Título Original: Magonia
Tradução: Alda Lima
Série: Magônia
Editora: Galera Record
Páginas: 308
Onde Encontrar: AmazonBr | Livraria Saraiva | Submarino
| Livro cedido em parceria com o Grupo Editorial Record |
Sinopse: Uma fantasia original com ótimos personagens, complexidade emocional e um universo fantástico. Aza Ray nasceu com uma estranha doença incurável que faz com que o ato de respirar se torne mais difícil. Aos médicos só resta prescrever medicamentos fortes na esperança de mantê-la viva. Quando Aza vê um misterioso navio no céu, sua família acredita que são alucinações provocadas pelos efeitos do medicamento. Mas ela sabe que não está vendo coisas, escutou alguém chamar seu nome lá de cima, nas nuvens, onde existe uma terra mágica de navios voadores e onde Aza não é mais a frágil garota enferma. Em ''Magônia'', ela não só pode respirar como cantar. Suas canções têm poderes transformadores e, através delas, Aza pode mudar o mundo abaixo das nuvens. Em uma brilhante e sensível estreia no gênero young adult, Maria Dahvana Headley constrói uma fantasia rica em nuances e cheia de simbolismo.
Magônia é o primeiro volume de uma série de livros de fantasia, recém publicada pelo Grupo Editorial Record através do selo Galera, e eu como amante da fantasia, para todo o sempre, me encantei logo de cara com a premissa e também, confesso, com a capa do livro.
O livro narra a triste (?) história de Aza, uma jovem de quinze anos cuja vida foi consumida por uma doença rara, e aparentemente, terminal. A doença, que foi batizada de síndrome de Aza Ray (sim, seu nome), a deixou com os pulmões debilitados desde que a adolescente era um bebê. Além das dificuldades respiratórias, ela possui órgãos com mal formação, e de tempos em tempos tem convulsões que a levam ao coma temporário. A mãe, uma biomédica, faz de tudo para que o laboratório em que trabalha desenvolva uma cura para a filha, mas parece impossível. Sua família já está preparada há anos para o dia em que Aza partirá deste mundo, mas por enquanto, a jovem só deseja ter uma vida normal e sair com o melhor amigo, Jason. Mas a vida de Aza é tudo, menos normal.
A garota sofre de algumas alucinações, que são atribuídas ao seu coquetel de remédios diários. Ela ouve e vê coisas voando pelos céus. Navios voadores, pássaros e vozes que chamam por seu nome já fazem parte da realidade, mesmo que seja irreal, de Aza. Todos desacreditam em suas histórias e no colégio até seus professores já estão cansados dos contos, dos "óvnis" e dos surtos temporários da aluna doente. Mas a cada alucinação, a jovem se sente mais e mais atraída para os céus e para seus navios voadores.
Em um de seus últimos ataques respiratórios, um dos médicos avista algo muito estranho em sua ressonância: uma pena, isso mesmo, uma pena em seu... Pulmão! E isso é só o começo de uma série de "loucuras" que acometem a adolescente ao longo dos dias que se aproximam de seu aniversário de dezesseis anos. Tudo parece estranho demais, intenso demais, até que chega a hora de Aza partir deste mundo. Para Magônia.
[...] Visto que sentir é primeiro
quem presta alguma atenção
à sintaxe das coisas
nunca irá beijar-te por inteiro;
Este é o Sr. E.E. Cummings. Ele acerta nessa parte. Passei anos demais prestando atenção em qualquer coisa que não o fato de que o tempo escorregava pelas minhas mãos. O meio do poema fala sobre não perder tempo enquanto se está vivo, mas, em disso, beijar as pessoas que se deve beijar, amar quem se deve amar. Ele também acerta nas últimas duas linhas, que são:
eis que a vida não é parágrafo
e a morte, julgo eu, nenhum parêntesis.
Quando acorda de fato em um de seus navios voadores, cercada de criaturas que são meio humanos e meio pássaros, Aza terá de lidar com uma nova vida a bordo do Amina Pennarum, um belo e gigante navio, que navega pelos céus, através das nuvens e tempestades. Uma vida de aventuras e vinganças. E ela irá descobrir com a capitã Zal Quel e sua tripulação, muito mais sobre seu nascimento, sua existência na Terra, sua doença e o que de fato, ela é. Isso eu vou deixar vocês descobrirem durante a leitura, claro.
O que de fato a deixará imensamente triste, é a falta de sua família, de sua casa, de sua vida. E claro, de Jason. O amigo, que a ama, sente sua falta mais que nunca, e sofre com sua partida, seu enterro, seu luto. Os capítulos são alternados então, entre Jason e Aza, e podemos lidar com a garota dos céus e o jovem aqui, na Terra. É um diferencial no livro, essa sensibilidade com a morte, mesclado a fantasia. Achei muito bonito como a autora descreveu essa trajetória, e mantém as duas narrativas.
O livro é incrivelmente mágico, mesmo. A história se diferencia em muitos aspectos, trazendo um novo ar para os leitores (rs), mas peca em outros. Quero saber muito mais sobre Magônia, a história deste mundo novo, e muitas coisas devem ser esclarecidas nos próximos volumes, mas senti falta disso, neste. A narrativa pode, por vezes, confundir o leitor que não está acostumado a uma leitura poética, cheia de mensagens, ao estilo Neil Gaiman. E de fato a escrita da Maria Dahvana Headley me lembrou o estilo dele, também.
Eu gostei bastante, é um livro leve e com alguns aspectos pesados, um misto de tristeza, beleza e magia. É o que a fantasia pode nos trazer de melhor. Recomendo aos que precisam de um pouco mais dessa magia e de navios voadores em suas vidas! Eu já embarquei. :)
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirTô vendo esse livro por aí e, desde que vi na lista de lançamentos da editora, soube que seria um livro que gostaria de ler <3
A fantasia e um pouco do surreal me fascinou nessa narrativa e, por você mencionar o Gaiman, nossa, ponto mais do que positivo para eu, em definitivo, comprar um exemplar!
O que falar dessa capa, não é mesmo? Lindíssima! (ponto extra no meu coração que ama capas atraentes hehe).
Love, Nina.
http://ninaeuma.blogspot.com/
Gostei da resenha do livro, achei o enredo bem interessante, como eu não poderia deixar de me interessar por um livro de fantasia, já esta na munha lista de desejos.
ResponderExcluirMuito interessante o livro! É bem triste a história da menina mas depois ela conhece esse mundo de fantasia, e que acaba diminuindo o sofrimento dela. Nunca vi algo igual e achei a proposta da trama bem bacana.
ResponderExcluirOlá, Camila!!
ResponderExcluirAmei a estória de Magônia!! Adoro livros que fala de magia e distopia!! E esse livro despertou muito minha atenção. A protagonista Aza parece sofrer muito tanta com a doença como também com os familiares que não acreditam nela. Bem estou curiosa!
Beijoss
Acho a capa muito bonita, não sabia que vai ter mais volumes. Gostei da resenha, essa historia parece ser diferente e gosto de coisas diferentes. Já fiquei triste pela doença de Aza não ter cura, mas que bom que ela vai embarcar em um mundo de magia queria embarcar também rsrs. Fiquei intrigada com essa pena que aparece no pulmão dela.
ResponderExcluirOi Camila!
ResponderExcluirQue livro interessante. Além de uma belíssima capa, ainda tem uma trama muito intrigante.
É a primeira resenha que leio do livro e me surpreendi com o enredo. Achei que era só sobre a doença dela, mas que bom que me enganei. Pois essa aventura mágica deu um novo ar a esse livro e foi justo essa parte que despertou meu interesse. Já estou ansiosa pra embarcar nessa trama e conhecer um pouco mais sobre a Iza e essa a noja jornada que a espera.
Abraço!
Olá! Gostei mto da sua resenha, eu ja estava ansiosa dmais pra ler agora piorou só mais um pouquinho... Rsrs
ResponderExcluirParabéns pela resenha, me convenceu ainda mais que a obra está excelente!
Bjs
OI!!
ResponderExcluirAdoro livros de fantasia e, juntamente com distopia e mistério, é um dos meus gêneros favoritos.
Fiquei muito entusiasmado para ler Magônia por ter uma trama bem original e por ter uma indicação da Victoria Aveyard, autora que amo.
Fiquei ainda mais curioso agora que você disse que sentiu uma proximidade com a escrita do Neil Gaiman, pois a escrita dele é magica e repleta de mensagens.
Espero ler em breve!
Abraço.