aprovarem.
Um dia, na seção egípcia do Metropolitan Museum of Art, Lily está pensando numa maneira de convencer os pais a deixá-la escolher a própria carreira, quando uma figura espantosa cruza o seu caminho: uma múmia — na verdade, um príncipe egípcio com poderes divinos que acaba de despertar de um sono de mil anos.
A partir daí a vida solitária e super-regrada de Lily sofre uma reviravolta. Uma força irresistível a leva a seguir o príncipe Amon até o lendário Vale dos Reis, no Egito, em busca dos outros dois irmãos adormecidos, numa luta contra o tempo para realizar a cerimônia que é a última esperança para salvar a humanidade do maligno deus Seth.
Não tenho nem palavras para dizer o quão feliz estou de trazer a resenha de O Despertar do Príncipe, da Colleen Houck, para vocês.
Já sou muito fã da autora por conta da série dos tigres e pela forma como ela consegue me surpreender no final. A Iza aqui do blog está de prova que eu sempre descubro o final dos livros antes de chegar na metade da história, mas a Colleen tem a habilidade de me surpreender de alguma forma. Veja bem, eu ainda acerto o que vai acontecer no fim, só que ela faz a ação suceder de um jeito que eu não imaginava e muitas vezes acaba me emocionando também. Por isso é sempre uma leitura que indico.
Quero relembrá-los que entrevistamos essa autora incrível para o nosso
#Especial: XVII Bienal do Livro e estamos sorteando um exemplar de O Despertar do Príncipe autografado. Então não deixe de dar uma conferida depois!
Para quem ainda não a conhece, a escritora ficou famosa por conta da saga A Maldição do Tigre (ainda não finalizada), uma fantasia que de certa forma nos insere na mitologia indiana. Agora, com sua nova trilogia Deuses do Egito, ela parte para uma outra cultura tão interessante quanto: a mitologia egípcia.
Vou confessar aqui que durante o meu Ensino Médio eu procurei cursos de arqueologia porque era fascinada pelos egípcios e gregos. Que jogue a primeira pedra quem nunca se interessou pelo assunto! (Hahahaha)
Obviamente o curso não vingou (até porque essa área não tem uma estrutura forte no Brasil – ou não tinha porque não sei como é hoje em dia), mas fiquei louca para ler esse livro. Claro que o fato da própria Colleen vir ao Brasil para lançar essa obra também me ajudou a ficar mais ansiosa ainda. Acabei comprando o livro na pré-venda e, o melhor de tudo, não me arrependi!
O Despertar do Príncipe, publicado pela
editora Arqueiro aqui no Brasil (também responsável pela publicação dos livros da saga dos tigres no país), foi uma ótima surpresa. Digo isso porque tenho a péssima mania de esperar pouca coisa dos livros da Colleen desde que li
O Destino do Tigre. E isso ainda acontece porque o final do quarto livro da série foi tão perfeito que acho muito difícil a própria autora superar esse feito. Mas, felizmente, estava errada mais uma vez.
Eu havia imaginado que a história teria uma premissa parecida com a saga dos tigres só que com uma cultura diferente. Mas, ainda bem, não foi nada disso!
A protagonista dessa vez é uma jovem chamada Liliana Young que tem uma vida maravilhosa regada de luxo e sem limite no cartão de crédito, mas com uma única condição: fazer tudo o que os pais dela desejam. Ou seja, ela não tem nenhuma escolha na vida. Tem que se vestir da forma que eles acham mais adequada, estudar na escola que eles acreditam ser a melhor, fazer amizade com as filhas das “pessoas certas” e por aí vai.
Eis que, em uma visita ao Metropolitan Museum of Art, enquanto Liliana imagina como poderia convencer os pais a fazer a faculdade que ela deseja - mas sabendo que acabaria indo para a universidade que eles querem -, conhece uma múmia que vai mudar sua vida completamente.
Amon, a tal múmia da história, é um príncipe egípcio com uma função muito importante: a cada mil anos ele e seus dois irmãos, Asten e Ahmose, revivem apenas por alguns dias para que façam um ritual que mantém o maligno deus Seth longe da Terra. Depois os três morrem novamente e esperam por mais mil anos para despertarem.
Só que dessa vez Amon está com um grande problema. Ele despertou sozinho em Nova York e sem seus vasos canópicos. Antes de continuar, já explico que os vasos canópicos são recipientes que os egípcios usavam para guardar alguns órgãos das múmias e as tampas eram decoradas com diferentes deuses porque se acreditava que cada deus protegia um órgão diferente. No caso de Amon, seus vasos canópicos guardam poderes mágicos que os deuses egípcios lhe concederam para que conseguisse realizar o ritual milenar com seus irmãos. E sem seus poderes, Amon iria morrer muito mais rápido e não teria forças para realizar a cerimônia mágica.
Mas graças ao destino ele encontra uma garota (voltamos à Liliana) no museu onde estava o seu sarcófago e cria uma conexão mágica entre sua alma e a alma dela, e assim os órgãos dela passam a sustentar Amon também até que ele encontre seus vasos canópicos.
- Ok, deixe-me ver se estou entendendo. O seu corpo funciona como um painel solar, com o sol exercendo uma cura milagrosa pessoal. Você precisa urgentemente de um transplante de órgãos, e por enquanto eu tenho que ser o seu coelhinho da Duracell.
Liliana, p. 61
A relação entre os protagonistas não começa bem. Amon não tem escolha e precisa urgentemente da ajuda e da energia de Liliana para chegar até o Egito, encontrar seus vasos canópicos, despertar seus dois irmãos (ele é o único que revive sozinho, os outros precisam da magia de Amon para ressuscitarem) e realizar o ritual que irá manter o mundo salvo. Liliana não gosta do fato que o tal Amon consegue obrigá-la a obedecer suas ordens, embora tenha passado a vida toda seguindo a vontade de outros - seus pais no caso. A conexão mágica realmente obriga Liliana a obedecer Amon, só que a garota tem um bom coração e quando ela entende que o jovem irá morrer, decide ajudá-lo de alguma forma. Já o príncipe não quer realmente obrigá-la a ajudá-lo nessa aventura perigosa, mas que outra opção ele tem?!
- Hakenew, Lily.
- Isso quer dizer “obrigado”, não é?
- Quer dizer mais do que um simples obrigado. Expressa um profundo sentimento de gratidão por outra pessoa. É um agradecimento pelo calor e pelo conforto duradouros que se sente na companhia de alguém especial. Não estou agradecendo a você, Lily. Estou agradecendo por você.
Amon e Lily, p. 114
Com a convivência forçada, os dois protagonistas vão conhecendo um ao outro e descobrindo também a si mesmos. Amon é um jovem determinado que aceitou o fato de que passará a eternidade à serviço dos deuses para manter o deus Seth longe das pessoas inocentes e nunca parou para pensar na vida que estava perdendo até agora. Já Liliana, acostumada a sempre obedecer às ordens dos pais, começa uma pequena rebelião interna que irá transformá-la em Lily, uma garota que pensa e faz o que acha certo e o que realmente gosta.
Digo aqui que o enredo deste livro não é um clichê romântico. O foco da história está na jornada para fazer com que Amon recupere todos os seus poderes, realize a cerimônia milenar com seus irmãos e salve o mundo mais uma vez pelos bastidores da história. Mas além da aventura eletrizante repleta de monstros egípcios com sede de sangue, você vê também o nascimento de um amor não desejado, já que ambos sabem que a história não terá um final feliz. Lily sabe que seus pais nunca aceitariam Amon como um namorado adequado (mesmo que ele não fosse uma múmia); Amon sabe que irá morrer e despertar novamente daqui a mil anos e repetir o fato eternamente.
- Amar algo tanto assim seria um golpe cruel do destino para alguém que passa a maior parte da existência na Terra dos Mortos.
Amon, p. 195
Uma grande habilidade da Colleen é coincidir uma aventura perigosa com um belo romance sem perder o humor. O que quero dizer é que até nos piores momentos, a autora consegue tornar a leitura algo leve e engraçado. E a junção de todos esses fatores é um livro delicioso de se ler!
- Descobrir que eu era o alvo de um deus-crocodilo do mal reencarnado não só em um sentido, mas em dois, não era exatamente o desfecho que eu esperava para minha aventura egípcia.
Lily, p. 308
O Egito é o palco do clímax do livro com direito a lutas, magias, vilões poderosos e um amor proibido de quebrar o coração. O final é ótimo, conciso e emocionante. A autora ainda nos deixa uma brecha para imaginar algumas coisas a esperar do segundo livro da trilogia, O Coração da Esfinge, que tem previsão de lançamento para o próximo ano (2016).
Se ainda tem dúvidas, eu recomendo muito feliz essa leitura a qualquer fã de fantasia, romance e aventura. Também já estou aguardando ansiosamente para a editora Arqueiro anunciar a pré-venda da continuação! ;)
- A eternidade é um tempo longo demais para não se ter alguma coisa para lembrar.
Amon, p. 361
Oi Carolina!!
ResponderExcluirSua Resenha está completa, amei mesmo e fiquei com vontade de ler o livro na hora hehe
Foi a primeira resenha que li, eu amo de paixão a Saga dos Tigres, louca para ler este livro!!
Beijos Mila
Daily of Books
Oi, Mila!
ExcluirAcho que o melhor elogio que a gente recebe quando faz a resenha de um livro que gostou é a pessoa dizer que ficou com essa vontade de ler! Hahaha
Então, muito obrigada. :)
Fico muito feliz que tenha gostado do texto e a saga dos tigres é ótima!! O segundo livro me desanimou bastante e acabei demorando um pouco para voltar a ler a série, mas quando terminei o quarto livro fiquei doida! Que final perfeito. Sério. Recomendo muito.
E, como pode ter percebido já, eu adorei O Despertar do Príncipe! Tenho certeza que irá amar também!! ;)
Bjos
Adorei sua resenha. Eu estava em dúvida em comprar, mas agora não vejo a hora de ter este livro em mãos e com certeza já vou hoje no site da Saraiva pra comprar.
ResponderExcluirBjs da viciada em leitura
Paula
Olá, Paula viciada em leitura!
ExcluirPor favor se sinta em casa porque aqui somos todas viciadas sem recuperação! Hahahahahaha
Fico muito feliz mesmo que tenha gostado da resenha. E mais ainda por saber que estou te ajudando a gastar dinheiro! Hahaha
Mas participe da nossa promoção! Quem sabe você não ganha esse exemplar autografado? :)
Bjos!
Oi, Carolina! Tudo bem?
ResponderExcluirPuxa, que resenha incrível!
É muito bom quando nos entregamos em algum livro e, este não poderia ser diferente, até porque é da Collen Houck, pleaseeee! Hehehe!
Participando da promoção e preciso ganhar este livro autografado e com o selo! :)
Beijos!
Irmãos Livreiros
Oi, Daniel!
ExcluirTudo bem sim e com você?
Bom, muito obrigada! Eu fico até embaraçada por um elogio forte assim. Hahaha
Mas o livro é ótimo. É fácil e gostoso de ler, mas ao mesmo tempo traz uma história muiiiiiiito boa!
A Colleen Houck só tem melhorado com a experiência. Acho que vou amar cada vez mais os próximos livros dela! Hahahaha
Boa sorte na promoção! O livro é lindo e o selo super fantástico também! Hahahaha
Beijão!
Olá, Carolina.
ResponderExcluirConfesso que eu procurei o curso de arqueologia pelo mesmo motivo. Aliás, não o fiz também pelo mesmo motivo que você. rs
Como o foco do livro não é o romance, acredito que leria a obra. Além disso, por mexer com a mitologia egípcia, chama ainda mais a minha atenção.
Excelente resenha.
Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de setembro. Serão dois vencedores.
Somos gêmeos de alma! Hahahahaha
ExcluirAcho arqueologia uma área linda e muito interessante, sei que na vida real o trabalho envolve muito mais pesquisa do que ação, mas sou uma nerd total então tenho certeza que amaria essa profissão se tivesse dado certo.
Vamos dizer que foi culpa do destino! Hahahaha
O foco não é o romance mesmo, mas como a molenga que sou adoro a parte do romance também! Hahahahaha
A mitologia egípcia não é muito aprofundada nesse livro. Ela começa com algo básico, mas como agora já temos a introdução da história acredito que ela possa aprofundar mais o assunto.
E muito obrigada pelo elogio! Fico muito feliz que tenha gostado! Espero que consiga pegar para ler qualquer dia e que goste da história também! ;)
Bjs!
Carolinaaaaa
ResponderExcluirEstava aqui ansiosa pela sua resenha desse livro.
Estou doida para ler!
Assim como você sempre fui fascinada pela cultura grega e egípcia, minhas preferidas junto com a romana.
Acho tãããão interessante!
Adorei o enredo, o príncipe e a Liliana.
Sinto que vou me apaixonar pelo livro perdidamente!
Nunca li nada da Collen, mas tenho certeza pelos seus comentários que vou adorar.
:)
Vou comprar e depois te falo o que achei.
Beijoooos
www.casosacasoselivros.com
Tecaaaaaaaaaaaaa!
ExcluirAdoro seus comentários porque você também é tão emocional quanto eu! Hahahahaha
Acho que mundo é fascinado por essas culturas! Elas são incríveis, né? Eu ainda irei até a Grécia e o Egito! Não sei quanto à Roma, mas posso dar uma passadinha também. Hahaha
Brincadeira. Nunca fui para a Europa, mas acredito que vou amar e querer conhecer tudo.
Afinal, história é vida.
Tenho certeza que você vai se apaixonar pelo livro porque eu amei e nós temos um gosto bem parecido pelo que posso julgar até agora. xD
E leia a Colleen sim! Ela é ótima! O único livro que não gostei dela foi o segundo da saga dos tigres (O Resgate do Tigre) porque ele dá uma boa enrolada, mas o quarto é incrível. O final é perfeito. Um círculo fechado completamente sem nenhuma aresta solta. Um primor! Hahaha
Ficarei esperando seus comentários sobre o livro!
Beijão!!
Oi, Carol!
ResponderExcluirEu não costumo ler resenhas de livros que eu tenho muitas expectativas (como O Despertar do Príncipe) - antes de ler o próprio livro, e apesar de suas resenhas não terem spoilers, eu gosto de ler sem saber absolutamente nada - as vezes, compro livros por indicação de pessoas que confio sem saber nem ao menos o gênero, pra ter o gostinho de descoberta. Mas, agora que terminei o livro (semana passada), lembrei que tinha resenha aqui no blog e vim ler! Que delícia ler a sua resenha e lembrar de tanta coisa. Por mais que seja só uma semana, o sentimento vi passando conforme vamos fazendo outras leituras, e recordar o gelinho na barriga pela insegurança com relação ao destino dos dois é maravilhoso!
Como já conversamos uma vez, eu gosto bastante da saga do tigre; foi meu primeiro romance e não era só romance (foi o que me fez continuar e amar a leitura). Gosto muito da escrita da Colleen, mas como você disse ali no início, tem aquela coisa de saber o que vai acontecer, eu sempre acertava também! Hahaha. Apesar da Colleen sempre nos surpreender ao final com algo que não esperava, eu não ficava tão feliz por imaginar e acertar grande parte do desfecho. A questão da profecia pra mim é o que detona com tudo. Você parece que já saca todo o desenrolar. Isso prova que a Colleen escreve bem, pois se não abandonaríamos a leitura, but... hahaha. Como já comentei também, não gostei do final de O Destino do Tigre. Fiquei imensamente magoada, e acho que a Colleen gerou uma situação insustentável. Acho difícil ela me convencer da felicidade do Kishan. Enfim! Hahaha. Adorei o desenrolar de O Despertar do Príncipe. Foi um livro em que eu realmente não fazia ideia do fim, e isso foi uma delícia! Estou bem ansiosa pelo próximo livro, espero que saia até metade desse ano.
Até mais, beijo! ^.^
Amei o primeiro livro estava lendo o segundo e parei me decepcionei com a lily ela deseja cada homem que ve isso e frustante... parei de ler
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