O Príncipe Gato e a Ampulheta do Tempo – Trilogia Príncipe Gato #01

Autor: Bento de Luca
Editora: Novo Século
Páginas: 304
Onde encontrar: Saraiva | Submarino | AmazonBr

Olá, leitores e leitoras do LOHS!

Vocês não me conhecem já que não faço parte da equipe oficial do blog, mas estou fazendo participações especiais por aqui de vez em quando e, como a Camis (também conhecida popularmente como Camila) está de férias, eu ganhei o privilégio de escrever algumas resenhas aqui com minhas queridas amigas. Então, muito prazer, eu sou a Carolina (mas também conhecida por Carol, Carola, e muitos outros apelidos que não fazem sentido) e estarei com vocês nas próximas semanas! :)

O dia 1º maio comemora a Literatura Nacional e aproveitando a vibe do momento resolvi pegar um livro brasileiro que devo confessar estava parado na minha estante há algum tempo: O Príncipe Gato e a Ampulheta do Tempo, de Bento de Luca.

Sinopse: Através de um Buraco de Minhoca — túnel dimensional que interliga dois mundos — localizado no Parque do Trianon, São Paulo, surge um viajante felino movido por uma única e importantíssima missão: a busca por uma lendária ampulheta. Escondida em algum local inóspito da cidade, a relíquia é a única capaz de salvar Marshmallow, terra do Príncipe Gato, que está à beira da destruição. No entanto, parece que ele não foi o único a atravessar o portal. Seres malignos irromperam das barreiras e logo declararam uma caçada voraz, com objetivos mais sombrios...
Além de seus perseguidores, o Gato luta contra seu maior inimigo: o Tempo. É preciso encontrar este objeto antes que seja tarde e seu mundo esteja para sempre perdido. Contudo, ele não estará sozinho nesta empreitada e poderá contar com a ajuda de seus fiéis companheiros.
Fascinante, angustiante e até mesmo engraçada, a história retrata os mistérios jamais desvendados da cidade paulistana, com um toque de magia e esperança.


Eu tenho que ser muito sincera e confessar que só comprei O Príncipe Gato porque a história apresentava duas coisas que amo demais: fantasias e gatos. Apesar da minha falta de noção para razões a se adquirir um livro, a história em si é muito bem construída.

O livro é narrado por três pontos de vista: do humano Hugo, do Príncipe Gato, e do rato Eleanor. O Hugo é um músico, um artista, e talvez seja por isso que eu não tenha simpatizado muito com ele. O cara é um filósofo e eu nunca tive paciência para minhas aulas de filosofia. Mas ele é quem começa a história nos apresentando sua vida e a cidade que vive, São Paulo, e seu primeiro encontro como Príncipe Gato.

Para o Príncipe Gato eu esperava um guerreiro que, apesar da responsabilidade, ainda conseguia manter seu charme felino que apenas os gatos têm. Algo como o Gato de Botas (da animação Shrek) que é um fora da lei, mas ao mesmo tempo tãooooooo lindo! Infelizmente me decepcionei nessa parte porque achei esse protagonista muito forçado. Toda ação que ele fazia tinha uma explicação em seguida. A questão é que quando se explica uma piada, ela perde a graça e foi praticamente isso que senti. Era quase como se as falas dele fossem difíceis de se engolir. Acho que ele deveria falar menos e agir mais.

O último protagonista é um rato. Devo confessar que tenho preconceitos com roedores (sou amante de gatos, okay?!), mas o Eleanor é um personagem muito bom. Ele é a Hermione do trio: muito inteligente, não aceita ser chamado de rato (no caso da bruxa, seria o termo “sangue ruim”) e sabe fazer de tudo.

A história é sobre o Príncipe Gato que veio de Marshmallow por um buraco de minhoca no Parque Trianon atrás da Ampulheta do Tempo, um objeto mágico que tem o poder de salvar sua terra natal. O problema? Ela está escondida em algum lugar desse mundo e o Gato tem que lutar contra o tempo para achá-la e salvar todas as pessoas da sua terra mágica.

Hugo encontra o Príncipe Gato por um acaso e é forçado a ajudá-lo nessa busca. No meio de visitas a igrejas e cemitérios, é que conhecem o rato Eleanor que está vivo há 122 anos e foi criado por magia pelo humano que ajudou o último príncipe de Marshmallow a encontrar a ampulheta mágica.

Para criar mais emoções, feiticeiros malignos e que não morrem, também estão atrás da ampulheta para controlarem a terra de Marshmallow e seus habitantes. Obviamente irão perseguir os três heróis até a morte.

Como disse antes, a história em si é muito boa. Mas infelizmente não tive empatia pelos personagens. Fiquei com uma impressão superficial de todos, sinto que faltou um aprofundamento. A parte do livro que criei uma conexão foi com relação à cidade de São Paulo. Isso porque compreendi a descrição que o Hugo fez já que vivi minha vida inteira nessa loucura gigantesca, passo todo dia na avenida Paulista para ir trabalhar, já frequentei o parque Trianon, sei o inferno que é para pegar transporte público em determinados horários e sinto um ódio mortal das pessoas que resolvem parar do lado errado da escada rolante (por favor, sempre deixe o lado esquerdo livre para a circulação).

Uma coisa que achei muito interessante foi que no fim do livro há algumas cenas deletadas na edição da história. E foi nessas cenas que eu encontrei uma parte do Príncipe Gato que procurava! Uma pena que não foram incluídas no enredo original.

E apesar das dificuldades durante a leitura, o fim foi muito melhor do que esperava. De verdade. O autor fechou o primeiro livro muito bem. Agora devo partir em busca do Príncipe Gato e a Flor-Cadáver para continuar minha aventura mágica.

Recomendo o livro para todas as pessoas que querem iniciar-se no gênero fantasia, pois o texto é leve e curto. E só não dou quatro estrelas para ele por sentir falta de algo a mais em relação aos personagens.




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