Autora: Michele Weber Hurwitz
Título original: The summer I saved the world... in 65 days
Tradução: Joana de Conti
Editora: Rocco Jovens Leitores
Páginas: 288
Sinopse: Um verão. Uma menina. Um plano. 65 maneiras de fazer a diferença. Neste livro romântico e cativante, Michele Weber Hurwitz, elogiada autora de livros juvenis, conta a história de Nina Ross, uma menina de 13 anos que, um pouco entediada e solitária durante as férias, resolve dar um gostinho diferente aos seus dias com um plano inusitado: fazer uma boa ação por dia, anonimamente, a alguém de sua vizinhança. A cada um dos 65 dias em que põe seu plano em prática, Nina descobre algo novo sobre seus vizinhos e sua família capaz de surpreendê-la. E aprende que as coisas podem não acontecer sempre do jeito que esperamos, mas podem ser ainda melhores. Como o verão inesquecível em que ela salvou o mundo – ou pelo menos fez uma pequena diferença nele – e as próprias férias.
Para as coisas boas, pequenas e notáveis. Elas fazem a diferença.
Assim começa o livro de que vamos falar hoje, com a dedicatória da autora quase que resumindo toda a simples, porém cativante, história.
Nina Ross tem 13 anos, uma família desfuncional, uma melhor amiga muito interessada em garotos/roupas/maquiagens e meio desatenta, um vizinho mais amigável do que era quando tinham 6 anos, vizinhos malucos, e está prestes a entrar para o Ensino Médio. Ela tem um verão antes de se tornar, de fato, a adolescente das músicas de Taylor Swift e dos filmes de John Hughes.
Além de estar entediada, Nina sente o vazio pela perda de sua avó, fonte principal de conselhos e sabedoria, com suas SV's: Simples Verdades.
Uma das favoritas dela era: as coisas acontecem quando têm que acontecer, e quanto antes as pessoas entenderem isso, mais felizes serão. A maioria não entende, dizia, mesmo quando as coisas estão bem na frente delas.
P. 7
Presa em um subúrbio, com os mesmos vizinhos de sempre, Nina não tem o que fazer além de esperar. Até que, um dia, ela se cansa de esperar e decide agir: e se pequenas ações realmente pudessem ser feitas de graça? Só pelo fazer? Decide, então, que seus 65 dias restantes de verão renderão 65 boas ações anônimas.
O que Nina não esperava era que as reações talvez não fosse tão boas. Apesar de a menina ter boas intenções, ela causa um rebuliço no pequeno bairro e as pessoas começam a estranhar antes de sequer sentirem-se gratas pelas boas ações. O conflito principal da garota está na dúvida de seguir com as pequenas ações, que acabam por desencadear grandes mudanças, ou parar com o projeto de uma vez e voltar à normalidade.
O livro tem 288 páginas, capa colorida e cheia de flores, um selo "Jovens Leitores" e um título um pouco autoajuda de mais. Por que eu o escolhi? Porque, além de querer uma folga dos calhamaços que ando lendo, eu acredito em boas ações. Sabe aquela sacola que você segura pra alguém no ônibus, porque seu colo está vazio e, bom, por que não? Pois é, esse tipo de coisa pode não mudar o curso da vida, o universo e tudo o mais, mas pode muito bem mudar o dia da pessoa cansada que pega o ônibus e ainda tem de voltar de pé. Ela pode não querer retribuir, mas pode passar isso adiante.
Esse livro trata justamente de uma questão bem simples: fazer o bem. Ajudar a colher flores, entregar biscoitos a um vizinho que não tem tempo de cozinhar, dar um par de sapatos novos a alguém que fica o dia inteiro trabalhando de pé... Todas essas coisas são pequenas, mas fazem diferença. Claro, ninguém, de fato, salva o mundo plantando cravos, mas as pessoas se importam e se comovem.
Eu não vou negar que não estava dando nada pelo livro. Achei que seria bem mais bobo do que na verdade é. Uma protagonista de 13 anos me surpreendeu bastante, e a narrativa em primeira pessoa é envolvente o suficiente para que tenha sido um livro de uma sentada só. Nina consegue ser uma personagem convincente, apesar de um pouco dramática de mais para uma pré-adolescente de férias no subúrbio americano da classe média alta (ela não tinha muitos conflitos, mas eu já tive 13 anos também, então é o benefício da dúvida que conta).
O livro tem 65 capítulos, mas eu tenho a impressão de que foi uma ideia que acabou se perdendo: Nina não faz uma boa ação por capítulo (há alguns em que faz 7 seguidas), e há capítulos de um ou dois parágrafos. Parecia que a autora, assim como a personagem, perdeu um pouco as rédeas do plano original e acabou ajustando a história de acordo com o que foi necessário. O resultado não foi ruim, mas deixa um pouco a desejar.
Como mencionei, não é um livro grandioso. É honesto e tem seu valor. É uma leitura boa para quem está sendo iniciado no vício que se torna a leitura. É recomendado para quem ainda não é tão familiarizado com o prazer que é ler, ou com quem que queira, assim como eu, uma pausa das loucuras que temos de ler.
Tem bons momentos, algumas risadas, algumas cenas de séries adolescentes, e alguns momentos mais bem trabalhados. No final das contas, ele vale a pena. Afinal de contas, me prendeu até o final. Confissão: li sem tirar os olhos enquanto esperava, de pé, meu ônibus (atrasado há uma hora) chegar no terminal. Foi um ótimo descanso e é um alívio pensar que crianças de 13 anos podem ter acesso a leituras de qualidade para a idade. Espero ver mais!
Oi, Bel!
ResponderExcluirFoi justamente a sinopse aparentemente despretensiosa e leve que me atraiu logo que o livro foi divulgado. Leituras para fugir dos enredos mais densos são sempre bem-vindas, e, ainda que não tenha sido muito bem desenvolvido pela autora e se perdido em alguns momentos, saber que a leitura consegue prender o leitor e satisfazer ainda com as ressalvas anteriores, já é muito bom. Diminuiu consideravelmente a minha empolgação quanto à obra, sim, mas o interesse em fazer a leitura em algum momento permanece. Gostei da resenha e espero conseguir envolver-me tanto à leitura quanto você!
Beijos!
♥ Sâmmy ♥
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Bel!
ResponderExcluirApesar da protagonista ser jovem, acredito que o mais importante, para nós de todas as idades, é que devemos fazer sempre o bem e tentar mudar a vida das pessoas para melhor com pequenas atitudes e a nossa melhora ainda mais.
Desejo um mês repleto de realizações e uma semana de luz e paz!
“ Eu creio que um dos princípios essenciais da sabedoria é o de se abster das ameaças verbais ou insultos.” (Maquiavel)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Oii Bel!
ResponderExcluirQue livro lindo! Eu gostei mto, não conhecia ainda, vai direto pra minha listinha! Espero conseguir ler....
Bjs!
Oi Bel, que ideia incrível a desse livro, é claro que a protagonista não vai salvar o mundo com as pequenas boas ações, mas vai deixar ele muito melhor e saber que nem todas são bem recebidas, me faz pensar que ele é bem real também, pois a desconfiança faz parte da nossa vida, dificilmente se recebe uma boa ação ou até mesmo um elogio sem que se pergunte porque? o que tem por trás daquilo?... Gostei mesmo da ideia e anotei a dica ;)
ResponderExcluirA capa é muito bonita de se encher os olhos. Parece ser um livro gostosinho de e ler em uma tarde e ainda tirar algum proveito da historia toda. Acho que vale a pena te-lo na minha estante. Sobre salvar o mundo, se você já faz sua parte, parte do mundo já é salvo ;)
ResponderExcluirOi Bel,
ResponderExcluirO livro aborda um questão muito interessante a de que a humanidade desconfia antes de ter qualquer outra reação perante uma situação, o que é uma pena, mas é como nossa sociedade vive hoje, pois na cabeça de muitos ninguém faz nada sem querer algo em troca. Mas Nina tem só 13 anos e as pessoas não deveriam ver suas boas ações como algo incorreto. Deveriam, a partir daí pensar melhor nas coisas que fazem no dia-a-dia, em como vevem suas vidas e dar o exemplo para os mais novos. Se cada um fizer um pequeno jesto, grandes mudanças podem acontecer. É uma linda história, não tenho dúvidas, só não sei se é um livro para mim. Acredito ser uma ótima recomendação para um publico infanto-juvenil, pois eles podem se identificar com algumas situações da personagem.
Parece ser uma graça o livro com ensinamentos, pois é difícil alguém querer fazer o bem hoje em dia as pessoas estão cada vez mais se isolando e sem paciência, quando alguém faz ficamos logo desconfiados que nem os personagens rs. Pena que deixa a desejar, podia ser melhor trabalhado.
ResponderExcluirSe eu fosse olhar pela capa e título, com certeza eu julgaria por ser um livro de auto ajuda, não estava na minha lista de desejados e muito menos na de livros para ler, mas pode até ganhar seu lugarzinho lá. Gosto destes livros leves, com moral e história pra se inspirar no dia a dia, é como você disse não é um livro grandioso, mas tenho certeza que me conquistaria com a história simples.
ResponderExcluirAdorei a resenha Isabel!
Paradise Books || @ParadiseBooksBr
xoxo ♥
Bel, esse livro parece ser bem gracinha e com uma mensagem bonita: fazer o bem.
ResponderExcluirEu aqui jurando que era uma boa ação por capítulo.
Acho que a autora não soube desenvolver bem a ideia, então.
Gosto do fato de que é honesto e não é bobo, mas doce.
:)
Beijooos
www.casosacasoselivros.com
www.livrosdateca.com
Olá Bel, tudo bem?
ResponderExcluirNão conhecia o livro e nem a autora e apesar das ressalvas eu gostaria de ler...boa dica....bjs.
http://devoradordeletras.blogspot.com.br/
Olá.
ResponderExcluirAchei linda a capa! E a leitura parece ser leve e com uma bonita mensagem.
Se tiver uma chance, vou conferir.
A resenha está ótima.
Beijos.
Olá,
ResponderExcluirO que mais gostei sobre o livro, que foi dito na resenha, é finalmente ter um livro para indicar para a minha irmã, todo mundo manda ela ler Harry Potter e Percy Jackson, mas ela não quer e não acho que obrigar ela a ler essas séries enormes vai ajudar ela a se apaixonar como eu sou pela leitura. É muito bom saber desse livro, curtinho, fácil e cativante, nem todo mundo precisa ou deve come pelos clássicos, famosos ou difíceis.
Oi, Bel!!
ResponderExcluirGostei bastante da indicação, o livro parece ser bem legal. A capa é linda demais!!
Bjoss