Título Original: The Planet of the Apes
Tradução: André Telles
Editora: Aleph
Páginas: 216
Onde Encontrar: Submarino | AmazonBr | Livraria Saraiva
Sinopse: Em pouco tempo, os desbravadores do espaço descobrem a terrível verdade: nesse mundo, seus pares humanos não passam de bestas selvagens a serviço da espécie dominante... os macacos. Desde as primeiras páginas até o surpreendente final – ainda mais impactante que a famosa cena final do filme de 1968 –, O planeta dos macacos é um romance de tirar o fôlego, temperado com boa dose de sátira. Nele, Boulle revisita algumas das questões mais antigas da humanidade: O que define o homem? O que nos diferencia dos animais? Quem são os verdadeiros inimigos de nossa espécie? Publicado pela primeira vez em 1963, O planeta dos macacos, de Pierre Boulle, inspirou uma das mais bem-sucedidas franquias da história do cinema, tendo início no clássico de 1968, estrelado por Charlton Heston, passando por diversas sequências e chegando às adaptações cinematográficas mais recentes. Com milhões de exemplares vendidos ao redor do mundo, O planeta dos macacos é um dos maiores clássicos da ficção científica, imprescindível aos fãs de cultura pop.
Fazia um tempo que queria ler O Planeta dos Macacos, porque conheço os filmes há muitos anos (e gosto). Acredito que a maioria das pessoas já assistiu algum ou já ouviu falar, e depois que li a resenha do livro no blog da Lelê (To Pensando em Ler), fiquei louca por ele. Em uma edição super completa, com conteúdos extras e uma tradução impecável por parte da Editora Aleph, me aventurei finalmente nesta obra. E não me arrependi!
O livro narra a história de um grupo de cientistas e um jornalista (nosso narrador) que, em nome da ciência, decidem deixar a Terra rumo a uma nova galáxia, orbitada por uma estrela semelhante ao sol, chamada Betelgelse. Com esperança de encontrar um planeta habitável, e também alguma espécie inteligente, o professor Antelle, seu companheiro de pesquisas Arthur Levain e o jornalista Ulysse Mérou não se intimidam com o fato de que o tempo para eles passará muito mais rápido por conta da variação interplanetária, e quando voltarem para seu planeta natal, estarão mais de 500 anos no futuro.
Chegando na nova galáxia, eles orbitam um planeta que parece muito semelhante ao nosso, e decidem descer até ele, com pequenas naves. O planeta foi nomeado de Soror por eles, que significa "irmã" em latim. Ao pousarem em sua atmosfera, são surpreendidos por uma linda paisagem, dotada de campos verdes, florestas, montanhas e claro, água. E ficam estarrecidos ao encontrarem, também, oxigênio na atmosfera. Animados com a descoberta, rapidamente retiram seus trajes e exploram uma floresta próxima, e uma cachoeira de beleza indescritível. E então, cruzam com uma humana.
Ao contrário do nosso planeta, Soror é habitado também por humanos, porém, estes humanos são selvagens, e mesmo vivendo em grupos, não possuem a centelha da inteligência e da consciência humana que possuímos, os remetendo aos pré-históricos homens das cavernas, que há muito habitavam também a Terra. Mesmo assim, os cientistas ficam extasiados com a nova descoberta, que a cada dia parece mais interessante.
O que não esperavam encontrar, foi o que viria a seguir. Num dia comum na floresta, são levados por um grupo de homens selvagens até seu refúgio, uma espécie de bosque, com abrigos primitivos. E na calada da noite, surgem seus predadores. Surgem os macacos.
Ulysse e os outros são perseguidos junto aos selvagens numa caçada que os leva a captura, como os animais são pegos nas nossas florestas terrestres. Com extrema selvageria.
"Fui tomado por um terror mortal quando vi a tropa avançar. Após ter sido testemunha de sua crueldade, julgava que iriam promover um massacre generalizado.
Os caçadores, todos gorilas, caminhavam na frente. Observei que haviam abandonado suas armas, o que me deu um pouco de esperança. Atrás deles, vinham os serviçais e batedores, entre os quais havia um número aproximadamente igual de gorilas e chimpanzés."
Seus captores nada mais são que gorilas. Grandes gorilas, vestidos e armados, que se comunicam e dirigem veículos de caçada e caminhões. Que enjaulam humanos. E isso os choca mais do que poderiam imaginar.
Agora, são prisioneiros de macacos. E observam outras espécies desenvolvidas entre eles, tão inteligentes quanto os gorilas: os chipanzés e os orangotangos.
Em meio a um mundo completamente oposto ao nosso, mas ao mesmo tempo tão semelhante em aparência, o jornalista e os outros homens e mulheres são tratados como animais, e seu destino encontra-se nas mãos dos primatas, que são a espécie dominante. Tentando retornar a nave que ainda orbita o novo planeta, Ulysse não medirá esforços para ser reconhecido entre os selvagens, e para manter contato com os macacos em nome de sua liberdade, e também de sua vida. Por sorte, uma doutora entre os macacos, a chimpanzé Zira, nota sua diferenciação entre os outros humanos e dá a ele um fio de esperança. Mas, em meio a um mundo inteiro governado por primatas que utilizam os humanos a sua vontade, ele terá alguma chance?
"-Como vai? Sou um homem da Terra. Fiz uma longa viagem.
O sentido não tinha importância. Eu só precisava falar para desvendar-lhe minha verdadeira natureza. Nunca estupefação igual imprimiu-se nos traços de um símio. Ficou sem respiração e boquiaberto, bem como seu companheiro. Ambos entabularam numa conversa rápida a meia-voz, mas o resultado não foi o que eu esperava."
Este livro foi uma bela leitura, pois foi maravilhoso. A escrita de Pierre Boulle, mesmo sendo um clássico, é extremamente fluída, intrigante e cada página nos deixa curiosos sobre o futuro dos personagens, o novo planeta e a vida dos macacos inteligentes. Não precisa ser um amante da ficção científica para se aventurar neste livro, pois ele é muito simples em essência, e possui diversas reflexões para o leitor ao longo de sua história. Tanto o início quanto o final foram muito legais, um verdadeiro mind-blowing, que nos surpreende e nos deixa boquiabertos e envolvidos com a trama. Definitivamente amei este livro e super recomendo. Um excelente clássico para ler e se ter na estante!
Já assisti ao primeiro filme do Planeta dos Macacos, é muito bom mesmo.
ResponderExcluirNão sabia do livro, e lendo sua resenha fiquei muito interessada já que ameio o filme e adoro livros do gênero de ficção científica.
Olá, Camila.
ResponderExcluirGosto demais desse livro e também gostei de dois pontos que você ressaltou: a escrita que é bela e fluída ao mesmo tempo; e as críticas que o autor faz.
Excelente resenha, como sempre.
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Planeta dos Macacos é um dos meus filmes favoritos da vida. Até a Aleph publicar o livro eu não fazia ideia da existência dele. Eu tenho muito vontade de lê-lo e acho essa edição maravilhosa.
ResponderExcluirBeijos.
Oi Camila!
ResponderExcluirSempre que lançam um filme Planeta dos Macacos, me surpreendo com o quanto um filme é melhor que o outro.
Vi esse livro em promoção mas deixei passar por não ter muitas resenhas dele, e me arrependi. Espero ter uma nova oportunidade, já que é um gênero que gosto bastante. Sua resenha está muito empolgante e a premissa muito interessante.
Abraços!
Mulher, esse livro entrou para os meus favoritos de 2015.
ResponderExcluirComo não amar??
E eu amo tudo que vem depois do livro. Seriados, filmes, álbum de figurinhas, rsrsrs
Adorei a resenha!!!!
Bjkss
Lelê
certamente esse foi um dos melhores livros que li ano passado... assim como você, sou apaixonada pelos filmes e por esse motivo quis tanto ler a obra, não me arrependi... pena que minha edição não é essa da Aleph TT_TT
ResponderExcluirO livro tem uma premissa muito interessante, até a Aleph lançar com essa edição nova, não o conhecia, apenas tinha ideia dos filmes. A mensagem que ele passa é bem contextual com o que acontece hoje em dia, o homem está agindo feito um animal. A leitura parece rápida, simples e muito marcante. Ansioso p/ ler ^^ Abraços.
ResponderExcluirEu assisti a primeira vez o filme com a minha mãe, ela adorou e sempre quando vejo falar de planeta do macacos me lembra a ele, foi um dos ultimos filmes que assistimos juntas antes dela se for.
ResponderExcluirJá comprei o livro, mas ele ainda não chegou, ta para chegar na semana que vem, mas assim que chegar ja irei começar a leitura
Eu assisti o filme, mas ainda não li o livro, parece ser interessante, mostra a realidade em que vivemos, onde as pessoas, estão selvagens, agressivas sem humanidade. Muito bom a leitura ser fluída. Pretendo ler.
ResponderExcluirOi Camila,
ResponderExcluirPlaneta dos macacos é aclamadíssimo! Tenho o box com os 5 filmes antigos em casa. Me recusei a ver as novas versões que lançaram há uns anos. Tudo o que refazem parece que piora. Então nem me arrisquei a ver.
Eu não li esse livro ainda. Na verdade, o único da Aleph que eu li, (fora todos os 10 Star Wars, é claro), foi Laranja Mecânica, que eu gostei bastante. Mas vou ler Planeta dos macacos com toda a certeza.
Eu gosto da crítica velada feita no livro sobre o comportamento humano nos macacos e dos macacos no homem. O homem teria vindo do macaco e em determinados momentos pode ser menos evoluído que um animal inferior. Impossível não comparar com a revolução dos bichos de george orwell, que retrata a miséria de se viver em sociedade. Com tanta barbaridade cometida pelo homem, no fim das contas, não dá pra não se perguntar: até quanto o homem pode ser primitivo como um animal, né?
Mas tem uma coisa que eu não entendi. Seria talvez uma mudança do original? É que no filme, o personagem principal não é o jornalista francês Ulysse e sim o astronauta americano George Taylor.
Parabéns pela resenha!
Oi, Camila!
ResponderExcluirGosto muito dos filmes, mesmos os antigos super mal feitos, haha.
Não sabia que tinha livro. Vou procurar um para mim.
:)
E sério que o final é melhor do que do filme?
Porque da produção é super sinistro. Me chamou a atenção!
Beijoooos
www.casosacasoselivros.com