A Fúria e a Aurora #01

Autora: Renée Ahdieh
Título original: The Wrath and the Dawn
Tradução: Fabienne Mercês
Série: A Fúria e a Aurora
Editora: Globo Alt
Páginas: 336
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Sinopse: Personagem central da história, a jovem Sherazade se candidata ao posto de noiva de Khalid Ibn Al-Rashid, o rei de Khorasan, de 18 anos de idade, considerado um monstro pelos moradores da cidade por ele governada. Casando-se todos os dias com uma mulher diferente, o califa degola as eleitas a cada amanhecer. Depois de uma fila de garotas assassinadas no castelo, e inúmeras famílias desoladas, Sherazade perde uma de suas melhores amigas, Shiva, uma das vítimas fatais de Khalid. Em nome da forte amizade entre ambas, Sherazade planeja uma vingança para colocar fim às atrocidades do atual reinado.
Noite após noite, Sherazade seduz o rei, tecendo histórias que encantam e que garantem sua sobrevivência, embora saiba que cada aurora pode ser a sua última. De maneira inesperada, no entanto, passa a enxergar outras situações e realidades nas quais vive um rei com um coração atormentado. Apaixonada, a heroína da história entra em conflito ao encarar seu próprio arrebatamento como uma traição imperdoável à amiga.
Apesar de não ter perdido a coragem de fazer justiça, de tirar a vida de Khalid em honra às mulheres mortas, Sherazade empreende a missão de desvendar os segredos escondidos nos imensos corredores do palácio de mármore e pedra e em cenários mágicos em meio ao deserto. 

A Fúria e a Aurora me chamou a atenção desde o anúncio da editora Globo sobre o lançamento porque, além de receber elogios sem fim dos fãs, foi inspirada na lenda árabe das Mil e Uma Noites. Gosto muito desses contos que foram escritos entre os séculos XIII e XVI (parei a leitura próxima da 300ª noite) e que inspiraram Renée Ahdieh a escrever essa saga.

A autora, Renée Ahdieh, também me chamou muito a atenção por ser grande amiga das renomadas escritoras Sabaa Tahir (Uma Chama Entre as Cinzas) e Marie Lu (Legend). A Fúria e a Aurora foi sua primeira obra publicada e teve uma grande repercussão no Estados Unidos. Seguindo o exemplo, o segundo título da série (The Rose & the Dagger) está atualmente na lista livros mais vendidos do jornal New York Times.

Dito isso, nem preciso comentar sobre quão altas eram minhas expectativas!!


A história nos apresenta a jovem Sherazade como protagonista. Ela é uma moça extraordinária. Diferente das outras garotas, seus interesses sempre foram além da preocupação de arrumar um marido. Sherazade aprendeu a usar o arco e flecha, a escalar muro, entre outras atividades designadas aos homens árabes e não às suas mulheres.

Desde os 12 anos, Sherazade é apaixonada por Tariq, o belo rapaz que, além de ser seu amigo de infância, também a ensinou muitas das coisas que eram proibidas às mulheres. Mas sua melhor amiga, Shiva, foi assassinada por Khalid Ibn Al-Rashid, o rei de Khorasan, e isso faz com que a garota crie um plano para seduzir o monstro e vingar a morte de sua amada amiga.

O rei de Khorasan, um rapaz de 18 anos, se casa com uma garota diferente a cada noite e na manhã seguinte elas sempre morrem. Sherazade não é a única que está infeliz com o monstro que a governa, mas o exército real tem tido êxito em se livrar de todas as rebeliões até agora.

Por isso, Sherazade manda o pai e a irmã para longe, escreve uma carta pedindo perdão à Tariq por sua traição e se oferece como noiva para o rei Khalid. O plano de Sherazade é simples: entreter o homem com histórias até a aurora seguinte e sobreviver o máximo de auroras possíveis até vingar Shiva e todas as outras garotas inocentes.

No início o plano de Sherazade tem sucesso e todos na cidade só conseguem comentar sobre a boa sorte que foi ela ter sobrevivido! Mas, ao se tornar íntima de Khalid, os sentimentos da garota começam a entrar em conflito sobre o que ela deve fazer e seu plano de vingança começa a colapsar.

-Ele tem sofrido muito. Preocupa-me imensamente ver que, por causa disso, ele inflige sofrimento aos outros. E isso me envergonha, porque não são atos do garoto que conheci. Mas se você é jovem, eu sou velho, e na minha idade a sabedoria se torna menos um direito de nascença e mais uma expectativa. Na minha vida, a coisa mais importante que aprendi é que ninguém alcança a plenitude de seu potencial sem o amor dos outros. Não fomos feitos para ser solitários, Sherazade. Quanto mais uma pessoa afasta os outros, mais evidente se torna a sua necessidade crítica de ser amada.
p. 125

O rei se mostra bem diferente do monstro que todos imaginam, mas então por que todas aquelas moças tiveram que morrer?! Enquanto começa uma luta com a razão e o coração, Sherazade irá até o fim para buscar as respostas que procura. 

Nascer do Sol no deserto

Por outro lado, o jovem Tariq não aceita o fato de sua amada estar sob a mira de um assassino e fará tudo o que for necessário para resgatá-la do palácio.

Entre intrigas políticas, revoltas e magias desconhecidas, Sherazade irá lutar contra o que acha certo ao criar sentimentos por um rei que assassinou sua melhor amiga e muitas outras jovens inocentes.

-Você é... extraordinária. Todos os dias penso que vou ficar surpreso com quanto você é extraordinária, mas não fico. Porque isso é o que significa ser você. Significa não conhecer limites. E viver sem limites é tudo o que você faz.
p. 149

Renée Ahdieh
A história de Renée é muito bem escrita e conduzida. Ela usa todas as fórmulas já conhecidas entre o romance de jovens opostos, além de incutir pequenos toques de fantasia. Acredito que por ter altas expectativas com relação ao livro e por esperar mais fantasia que romance, acabei um pouco decepcionada. A história é muito previsível e totalmente focada no triângulo amoroso entre Sherazade, Khalid e Tariq. Na minha opinião pessoal, não teve nenhum fator surpreendente porque era tudo muito óbvio. Aliás, a fórmula que ela usa é tão conhecida que já sei quais serão as próximas ações dos personagens e como será o final da série.

Apesar disso, é muito bom ver personagens femininas como Sherazade que vivem em uma cultura muito mais machista que a nossa e têm a coragem de tomar suas próprias decisões e correr atrás do que desejam. 

Para o próximo livro - que já é um sucesso no Estados Unidos - imagino uma inclusão maior à parte fantástica da história, mas com o enfoque ainda no romance. Além de mais intrigas políticas e rebeliões civis. Então, penso que as coisas ficarão mais interessantes.

Fica a dica aí para quem curte um romance com personagens diferentes em uma cultura não tão conhecida por nós, os ocidentais.



17 comentários :

  1. Adorei a sua resenha... mas não conhecia esse livro de capa simples e linda... fiquei completamente curiosa com o enredo desse livro... parece história antiga recontada, mas de uma maneira mais simples e original.

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  2. Eu estou com bastante vontade de ler esse livro. A história dele parece ser boa, e fiquei com mais vontade ainda por saber que a autora é amiga da Sabaa Tahir.
    Mas desanimei um pouco por saber que o livro focou mais no romance (e não gosto muito de triângulo amoroso). E é uma pena que o livro todo seja previsível. Ainda quero ler esse livro, mas não é prioridade.

    Beijos!

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  3. Oii Carolina!
    Esse livro têm me conquistado viu...Venho acompanhando resenhas dle, e tenho me surpreendido com tanta coisa positiva nele, enredo mto bom, a leitura parece ser bastante agradável, ansiosa pra conferir!
    Bjs!

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  4. Adoro livros que abordam essa cultura. Essa história parece ser muito boa. Já vi esse livro em outros lugares e adorei a sua resenha.
    bjos.

    http://as-coisas-mais-doces.blogspot.com/

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  5. Eu já conhecia o Livro e já Gostei desde o primeiro contato! Pena o livro ser tão caro :(
    Adorei que a autora se inspirou na lenda árabe das Mil e Uma Noites, pois adoro essa lenda!
    Amei a Resenha!
    Abraços!

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  6. Oiii

    Eu amei essa primeira parte. Apesar de ter um ritmo mais pausado no início tudo se encaixa perfeitamente e é facil de entender. Os personagens convencem (exceto Tariq, aii odiei esse homem). Ansiosa para ler a segunda parte.

    Beijos

    unbloglitteraire.blogspot.com.ar

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  7. Que história é essa? Meu Deus do céu. Parece ser muito boa. A capa é linda e o contexto dela me chamou muita atenção. Com certeza vou ler.

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  8. Pelo que você falou o livro parece é uma releitura do clássico das Mil e Uma noites, inclusive o nome da personagem é o mesmo. Interessante tornar atual um livro milenar. Quero ler ate porque eu adoro livros orientais e porque sou fã das mil e noites.
    Espero ficar empolgada como você. Achei a capa linda de viver!
    bjs

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  9. Oi Carolina!
    Que capa mais linda! Assim que soube desse lançamento, já coloquei o livro nos meus desejados imediatamente. E depois de tanta resenha positiva fiquei bastante ansiosa pra comprar logo esse livro. saber que Mil e Uma Noites serviu de inspiração pra essa trama me deixa extasiada, pois simplesmente amo esse conto.
    Esse livro parece ter uma história incrível, com personagens marcantes e inesquecíveis. Mas vou aguardar pela sequência, pois acho que não sobrevivo em esperar, rsrs.
    Abraço!

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  10. A protagonista mostrou ser uma personagem forte e decidida isso já é muito bom. Fiquei muito curiosa em saber porque as esposas do Rei morrem e porque ela não morreu isso atiçou minha curiosidade kkk. Não gostei de saber que vai ter triângulo amoroso odeio isso.

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  11. Oi, Carolina!!
    Amei a resenha!! Já ouvir falar muito desse livro e da sua história. Quero muito ler esse livro só falta comprar!! Beijoss

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  12. Oi Carolina, adoro a historia de mil e uma noites, acho mágica. Assim que vi este livro por ai, já comecei acompanhar resenhas e mais uma vez me surpreendi, ótima resenha. Beijos
    dicasdaisacereser.blogspot.com.br

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  13. Oi Carol!
    No início da sua resenha fiquei: "nossa! Essa história parece ter tanto potencial", mas ao final fiquei um pouco desapontada em saber que a autora construiu uma narrativa com tantos clichês. Mesmo a sua avaliação tendo mais pontos positivos que negativos ainda não sei se leria.
    Beijos
    http://numrelicario.blogspot.com.br

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  14. Oi Carol, tudo bem?
    Eu li A Fúria e a Aurora semana passada, e até gostei bastante. Acho que o que fez eu gostar mais do livro foi a Shazi. Que personagem feminina maravilhosa e destemida. Em um ponto eu tenho que concordar com você, eu fui com grande expectativa no quesito fantasia, e até mais da metade do livro eu estava me perguntando "Cadê a fantasia do livro?", ficou mais nos conflitos internos de Shazi, e no romance.

    Mas estou ansiosa para o próximo volume, espero que me surpreenda. :)
    Essa foto que você colocou é a cara da Shazi, do modo que eu imagino ela. XD

    Bjs Mih!
    Paradise Books || @ParadiseBooksBr || @Mih_Francielle

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  15. ótima resenha!
    Bom, eu não gostei muito do livro pois pra mim é meio confuso (apesar de ser obviamente uma cultura diferente de outros livros). Mas achei interessante, mas não me despertou pra ler =)

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  16. Oi, Carolina! Tudo bem?

    Adorei a forma como você descreveu a real ideia do livro! Super curti!
    E mesmo classificando com três estrelas, quero ler, pois, culturas diferentes me encantam e me fazem viajar, saído dos tradicionais livros de nossa americana. :)

    Amiga, estarei na Bienal no dia 29/08 e 01/09 no stand da Primavera ás 19:00 horas, bora nos encontrarmos por lá? :D
    Quero muito lhe dar um beijão!

    Super beijo!
    Irmãos Livreiros

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  17. Adorei esse livro, to bem curiosa para ler, gosto de livros diferentes e nunca li nada da cultura árabe.

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