Como não podia faltar em nosso
Especial da Bienal do Livro deste ano, trouxemos uma entrevista exclusiva com a queridíssima
Lucinda Riley!!!
Sucesso mundial, Lucinda já vendeu mais de 8 milhões de livros no mundo!! Best-Sellers do jornal The New York Times, os livros da escritora já foram traduzidos para 22 línguas e publicados em 36 países.
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Lucinda Riley no Bate-Papo da Bienal |
A autora irlandesa que é apaixonada pelo Brasil, voltou este ano (2016) para participar da
Bienal do Livro em São Paulo. Mas como a
editora Arqueiro - responsável pela vinda da escritora e pelos novos livros dela publicados aqui no país - é muito legal, eles também a levaram para uma turnê por mais três cidades brasileiras (Recife, Rio de Janeiro e Curitiba) para comemorar o lançamento do livro da série As Sete Irmãs,
A Irmã da Sombra (terceiro volume da saga) e também o relançamento dos dois primeiros títulos com novas capas:
As Sete Irmãs e
A Irmã da Tempestade.
Nós estivemos presentes na sessão de autógrafos aqui em São Paulo e, com a ajuda da equipe incrível da
editora Arqueiro (obrigada, pessoal!!!!), preparamos algumas perguntinhas para essa fofura em formato de gente e o resultado você confere abaixo!!!
Livros Ontem Hoje e Sempre: Qual foi o momento em que você pensou “Eu posso ser uma escritora”?
Lucinda Riley: Escrever sempre foi uma paixão minha, desde criancinha. Eu estava sempre inventando histórias. E depois, quando eu trabalhei como atriz, eu reescrevia o enredo da minha personagem na minha mente. Comecei a escrever seriamente aos 22 anos. Fiquei doente (com muita febre) e não conseguia trabalhar. Assim acabei escrevendo meu primeiro romance. Para minha surpresa, a Simon & Schuster (uma editora americana) me ofereceu um acordo para três livros. Ser uma escritora é o meu trabalho dos sonhos.
LOHS: Você visitou alguns países do Extremo Oriente quando criança. Você escreve histórias com esses cenários? Se sim, por quê?
Lucinda Riley: Quando criança, meu pai me levava para viajar pelo sul da Ásia Oriental, especialmente pela Tailândia, que é um dos meus países preferidos no mundo. Meu livro A Casa das Orquídeas (publicado pela
editora Novo Conceito no Brasil) é narrado em parte em Bangkok e na ilha Kon Chang, onde eu costumava ter uma casa. Lá a vista é de tirar o fôlego e diferente de qualquer coisa na Europa, e as pessoas são tão gentis e receptivas – é o lugar perfeito para um romance.
LOHS: Como você escolhe os países suas histórias mostrarão? Você tem um lugar preferido? Você precisa pesquisar bastante sobre esses lugares?
Lucinda Riley: Para mim, sempre foram os locais que inspiravam meus livros. Por exemplo, As Sete Irmãs foi inspirado pela minha primeira viagem ao Rio de Janeiro em 2012. Quando vi o Cristo Redentor pela primeira vez foi um momento verdadeiramente mágico. Eu sabia que precisava escrever sobre isso. O Rio é um dos meus lugares preferidos, mas, para ser bem honesta, eu tenho muitos lugares favoritos. É difícil de escolher. Sou bem sortuda por ter viajado tanto e ter encontrado tantos lugares e tantas pessoas diferentes. Viajar pela Noruega para pesquisar e escrever A Irmã da Tempestade também foi uma revelação - é bem o oposto do Brasil, mas igualmente impressionante.
A pesquisa é uma das partes mais prazerosas em escrever um romance, e eu me jogo com todo o coração nisso. Eu tento ver o país pelos olhos de seus moradores, não somente como uma turista. E, dessa forma, conheço tantas pessoas fascinantes! Minha pesquisa mais recente para o quarto livro da série As Sete Irmãs, The Pearl Sister (A Irmã da Pérola, em tradução livre), me levou para a Austrália e realmente abriu meus olhos para uma cultura completamente diferente.
LOHS: Em uma série, como em “As Sete Irmãs”, como o seu processo criativo funciona? Você rascunha as personagens e só depois trabalha em suas personalidades e backgrounds? Existem mudanças entre seu pensamento inicial e seu rascunho final?
Lucinda Riley: A série “As Sete Irmãs” é um caso bastante particular, sendo uma releitura alegórica dos contos gregos das Sete Irmãs das Plêiades. Cada livro foca em uma das irmãs, e suas personalidades e backgrounds são inspirados por suas versões do mito original — mas trazida para os dias de hoje. Por exemplo, a terceira irmã Star, em “A Irmã da Sombra”, é a mais quieta e reservada das irmãs, assim como é a mítica Astérope, em quem ela é baseada.
Tenho a série inteira mapeada na minha cabeça e eu sei para onde cada irmã será encaminhada, mas eu raramente escrevo alguma coisa. Claro que haverá pequenas mudanças entre o primeiro e o último rascunhos, mas eu soube o enredo principal desde que comecei a série em 2014.
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Livros da série As Sete Irmãs publicados no Brasil pela Arqueiro |
LOHS: Ainda em “As Sete Irmãs”, quando você começou a escrever essa jornada, já sabia de onde cada irmã era? E o que pode nos contar sobre a irmã que nunca chegou? Ela já existe em sua cabeça? Teremos um livro sobre ela?
Lucinda Riley: Sim, eu sempre soube de onde cada irmã era e para onde cada uma irá. Agora sobre a “irmã perdida”… Eu não vou dizer muito, mas todos os mistérios serão resolvidos no sétimo e último livro, eu prometo! Eu tenho tudo planejado na minha cabeça. Isso preocupa meus editores a princípio — “Mas Lucinda”, eles dizem, “o que acontece se você morrer?”. Eu os garanti que contei ao meu marido os segredos do sétimo livro... mas acho que ele já esqueceu todos agora!
LOHS: Nós constantemente encontramos essa relação entre passado e presente em suas histórias. Por que você utiliza esse artifício? Você acredita enriquecer a narrativa?
Lucinda Riley: Eu acho que justapor o passado e o presente leva a história a uma perspectiva maior. A moral subjacente de todas elas é que o perdão, a aceitação e o entendimento do passado das pessoas são vitais para se viver feliz no presente e para abraçar plenamente o futuro. Tantos de nós nos deixamos prender por eventos no passado — é possível aceitá-los e seguir em frente.
Meu romance mais recente, no entanto, não se utiliza dessa estrutura — “The Olive Tree” (A Oliveira, em tradução livre), também conhecido como “Helena’s Secret” (O Segredo de Helena, em tradução livre) em alguns países, é um romance completamente contemporâneo. É talvez o meu romance mais pessoal até agora, haja vista que foi inspirado em um feriado em família ao qual fui há dez anos. Situada em Cyprus, segue a personagem Helena, a qual herda uma velha casa chamada Pandora — o lugar em que se apaixonou pela primeira vez, 24 anos atrás... não é um romance tipicamente “Lucinda Riley”, mas eu estou extasiada com as reações positivas de meus leitores.
LOHS: No começo de sua carreira, você escreveu um suspense. Você pensa em trocar o gênero histórico para outros?
Lucinda Riley: Sim! Na verdade, eu reescrevi o thriller ao qual você se refere – “Seeing Double” (Vendo Dobrado, em tradução livre) – e ele será lançado ano que vem com o nome “The Love Letter” (A Carta de Amor, em tradução livre). Mesmo que ame explorar o passado, também sou atraída pelos outros gêneros e já tenho planos empolgantes para o que eu escreverei depois de ter terminado a série As Sete Irmãs. Mas, por enquanto, eu estou concentrada nas minhas irmãs.
LOHS: Qual é a melhor e a pior parte em escrever romances históricos?
Lucinda Riley: Eu não sei se existe uma coisa ruim – só consigo pensar nas coisas boas. As melhores partes são ter uma chance de explorar o mundo, ver como os personagens podem crescer e olhar para o futuro por meio do perdão e do entendimento de seu próprio passado. Sempre fui instintivamente puxada pelo passado, e muito da ficção que eu leio é histórica. Meu período favorito são os anos 1920/1930 e seus autores maravilhosos como F. Scott Fitzgerald e Evelyn Waugh que escreveram tão bem sobre aqueles tempos. Com cada livro que escrevi, minhas pesquisas têm me ensinado muito mais sobre a humanidade e eu estou admirada pelas fortes mulheres e homens que trabalharam para criar as sociedades em que vivemos hoje.
Talvez uma parte difícil de escrever um romance histórico seja acertar todos aqueles pequenos fatos históricos – meus romances não são de modo algum textos históricos, mas sempre terá um leitor atento que me corrigirá a respeito do encanamento do século XVIII da Noruega, ou algo parecido. Isso não é de modo algum algo ruim, só me mantém atenta.
LOHS: Quando você era mais nova, publicou A Garota Italiana. E agora você teve que reescrevê-la para que pudesse ser publicada novamente. O que é mais difícil: escrever um livro completamente novo ou atualizar o que já está escrito?
Lucinda Riley: Eu diria que ambos são difíceis de modos diferentes. Quando você está escrevendo do zero, existem telas em branco que você pode preencher – sua imaginação não tem limites, mas isso pode significar trabalho duro. Quando reescrevemos algo que foi escrito quase vinte anos atrás, você se depara com uma versão mais jovem e inexperiente de si mesma. Então, por mais que seja uma delícia redescobrir alguns personagens antigos, reler certas frases que escrevi como uma autora mais jovem pode me fazer encolher.
LOHS: Você acredita que essas duas versões de A Garota Italiana sejam diferentes? Se sim, qual foi escrita pela garota e qual pela mulher que você é agora?
Lucinda Riley: Minha sensação é de que eu era uma contadora de histórias antes, mas agora eu sou uma escritora também, tendo em vista que demorei vários anos para aperfeiçoar o ofício da escrita. Eu não quero entregar muito do enredo, mas no coração do romance está Rosanna Menici, uma jovem garota vivendo em Napolis, que é lançada ao estrelato quando sua linda voz é descoberta. À medida que sua carreira como cantora de ópera se desenvolve, Rosanna começa um apaixonante relacionamento com seu companheiro, também cantor de ópera, Roberto. Infelizmente, uma grande paixão nem sempre significa um relacionamento longo e estável. O romance foi inicialmente publicado em 1996, e revisitando-o quase 18 anos depois, fui capaz de adicionar muito mais profundidade e complexidade às personagens e seus relacionamentos.
LOHS: Como está sendo a turnê literária no Brasil? É como você imaginava que seria?
Lucinda Riley: Eu tenho muitas boas recordações de bienais anteriores, então estou muito empolgada em retornar. Eu fico tão tocada por todas as mensagens gentis e encorajadoras que recebi de meus fãs brasileiros, e estou ansiosa por conhecer alguns deles pessoalmente.
LOHS: O que podemos esperar em 2017?
Lucinda Riley: Estou planejando me focar majoritariamente na escrita, então temo que farei menos turnês literárias. Eu estarei me preparando para a publicação de “The Pearl Sister” (A Irmã da Pérola, em tradução livre), assim como meu livro anteriormente publicado “The Love Letter” (A Carta de Amor, em tradução livre). E, claro, eu estarei pesquisando a história de Tiggy, o quinto livro da série As Sete Irmãs, que me levará para a Espanha. Muito do meu tempo será gasto aconselhando e trabalhando na série de TV As Sete Irmãs... vai haver várias coisas empolgantes em 2017!!
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Da direita para esquerda, Lucinda, Izabela e eu (Carolina) |
Foi uma grande alegria para nós conhecer a Lucinda pessoalmente e ter momentos tão agradáveis em meio a loucura que foi a Bienal do Livro em São Paulo!!
Agradecemos mais uma vez pelo carinho e atenção dessa autora fofa para responder nossas perguntas e também à
editora Arqueiro que possibilitou tudo isso!!!!
Aos nossos amados leitores, pedimos que aguardem com paciência porque em breve teremos sorteios incríveis - incluindo um livro autografado pela Lucinda Riley!!! ;)
Acho tão legal esses posts de entrevista, me sinto tão íntima dos autores hahaha. Me dá até vontade de conhecer eles também. Eu nunca li nada dela, mas já ouvi falar, li várias resenhas e as opiniões são sempre muito boas. Estou ansiosa pra começar logo, e eu amei ver esse post por aqui.
ResponderExcluirUm abraço!
http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/
Leia,Leia e Leia vc não vai se arrepender.
ExcluirEntão meninas, amei a entrevista, as perguntas estão ótimas e o conteúdo das respostas apresenta até algumas dicas para os escritores. Fiquei curiosa e vou pesquisar mais sobre a Tailândia que ela descreveu de forma tão linda e que conheço tão pouco. Os livros dela que estão sendo lançados pela Arqueiro possuem capas belíssimas e quero ter a oportunidade de lê-los e conhecer a escrita da autora :)
ResponderExcluirAi que bacana esse momento :)
ResponderExcluirAdorei a entrevista.
Adoro os livros dela, a escrita da autora é maravilhosa.
Bateu aquela super vontade de conhecer um autor rs <3
Um dia, quem sabe... Sonho!
Beijos,
Caroline Garcia
Amooooo a Lucinda <3
ResponderExcluirAdorei a entrevista. Ela se tornou uma das minhas romancistas favoritas. Espero que a Arqueiro relance os livros dela.
Beijos
Olá Carolina, tudo bem?
ResponderExcluirA Lucinda é demais, super atenciosa e sem falar das suas histórias, os livros dela são ótimos gosto muito da maneira que ela escreve....gostei demais da entrevista parabéns...bom final de semana....bjs.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Que post maravilhoso!! Essa entrevista com a Lucinda foi fantástica!! Gostei muito das perguntas feitas e das respostas da Lucinda, que parecer ser uma pessoa muito espontânea e simpática!!
ResponderExcluirBeijoss
Adoreeeiii a escritora, pelo jeito mto simpática! Qro mto ler a série dla tenho lido mtas resenhas legais sobre...
ResponderExcluirParabéns pela entrevista!
Bjs!
Li A Casa das Orquídeas há alguns anos, e me apaixonei pela escrita da Lucinda... Lembro-me que na época queria ler todos os outros dela, mas o monetário não ajudou, e acabou que deixei quieto. Depois dessa entrevista maravilhosa a vontade surgiu de novo, e com certeza vou tentar sanar essa vontade. Parabéns pelo trabalho, meninas! Conheci vocês pela entrevista com a Colleen Houck, e o trabalho do blog continua ótimo!
ResponderExcluirAté mais, ^^.
Oi!
ResponderExcluirQue linda essa entrevista, parabéns! Ainda não tive o prazer de ler nada da autora, mas tenho seus livros em minha lista de desejados. As premissas dos mesmos são encantadoras. E sempre encontro comentários muito bons a respeito de suas obras. Obrigada! Beijos.
Inveja define esse momento.
ResponderExcluirHahahaha
Acabei de ler As Sete Irmã, amei, me apaixonei e estou doida para saber como vai ser com cada irmã.
E espero de coração que ela não morra e que o marido dela lembre do mistério do sétimo livro se for preciso, hahahaha.
Amei a entrevista!
Fico super feliz por vocês crescerem com o blog cada vez mais.
Parabéns pela entrevista!
E a Editora Arqueiro é uma linda mesmo <3
Beijoooos
www.casosacasoselivros.com
Parabéns pela entrevista esta maravilhosa é sempre bom saber mais sobre o autor e suas obras e como eles conseguem ter essas ideias e personagens para os livros, achei interessante saber que ela viaja para descrever os locais das historias,ainda não li nenhum de seus livros mas quero ler, acho as capas muito bonitas, oba sorteio e autografado é tudo de bom e mais um pouco kk.
ResponderExcluirGente, meu sonho da vida é ir na Bienal. Infelizmente eu moro muito longe :/ mas quem sabe um dia, né? Entrevistar um autor deve ser uma delícia, uma experiência maravilhosa. Parabéns pra vocês, continuem trazendo esses posts pra gente. Muito sucesso sempre!
ResponderExcluirUou, sortudas por terem a visto.
ResponderExcluirQuero muito ler A Garota Italiana que pelas resenhas vista gostei muito. Todo mundo esta falando desta autora e como suas obras são boas.Não deu para ir na Bienal e olha que não é tão longe de minha casa.Amei as respostas dela sobre o Livro A garota Italiana,foi um baita esforço da autora ter que reescreve-la
Que sortudas! Sonho com o dia que poderei entrevistar um autor que admiro, será uma experiência única.
ResponderExcluirFui à Bienal esse ano pela primeira vez e adorei tudo, fiquei simplesmente encantada, é um paraíso para nós leitores, né?! Com certeza, daqui para frente, irei em todas que conseguir.
Beijos