A Sala dos Répteis - Desventuras em Série #02


Autor: Lemony Snicket
Título original: The Reptile Room
Tradução: Carlos Sussekind
Série: A Series of Unfortunate Events
Editora: Seguinte
Páginas: 184
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Sinopse: Lemony Snicket é um autor que não pode ser acusado de falta de franqueza. Sabe que nem todo mundo suporta as tristezas que ele conta e por isso - para que depois ninguém reclame - faz questão de avisar: 'Se você esperava encontrar uma história tranqüila e alegre, lamento dizer que escolheu o livro errado. A história pode parecer animadora no início, quando os meninos Baudelaire passam o tempo em companhia de alguns répteis interessantes e de um tio alto-astral, mas não se deixem enganar...'. Os Baudelaire têm mesmo uma incrível má sorte, mas pode-se afirmar que a vida deles seria bem mais fácil se não tivessem de enfrentar o tempo todo as armadilhas de seu arquiinimigo: o conde Olaf, um homem revoltante, gosmento e pérfido. Em 'Mau Começo' ele deu uma pequena amostra do que é capaz de fazer para infernizar a vida de Violet, Klaus e Sunny Baudelaire - e aqui as coisas só pioram.


Estou de volta com mais Desventuras em Série, e aqui é que, na minha opinião, a história começa, pois é agora que se consolidam as premissas, as bases e até piadas internas de toda a série.

Mais uma vez, os Bauldelaire encontram-se sem saída: acabaram de escapar de Olaf, saindo de sua terrível casa, cansados e sozinhos. Para onde devem ir agora? Segundo Sr. Poe, devem seguir para o próximo tutor legal — de acordo com a vontade de seus pais, mais um parente. Apesar do receio dos órfãos em estar novamente nas mãos de alguém maligno como Olaf, suas preocupações duram pouco.

Dessa vez, seu tutor será seu tio, Monty, um exótico homem, cuja mansão abriga um grande quarto: a Sala dos Répteis. Ela é exatamente o que o nome promete: Monty não é somente um parente distante, mas um grande estudioso e conhecedor de várias espécies de répteis, sendo amante de cobras principalmente.


Um tanto quanto preocupante, não?

Gentil, divertido e um adulto carinhoso como os irmão jamais pensariam em encontrar novamente, tudo parece correto. Cada um tem seu quarto, suas necessidades atendidas e talentos respeitados (inclusive Sunny e sua inesgotável busca por coisas para morder). O que poderia dar errado, não é mesmo?

Pois é aí que entra Lemony Snicket, queridos. Quando tudo está minimamente bom é que as coisas começam a desandar. Não preciso nem dizer que Olaf encontra seus meios de adentrar a casa e se fazer um perigo constante, e nem o mal que pretende com isso. Todos sabem que o vilão sempre consegue encontrar os mocinhos, o que muda é o "como" e não o "o quê". Portanto, como os órfãos irão resolver seu novo problema e escapar é o que você irá descobrir sozinho quando ler.

Mais uma vez, a narrativa envolvente de Snicket traz o que é esperado em cada volume: as descrições certeiras e nunca cansativas, o cuidado que o narrador tem em lembrar-nos de que sabe do que acontece porque trata os Baudelaire como personagens reais de uma pesquisa própria, suas tiradas com uso de ironia e piadas sutis sempre oportunas. Talvez esse volume específico seja o que menos gostei até agora (até porque a chave da série é a história ir ficando mais interessante à medida que avança), mas mesmo assim gosto bastante.

O mesmo cuidado que há no volume anterior se encontra nesse, com a dedicatória no começo,
Para Beatrice —
Meu amor por você viverá para sempre.
Você não teve a mesma sorte.
as lindíssimas ilustrações de Helquist entre os capítulos, a carta de Snicket a seu editor, no fim do livro, bem como a última ilustração que dará a pista de onde se passará a próxima história.

E é sempre bom lembrar: se tiver a oportunidade, leia o original para treinar o inglês. Como já disse, as definições que o autor dá para as palavras que crianças com a idade dos Baudelaire não saberiam são contextuais e ajudam mais do que definições de dicionário — por isso a leitura em inglês é uma ótima prática para vocabulário (vai por mim, tem me ajudado bastante, por mais que eu não seja mais criança hahaha!)

Por último, gostaria de lembra-los do filme. Eu ainda acho bem mais ou menos, mas acredito que em se tratando de buscar os atores certos, ele acertou na mosca. Billy Connolly (Monty) é bem próximo daquilo descrito no livro e ilustrado por Helquist, e faz um ótimo trabalho no papel. Além disso, ver Sunny com a Víbora Incrivelmente Mortífera é simplesmente a coisa mais fofa do mundo.

Ok, isso é bem mais preocupante, mas também é fofo, vai

Enfim, meu conselho é: leia, por mais que não seja tão interessante quanto os outros. Levemos em conta que é um livro infanto-juvenil, e que é uma boa obra do gênero e um bom livro para a série.




Resenha por Bel Brito






11 comentários :

  1. Oi Bel!
    Não li a série, mas gostei muito do filme *-*
    Parece que onde quer que os irmãos Bauldelaire vá, Olaf está sempre à espreita e dá um jeitinho de encontrá-los.
    É impressionante como sempre que as coisas parecem estar melhorando, alguma coisa acontece pra atrapalhar os irmãos, mas acho que é isso que torna a leitura mais interessante.
    Com certeza pretendo comprar a série. Minha filha adora e já pediu de presente, então vou aproveitar a oportunidade pra ler, rsrs.
    Abraço!

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  2. Eu não consigo achar o box pra mim comprar.

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  3. Quero muito ler essa série! Conheço o filme e o adoro, espero gostar mais ainda dos livros que parecem ser maravilhosos. O conde Olaf promete não deixar os irmãos Bauldelaire em paz. Estou bem curiosa para acompanhar a jornada, que não será nada feliz, desses irmãos através dos livros. Também acho fofo e preocupante ver a Sunny com a Víbora Incrivelmente Mortífera.

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  4. Ainda não assisti o filme e nem li os livros, mas tenho vontade. Pena que esse volume deixa a desejar em comparação aos outros. Que tio esse hein, bem inusitado seus gostos kk. Parece uma aventura e tanto desses garotos em fugir do vilão e ele acaba os encontrando-os.

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  5. Ainda não li os livros e nem assistir os filmes, sempre pensei que a série fosse chata, mas percebo que errei feio, não consegui entender muito a história do vilão mas gostei de toda a premissa do livro, a narração parece ser mesmo muito boa e só essa dedicatória já me deixou uma grande expectativa rsrs
    É uma pena que você não tenha amado esse volume da série, vi fotos e também achei as ilustrações incríveis, o que torna a leitura bem mais leve.. já adicionei á wishlist

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  6. Olá, Bel! Tudo bem?

    Consegui completar esta série, em livros físicos, há pouco tempo. LI somente o um e gostei demais da escrita, como você falou, as descrições não são cansativas. A ironia e o senso de humor tão peculiar, tornam tudo ainda mais interessante.

    Será que os demais livros conseguem ir além do bom?

    Abraço

    https://revelandosentimentos.blogspot.com.br/

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  7. Acho que sou uma das poucas pessoas da face da terra que não sente nenhuma vontade em ler essa série :/
    Vejo críticas muito boas, mas ainda assim não é um gênero que me atraía. Porém estou com vontade de acompanhar a série de TV quando estrear, quem sabe assim me anime a ler também os livros, né?

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  8. oie,

    eu ainda não li essa série, mas e minha vontade é ler no original, para poder ajudar no inglês
    e agora sabendo que as descrições são melhores q a de dicionário definitivamente eu tenho que ler, afinal dois em um treina o inglês e acompanha essa série que as pessoas elogiam muito

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  9. Oi, Bel!
    Eu lembro que assisti o filme faz teeeeempo, mas não lembrava do tio Monty, só do conde Olaf, porque, né, ele é meio inesquecível.
    Esse parece bonitinho também. Quero ler a série toda!
    E, claro, ver a série do Netflix com o Patrick Neal Harris <3
    Boa dica de ler em inglês. Parece que o vocabulário é bem tranquilo, mesmo para quem não sabe tãããão bem inglês.

    Beijoooos

    www.casosacasoselivros.com

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  10. Bel, até falei na primeira resenha da série que ela está na minha de desejados, por´me um amiga leu e não curtiu como achou que curtiria. As expectativas dela eram as minhas, sabe e por isso eu ainda não resolvi me aventuras pelas aventuras dos irmãos. xD

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  11. A série é infanto-juvenil, mas mesmo os mais velhos gostam da leitura, acho que lida em cada fase da vida uma nova mensagem é absorvida e por isso é tão brilhante.
    Desconfiamos que o final não será feliz, as dificuldades sempre irão aparecer e o bem e o mal estão representados nos irmãos e em Olaf, mas o humor ácido,a narrativa afiada e as situações nos motivam.
    Espero que a série da Netflix seja fiel aos livros e tenha a mesma qualidade da saga.

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