Autor: Harlan Coben
Título original: Darkest Fear
Tradução: Ricardo Quintana
Série: Myron Boliter
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Onde encontrar: AmazonBr | Saraiva | Cultura
Sinopse: Na época da faculdade, Myron Bolitar teve seu primeiro relacionamento sério, que terminou de forma dolorosa quando a namorada o trocou por seu maior adversário no basquete. Por isso, a última pessoa no mundo que Myron deseja rever é Emily Downing.
Assim, ele tem uma grande surpresa quando, anos depois, ela aparece suplicando ajuda. Seu filho de 13 anos, Jeremy, está morrendo e precisa de um transplante de medula óssea – de um doador que sumiu sem deixar vestígios. E a revelação seguinte é ainda mais impactante: Myron é o pai do garoto.
Aturdido com a notícia, Myron dá início a uma busca pelo doador. Encontrá-lo, contudo, significa desvendar um mistério sombrio que envolve uma família inescrupulosa, uma série de sequestros e um jornalista em desgraça.
Nesse jogo de verdades dolorosas, Myron terá que descobrir uma forma de não perder o filho com quem sequer teve a chance de conviver.
O que dizer desse livro que nem conhecia mas já considero pakas? Dando continuidade a este mês completamente dedicado a me enlouquecer, trago para você a resenha de O medo mais profundo, o sétimo livro protagonizado pelo intrépido justiceiro Myron Boliter. Esta é a primeira vez que leio o tão aclamado Harlan Coben e posso dizer que adorei o tempo que passei com o careca!
Novamente, vocês podem estar se perguntando por que eu li um volume tão distante do começo da série, novamente eu respondo: eu não sabia que se tratava de uma série. Porém, novamente, isso não fez diferença, porque estou chegando à conclusão de que esses romances policiais são completamente independentes entre si. A constante que carregam, no entanto, seu protagonista, evolui a cada volume. E suas relações com amigos, família e trabalho é alterada a cada caso.
Eu não sei como nem de onde veio Myron Boliter, mas o encontrei como um representante de atletas, amigo de Will e Esperanza, tentando recuperar o tempo perdido após fugir com uma apresentadora de TV famosa para o Caribe. Seus pais passam por um momento turbulento, o relacionamento paternal, como vocês puderam perceber pela sinopse é algo realmente importante! Com isso em mente, prossigamos para resenha!
"Este livro é para o seu pai. E para o meu." Dedicatória de Harlan Coben
Confesso que o autor já me ganhou com sua dedicatória. A premissa do livro é Boliter precisa achar o doador misterioso cuja medula óssea poderia salvar Jeremy, um garoto de 13 anos. Emily Dowing, a mãe do garoto, diz que Myron é o pai do garoto em uma forma desesperada para conseguir sua ajuda. E bom, Boliter aceita o caso.
"- Quero que você entenda.
- Entender o quê?
- Ele vai morrer sem nunca ter beijado uma garota." Emily e Myron, p. 137
Essa busca pelo doador desaparecido, no entanto, levará-o para caminhos perigosos e misteriosos. Terese Collins, a "atual" de Myron, é uma famosa apresentadora e ajudará o começo das investigações. Nosso investigador consegue um nome e um número de telefone: Sr. Davis Taylor. Myron liga e deixa um recado. Somente para ser acordado às duas da manhã com um homem pedindo que ele plantasse a semente. A ligação é completamente estranha e termina com um tom ameaçador.
"- Por favor. Faço o que o senhor quiser. Mas temos que nos encontrar.
- Vai se lembrar de plantar as sementes?
- Sim, vou lembrar.
- Muito bom. Então sabe o que precisa fazer.
- Não. O que preciso fazer?
- O garoto. Dê um último adeus a ele.", p. 93
O que realmente começa a dar uma encalacro é o momento em que Boliter decide pesquisar na internet o significado daquelas palavras. E seus resultados nos levam diretamente para um caso de um serial killer psicopata que foi entrevistado por um jornalista.
"- A ideia é manter o terror vivo. Fazê-lo crescer, não com violência ou derramamento de sangue óbvios, mas com a imaginação.", p. 98
Bom, isso é tudo o que eu posso falar a respeito do enredo. Não é muito, mas espero ter aguçado sua curiosidade, porque - sério - esse livro merece ser lido. Os capítulos são curtos, o que torna a leitura agradável e envolvente.
Gostei muito de Myron e sua língua capciosa; de Will e seus 'ahn, talentos'; de Esperanza e sua atitude completamente badass. No entanto, o que mais me tocou foi realmente todo esse lance de pai e filho. Eu, obviamente, mandei meu pai ler o livro assim que o terminei. Porque, além de uma boa dose de mistério e de dúvidas e teorias, o volume traz considerações a repeito do amor paternal. Até que ponto as pessoas estão dispostas à loucuras para salvar seus entes queridos?
Teve uma cena que me chamou muito a atenção: Myron e uma professora do Jardim de Infância conversando sobre um aluno. Uma criança para a qual ela deu aula há mais de 30 anos. Na cena, a professora diz que as crianças são, talvez, as criaturas mais cruéis que existem, porque não possuem ainda nenhum controle sobre seus id, ou seja, suas vontades. Elas estão na escola para aprenderem a socializarem. E nesse espaço limitado, todo o seu potencial para vida é revelado. A Srta. Simmons acredita que a verdadeira natureza de qualquer pessoa pode surgir enquanto ainda são crianças de três, quatro anos. Foi apenas um detalhe que me chamou bastante atenção e eu gostaria de dividir com vocês para que pudéssemos refletir a respeito.
Enfim, leiam o livro, deem risadas e fiquem completamente viciados na história de Harlan Coben, O medo mais profundo. É uma leitura surpreendente, eu lhes asseguro!
Olá,
ResponderExcluirTenho que confessar que esse é um livro que tenho ouvido falar mas não me interessei, provavelmente seja por não ter tido coragem de ler nada do autor, os que eu comecei parei ligo no começo.
Mas acho que preciso dar outra chance pra ele, e sua resenha me deixou curiosa sobre ele, vou colocar na minha lista (já nem vejo sem vim).
Oi Izabela,
ResponderExcluirDo autor já li dois livros e embora nenhum deles fosse ruim, tbm não empolgaram. Até queria ler algum outro livro do autor, mas acaba faltando animo...
Faz muito sentido essa questão das crianças serem crueis por não terem controle do id. Nunca tinha parado para pensar nisso.
Abraço,
Alê
www.alemdacontracapa.blogspot.com
Oi, Izabela!
ResponderExcluirComo assim você não conhecia o meu carequinha preferido?
<3
Hahahaha
Eu amoooooo os livros do Harlan!
Esse eu ainda não li, que é lançamento.
Para você ter ideia, comecei a ler a série do Myron pelo 9 livro. A Arqueiro publicou fora de ordem, começou pelo 9, aí li o 10, aí o 1, o 3, o 2... E assim por diante.
Só não li o 5 e o 7.
Realmente você não precisa ler na ordem, já que as histórias dos casos são independentes, ainda que você tenha vislumbres da vida do Myron e do Will aqui e ali.
Eu amo o Myron e sua língua afiada, o Will quase aterrorizante e a Esperanza badass <3
Quero muito ler esse!
Fiquei curiosa porque nos outros livros nada se fala desse filho :x
Beijooos
www.casosacasoselivros.com
Oi, Izabela!!
ResponderExcluirAcredite ainda não li nada Harlan Coben!! Mais sempre li resenhas que falam muito bem da escrita desse autor. Espero ter a oportunidade de ler esse e outros livros dele!!
Beijoss
Olá Izabela!
ResponderExcluirTenho mta vontade ler obras do autor, venho acompanhando resenhas de livros dle e adorei!
Bjs
Li até agora um livro do autor e gostei, quero ler mais. Esse parece nos passar reflexões sobre a família, essa busca por um doador pelo visto vai trazer muitos conflitos durante o percurso.
ResponderExcluirEsse autor esta entrando na minha lista de escritores favoritos. A forma que ele escreve é genial e a criatividade é surpreendente. Quero ler todos os livros dele.
ResponderExcluirOi, Izabela.
ResponderExcluirJá li um livro do autor e gostei bastante.
Tenho interesse em conferir outros. Esse lançamento parece bom, embora o autor sempre aborde histórias com desaparecidos.
http://www.revelandosentimentos.com.br/
Já li um livro do autor e gostei muito!! Sua resenha me fez ficar desejando ler esse logo! Tb gosto muito de livros que abordem essa relação pais e filhos. Achei muito interessante essa cena com a professora de jardim de infância e concordo com ela em uma coisa: crianças sabem como ser cruéis...
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