Editora: Rocco - Fantástica
Páginas: 272
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| Livro cedido em parceria com o Grupo Editorial Rocco |
Sinopse: Quando a chuva aflige o vilarejo de Véu-Vale pelo terceiro dia consecutivo, as ruas iluminadas por tochas ficam desertas; as janelas, uma a uma, se fecham; nesses dias, quem caminha pelas ruas de Véu-Vale caminha sozinho. Em O coletor de espíritos, novo romance de Raphael Draccon, um dos principais nomes da literatura de fantasia nacional, Gualter Handam, antigo morador do vilarejo e hoje um psicólogo prestigiado, se vê obrigado a retornar ao local que povoa seus pesadelos. Depois de tantos anos, ele terá de encarar antigos fantasmas e enfrentar uma força desconhecida e furiosa, numa jornada de sacrifício e redenção que poderá finalmente libertar todo um povo das garras do medo.
Olá leitores e leitoras! Este ano li menos livros nacionais do que gostaria (#chateada), mas vou finalizar o ano com pelo menos dois ou três autores brasileiros, e não é por falta de vontade não, e sim nossas demandas com as editoras. De qualquer forma, admiro e recomendo vários deles, entre eles o Raphael Draccon e suas séries de livros sobre dragões e fantasia em geral, meu gênero literário favorito. Agora, vamos acompanhar a resenha de seu lançamento pelo selo Fantástica, da Editora Rocco: O Coletor de Espíritos.
"Há muito tempo, afastado do mundo, existia esse lugar intocado. Rodeado por ruelas sombrias, sobrevivia de forma precária ao tempo que corria ao redor, como se todos os dias fossem iguais."
Somos apresentados a um vilarejo chamado Véu-Vale, e esse vilarejo é aqui no Brasil, num lugar remoto e perdido. Nesse lugar, as pessoas ainda vivem com a iluminação do fogo e reutilizam a água da chuva para sobreviverem, algo bem primitivo e ao mesmo tempo ecológico. Este seria um vilarejo normal, se não fosse o "terceiro dia de chuva", quando seus moradores se escondem em suas casas e se agarram a sua fé, com medo do desconhecido e dos gritos noturnos. Mesmo com esse mistério todo, as pessoas gostam de lá e vivem suas vidas "tranquilamente". Mas isso é demais para Gualter Handam.
O jovem deixou Véu-Vale para trás e se tornou um psicólogo, um profissional bem sucedido na cidade grande, mas nada o impediu de ouvir os gritos e sentir o arrepio que as noites e a chuva o traziam durante sua infância e ao longo de sua vida no Vale. Quando sua mãe adoece, ele é obrigado a voltar a sua cidade natal e esse retorno promete ser algo que agitará o pequeno vilarejo, e não de uma forma boa. Enfrentando seus medos e ajudando as pessoas de seu antigo "mundo", Gualter irá cruzar com tudo o que ainda acontece durante as chuvas em Véu-Vale e também com temido "Coletor de Espíritos". Em meio aos infinitos mistérios desse vilarejo, ele irá perceber que tudo isso foi algo que ele deveria ter deixado para trás, sem retorno.
"Mas, se havia o silêncio, era apenas o humano. Lá fora, por debaixo da agonizante tensão trevosa que se esgueirava para além de casas de madeira e pau a pique, estava o inimigo de suas emoções. Colunas vertebrais tensionavam-se quando a atmosfera rosnava descargas elétricas, ainda que ninguém ali tivesse medo do acorde feroz do trovão, nem do toque da água, nem do clarão que denunciava o encontro de nuvens. Na verdade, o que aqueles moradores temiam não era o fenômeno, nem seus parentes naturais. Não era o odor atmosférico. Nunca a chuva. Mas aquilo que vinha com ela."
Raphael Draccon nos transporta para um local cheio de lendas e também de medo, trabalhando um pouco do nosso folclore nacional, das nossas lendas urbanas. O que não nos é revelado nos intriga muito neste livro e os mistérios também acabam nos envolvendo, como se estivéssemos no "terceiro dia de chuva" também. E a chuva pode assustar qualquer um, acho que todos sabemos disso. Imagina o terror de uma tempestade, atrelado a lendas e a muita coisa escondida por esse mundo afora? Em alguns momentos me senti totalmente imersa na leitura, um ponto muito positivo e do qual aprecio muito em um livro com essa temática. É necessário esse transporte do leitor e foi muito bom. A escrita do autor ainda me surpreende e eu gosto como ele evoluiu e continua em constante evolução de escrita. Os autores nacionais são mesmo surpreendentes e são capazes de chegar a um nível internacional com facilidade, quando se tornam experientes e buscam esse trabalho constante. Um excelente ponto do livro.
Nem preciso dizer que curti bastante a leitura, os personagens, o que há por trás disso tudo, e tem muita coisa, e também não posso falar muito mais pois perderia o encanto e a curiosidade, que são o ponto alto do livro. É uma leitura gostosa e rápida, um livro curto e muito fácil de ser digerido, apesar de toda a tensão constante na leitura, e bota tensão nisso!
Recomendo, sem dúvidas, e é uma boa dica de leitura também, para as férias e festas de fim de ano! Leiam os livros do Draccon e acrescentem em suas listas. E cuidado com o terceiro dia de chuva.
Também acho que por aqui temos muitos bons autores e fico feliz quando vejo um deles despontando mesmo quando é com um gênero que não leio com frequência. Ainda assim, achei a ideia do livro bem interessante e achei legal ele abordar lendas locais explorando um pouco do folclore nacional. Curti a resenha e desejo muito sucesso pro autor *__*
ResponderExcluirCamila!
ResponderExcluirUma pessoa como o Draccon só pode fazer cada vez mais sucesso, afinal uma atitude tão solidária, mesmo que ele não queira, traz felicidade dobrada.
Ele sim é um ser humano de verdade, além de ótimo escritor.
Adorei a resenha e toda trama que envolve o livro.
Desejo uma ótima semana!
“ Bendita seja a data que une a todo mundo numa conspiração de amor.” (Hamilton Wright Mabi)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA dezembro 3 livros + 2 Kits papelaria, 4 ganhadores, participem!
Oi, Camila. Não gosto dessa mistura toda com folclore/lendas urbanas. Já tinha lido uma resenha desse livro antes, e não gostei, não despertou aquela vontade de lê-lo!
ResponderExcluirAinda não li nenhum livro do autor, mas tenho vontade de conhecer sua escrita. Fiquei bem curiosa com esse mistério que ronda o terceiro dia de chuva, a leitura parece que envolve o leitor e o deixa ansioso para descobrir o que acontece.
ResponderExcluirEu não conhecia este autor Raphael Draccon, também andei lendo poucos livros nacionais, mas gosto de conhecer novos livros de autores brasileiros, e o estilo de história deste livro acabou me agradando. Lendo sua resenha acabei ficando bem curiosa para conferir esta história e adicionei O Coletor de Espíritos em minha lista de leituras.
ResponderExcluirCamila, eu li muitos livros nacionais esse ano e, gostei pacas!
ResponderExcluirEsse do Rafael Dracon, ainda não li, mas sua resenha me deixou curioso, aliás, muito bem escrita!
Beijos, Danny
canal no YouTube: Irmãos Livreiros
Nunca li nenhum livro deste autor, mas vontade é o que não me falta.
ResponderExcluirEu adorei saber deste lançamento, pois a sinopse me agradou bastante e fiquei com um gosto de quero mais.
Olá, já ouvi muitos elogios acerca da escrita de Draccon e depois dessa resenha fiquei ainda mais curioso para testemunhá-la. Aqui vejo que o autor consegue fazer a fusão de de elementos das lendas com sobrenatural de forma sutil e bem original, deixando o leitor ávido para descobrir os segredos ao longo das páginas. Beijos.
ResponderExcluirOlá, já ouvi muitos elogios acerca da escrita de Draccon e depois dessa resenha fiquei ainda mais curioso para testemunhá-la. Aqui vejo que o autor consegue fazer a fusão de de elementos das lendas com sobrenatural de forma sutil e bem original, deixando o leitor ávido para descobrir os segredos ao longo das páginas. Beijos.
ResponderExcluirOi tudo bem? <3
ResponderExcluirÉ ótimo ver quantos livros nacionais incríveis temos por aqui né? Mas dessa vez vou ter que passar a dica afinal diferente de você eu não curto muito fantasia então acredito que não seria uma leitura que me agradaria. Porém vejo muitos elogios a escrita do Raphael.
Beijos,
www.leitorunicornio.blogspot.com
Gosto muito de livros nacinais apesar de não os ler com muita frquencia!!
ResponderExcluirSó de ler a resenha eu senti a tensão do livro!
Adoro a temática do folclore !!
Bjus
Oi, Camila!
ResponderExcluirNunca li nada do Raphael Draccon, não conheço os seus livros - se li/ouvi algo sobre não me recordo no momento... - mas vou pesquisar sobre os livros dele assim que possível...
Quanto a O Coletor de Espíritos, confesso que a trama não despertou meu interesse, não fiquei curiosa para desvendar o mistério que há no vilarejo de Véu-Vale e descobrir o que acontece no terceiro dia de chuva... por isso esse é um livro que eu não leria.
Bjos!
Oi, Camila!!
ResponderExcluirInfelizmente também li poucos livros de autores nacionais e ainda não li nada do Raphael Draccon. E acho que temos muitos autores nacionais muitos bons e vou tentar ler mais livros nacionais esse ano. Gostei da proposta do livro e adoro uma boa fantasia!!
Bjoss
Ainda não conhecia esse autor e essa temática nao me interessa muito, mas parabéns pela resenha!
ResponderExcluirAcho muito legal o incentivo aos autores nacionais, mas a história desse livro não me fisgou muito!! Acho que eu não conseguiria me manter no livro, apesar de achar bem peculiar o modo como o vilarejo vive e querer entender mais sobre o que acontece de fato no terceiro dia... Gostaria de um filme hahaha, mais fácil pra mim!!
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