Rapidinha #11: Livros sobre livros e leituras


Olá leitores queridos, como vocês estão? Espero que bem! Hoje decidi trazer para vocês todas as resenhas de livros que tratam sobre livros, leitura e o mundo literário um pouco diferente do qual estamos acostumados. É muito interessante ver como existem tanto autores por aí que resolveram escrever sobre a paixão que a leitura desperta nos seres humanos, sobre seu poder transformador e grandioso.

Se vocês são novos aqui no LOHS, então não devem ter acompanhado a época em escrevi a minha monografia. Em 2012 e 2013, me envolvi com leituras que nunca antes tive contato. E as resenhei! Esse ano, 2015, tenho a oportunidade de escrever um artigo científico a respeito do mesmo tema da minha monografia, então estou relendo algumas obras para poder ter o assunto fresco na cabeça.

Nessa releitura, me deparei com novos insights, novas interpretações; percebi o quanto amadureci nesses dois anos como leitora. O que é incrível, pois, como sou - agora - uma estudante de Letras, minha realidade são esses livros acadêmicos, com os quais os leitores que não estão na área, não conhecem. Por isso achei que seria interessante dividir esses pequenos tesouros com vocês.

Sinopse:
Ler, pensar e escrever são três ações 'triviais' que constituem base imprescindível para o exercício da curiosidade e da autoexpressão, para o aperfeiçoamento intelectual e profissional e, sobretudo, para o nosso crescimento como pessoas, seres da palavra.
Quem lê melhor aprende a pensar melhor. E a escrever com mais espontaneidade. Quem pensa ao lado de bons autores, concordando ou não com eles, lê o mundo com mais profundidade. Quem gosta de escrever e procura criar um estilo pessoal faz seus leitores pensarem com mais perspicácia.
Neste livro, não há receitas, conselhos infalíveis ou macetes descartáveis. Não seremos 'libertados' da responsabilidade de aprender por conta própria que ler, pensar e escrever são ações simultâneas ao existir. Todo leitor exigente se torna pensador qualificado quando começa a agir como coautor dos textos que lhe caem sob os olhos. O próximo passo é assumir a autoria de suas ideias e convicções, experimentando o prazer trabalhoso da escrita.

Um dos livros mais completados que li até hoje. O autor, ao longo do seu texto, fala sobre essas três atividades fundamentais que surgem nos leitores e, de modo encantador, nos permite refletir sobre questões fundamentais do cenário educacional brasileiro. A resenha desse livro, você confere aqui!


Sinopse: A leitura é a expressão mais pura da liberdade. Quem a cultiva prova o seu gosto de maneira intensa e absoluta. Para demonstrar essa tese, Jonas Ribeiro usa e abusa de metáforas, jogos de palavras e poesia e avisa que é preciso usar toda a criatividade na sala de aula, numa grande brincadeira com as palavras. "Formar leitores exige noções de harmonia para escolher os remendos certos, combiná-los, reuni-los e, assim, causar os contrastes desejados e formar a beleza total da colcha, finalmente pronta, com todos os seus remendos alinhavados e devidamente cerzidos.”

Acredito que esse seja o livro mais fofo que eu li a respeito da iniciação de um leitor no mundo literário. O amor e o aconchego chegam até nós por meio das palavras e o autor demonstrou exatamente isso: como a poesia pode ser transformadora, como uma história pode te ajudar a não se sentir sozinho. Enfim, um dos meus favoritos no gênero! Você encontra a resenha completa aqui.


Orelhas: Este livro é corajoso, é novo, é desaforador. Este livro afirma, com todas as letras, que ler é uma aventura de liberdade e prazer que nasce num tempo em que todos estamos na escola e esta, incapaz de respeitar essa necessidade lúdica, trai o prazer que a estimula, e faz da leitura um expediente composto apenas por tarefas árduas. A descoberta do mundo, que se ramifica em muitas atividades, e sobretudo na leitura, é, assim, comprometida nos bancos escolares, que não admitem que o aluno pegue um livro ao acaso, um livro que lhe seja próximo, e como se fosse um pai patrão do tempo antigo escolhendo o marido para a filha, aponta para o aluno a "obra certa", geralmente clássicos, forçosamente descontextualizados, espinho grosso para leitores verdes. O resultado é, como se sabe, um desastre: a resistência em ler, o enfado e a antipatia diante da página impressa. O jovem resistindo ao que lhe cai na mão e tem o nome de livro. Anos depois, já fora da escola, e mesmo frente a frente com um autor que fale a sua linguagem e possa revelar-lhe uma face profunda da realidade, o leitor destruído por essa escola autoritária, preguiçosa e desinformada já não pode mais encarar o livro, receber tudo o que este lhe oferta, a obra fica abandonada numa estante e o ex-futuro leitor permanente o ser míope que a vida escolar gerou. Máquina de Destruir Leitores é, apesar da vocação de ensaio, uma obra de ficção. Seria quase um descuido que o autor, misto de pensador e narrador, Jéferson Assumção, que mal chegado aos 30 anos já editou 15 volumes infanto-juvenis achasse para suas duras reflexões uma forma dura. Jéferson optou por uma solução diferente. Como uma espécie Monteiro Lobato, didático e simultaneamente fabulador, nos dá uma aula sobre dar aulas, nos ensina a lermos nossa dificuldade em ler, nossos vícios, o erro brutal de nossos educadores, e o faz criando cenas, compondo diálogos, provocando, com humor e informalidade, uma situação que se arrasta há décadas, e que precisa ser sacudida para mudar. 
Com certeza, é um livro muito corajoso. Além de narrar de forma brutal, com adjetivos e advérbios super pesados o processo de ensino/tortura que acontece nas salas de aula do país. Jéferson traça um perfil preocupante do professor e das gerações não leitoras no Brasil. O que fazer para mudar então? O que fazer para sobreviver à máquina? Descobrir nos livros uma fonte inesgotável de amor! A resenha completa, você confere aqui.

E é isso, eu paro por aqui, mas existem outros livros do gênero resenhados na página de resenhas da Monografia. Fica aí o convite para vocês se aventurarem nesse maravilhoso mundo de odes ao livro e de formas de expandir a leitura. Espero que tenham gostado e que desfrutem dessas leituras assim como eu.

Beijos e boa noite!

4 comentários :

  1. Oie,
    nossa bem diferente. Não li nenhum desses ainda, mas o primeiro me pareceu muito bom.

    bjos
    http://blog.vanessasueroz.com.br

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    1. Vanessa, eles são muito lindos e super fáceis de ler. Pode se aventurar sem medo.

      Beijos!

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  2. Oi, Izabela!

    Releituras tem esse poder de revelar o nosso amadurecimento enquanto leitores e como pessoas. Uma pena eu não poder fazer isto com mais frequência mas enfim...
    Curti a premissa do post. Falar sobre livros normalmente desconhecidos do grande público desperta nosso interesse e contribui para expandir as fronteiras do nosso conhecimento. Confesso que fiquei intrigado e até um tanto chocado com a abordagem do terceiro livro. De fato nosso sistema educacional é permeado de problemas cuja solução talvez deva partir do reconhecimento, discussão e reflexão de que eles existem e precisam ser enfrentados.

    Airechu
    Navegador da nave Interlúdio, navegando pelo Multiverso X
    http://multiversox.com.br

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    Respostas
    1. Airechu, como vai?

      Esse livros não são nem um pouco famosos na blogosfera, porém gosto de apresentar novas oportunidades de leitura. Sei que esses livros me fizeram muito bem, e gosto da ideia de dar a oportunidade para outras pessoas lerem.

      Sim, o terceiro livro é o meu favorito, pois trata de maneira corajosa esse assunto tão delicado.

      Beijos, volte sempre e sinta-se encorajado para ler esses volumes! hahaha

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