Reunião - A Mediadora #03

Autora: Meg Cabot (originalmente sob o pseudônimo de Jenny Carrol)

Título original: The Mediator: Reunion

Tradução: Alves Calado

Série: A Mediadora

Editora: Galera Record

Páginas: 268

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Sinopse: Suzannah é uma adolescente como outra qualquer. Bem, quase...Ela tem um pequeno segredo: é uma mediadora. Fala com fantasmas e os ajuda a descansar em paz. Um dom um tanto incomum para ser divido com os colegas, irmãos e até mesmo com a mãe. Mas de uma pessoa Suzannah não conseguirá esconder seu segredo. Gina, sua melhor amiga de Nova York, está na cidade passando uns dias com ela. Durante sua estada, quatro adolescentes morrem num acidente de carro. E Suzannah se vê obrigada a abrir mão de seus dias tranqüilos com a amiga para ajudar as almas penadas. E para isso, ela precisará contar cm a cobertura de Gina.

Sim, voltamos com A Mediadora. Como já não é mais segredo o quanto eu amo essa série, vamos direto ao livro, assim poderemos chegar mais cedo no novo volume lançado pela linda Meg Cabot, e teremos todos resenhados aqui no LOHS!

Após ir se acostumando com a vida na costa oeste — sol, praia, calor, cáqui e colégio interno —, tudo parece mais calmo desde o último encontro que Suzannah teve com um fantasma: nada de multimilionários ou fantasmas histéricos. Até a visita de Gina, sua melhor e única amiga de Nova Iorque, faz com que tudo pareça absolutamente em paz.

Só que, é claro, isso nunca dura para Suze.

Enquanto paravam no Jimmy’s, um um mercadinho próximo à orla, para comprar refrigerantes, Suze nota algo estranho: quatro adolescentes com roupas de festa tentando roubar bebidas. Sem entender como o atendente Kurt poderia deixar isso passar, ela percebe o que está acontecendo. 

Então levantei meus óculos Donna Karan para olhar melhor.
E foi aí que notei.
Kurt não ia fazer nada com aqueles garotos. Não mesmo.
Kurt não podia vê-los.
Porque estavam mortos.
P. 15-16

Depois de ler no jornal e conversar com Padre Dom sobre o ocorrido, Suze descobre que os garotos eram os Anjos da RLS; o colégio Robert Louis Stevenson havia perdido quatro de seus mais populares alunos em um acidente de carro, na véspera, e agora Suzannah, Padre D. e até Jesse estão encarregados de descobrir suas intenções para proteger pessoas inocentes de sua raiva — particularmente focada no nerd Michael Meducci, envolvido no acidente de carro, mas que por algum milagre sobreviveu.

— [...] Mas o que acontece com o garoto não é da conta de vocês.
— Ah, é? — Josh voltou ao sorrisinho de desprezo. — Então é da conta de quem?
Jesse assentiu para o Padre Dominic e para mim.
— Deles — falou em voz baixa.
— Deles? — A voz de Felicia se elevou num tom de nojo. — Por que eles?
— Porque eles são os mediadores. — Ao brilho laranja da fogueia, os olhos de Jesse pareciam pretos. — É isso que eles fazem.
O único problema é que os mediadores não sabiam como cuidar da situação.
P. 175 e 177

Sendo essa a trama principal, o livro trata os pontos apresentados nos outros volumes de uma maneira bem similar. Há poucas personagens novas e poucos conflitos muito diferentes dos anteriores. O que se vê é uma evolução (ainda que um pouco lenta) da história entre Suzannah e Jesse, já que ela quer saber o que o deixou preso nesse plano, apesar de ainda servir de alívio cômico na maior parte do tempo. 

— Andei ouvindo umas coisas.
Afundei nos travesseiros, desapontada.
— Ah. Então você sentiu uma perturbação na Força, foi, Luke?
P. 35

O mais interessante nesse volume específico é a trama. Não tem um plot twist tão grande quanto O Arcano Nove, mas certamente dá alguns tapas na cara: o tempo todo você tem preconceitos com os anjos e com Michael, e o final foi bem inesperado. Eu posso dizer que esse livro fez um trabalho muito bom com a profundidade das personagens, principalmente Michael e suas motivações. Gostei bastante de ver os dois lados da história e ainda assim poder ponderar sobre o que acontece sem achar que estava sendo injusta.

O desenrolar da história, com cada pedaço do quebra-cabeça se juntando à medida que os capítulos vão, é o ponto alto. Como eu disse, não é tão inesperado como o livro anterior, mas tem umas boas surpresas.

Ah, e a presença de Gina também rende seus momentos. No final das contas, faz sentido que ela seja a melhor amiga de Suze, por mais que ela tenha mudado depois de ir morar em no outro lado do país. A amizade das duas também é um ponto positivo, já que em nenhum momento elas chegam a disputar por atenção. São melhores amigas e se entendem, ainda mais depois dessa visita.

Apesar da resenha curta, continuo recomendando a série. O livro não é longo e é um dos meus preferidos dentre os seis. Mantém a qualidade mesmo sendo uma transição no que diz respeito a Suze e Jesse, e vale a pena. 

Espero que continuem a leitura, porque nos próximos volumes é que está o maior perigo da série. E para chegarem lá, precisam passar por esse também!

Resenha por Bel Brito