#II Mês do Halloween: Invocação do Mal 2 (#Literatura nas Telas)

Olá, queridas e queridos. Hoje é Halloween e um dos dias mais bacanas do mês. Eu, Iza, gostaria de agradecer em nome de todas nós o apoio e comentários durante esse segundo mês completamente dedicado ao terror e ao suspense. Outubro foi mais difícil para algumas de nós do que para outras, mas ficamos muito contentes com o resultado final.

Por conta do meu bloqueio com assuntos macabros, pedi à minha melhor amiga, fissurada por filmes de terror, que compartilhasse uma de suas melhores (ou seriam piores?) experiências com um filme. A escolha dela foi Invocação do Mal 2. O texto que vocês estão prestes a ler é um relato de uma alma valente que escolheu não sentir medo ao ser confrontada com as forças do mal (e dos meus comentários em parênteses, porque eu não consigo ficar quieta).

Depois desse Literatura nas Telas, acredito que todos assistirão ao filme, mesmo que não seja necessário! As melhores cenas estão detalhadas aqui, então, quem não assistiu e não se importa com detalhes, fique à vontade! Aproveitem e não deixem de nos contar suas melhores (ou piores) experiências com filmes! 

Filme

Lançamento: 9 junho 2016
Diretor: James Wan
Título original: The Conjuring 2
Elenco: Patrick Wilson, Vera Farmiga, Bonnie Aarons
Direção: 2h14min
Sinopse: Sete anos após os eventos de Invocação do Mal (2013), Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) desembarcam na Inglaterra para ajudar uma família atormentada por uma manifestação poltergeist na filha. A trama é baseada no caso Enfield Poltergeist, registrado no final da década de 1970.
- [...] Sinceramente, eu não sei o que é pior: os demônios, ou quem se aproveita da fé e boa vontade das pessoas...
- Os demônios. Eles são os piores.

Diálogo entre parapsicóloga descrente no caso dos Hodgson e Lorraine Warren.

O filme aborda outro caso do famoso casal de investigadores de atividades paranormais, Edward e Lorraine Warren, o melhor casal do mundp, convenhamos. Este caso, segundo eles próprios, trata-se do pior que já enfrentaram.
"- Depois de tudo o que vimos, não há muito que deixe nós dois apreensivos. Mas este... este ainda me assombra." Lorraine Warren
O filme começa com cenas de uma casa em Amityville por volta de 1976, cidade já consagrada pelo cenário por ser o cenários de diversos filmes de terror. O casal Warren foi chamado para investigar a casa mal-assombrada de uma desesperada família, os Lutz. O momento em que eles gritam à rua a sua situação foi um dos poucos segundos de tranquilidade do filme.


Do primeiro minuto em diante, é só susto atrás de susto. Logo depois, o casal e a família se preparam para uma "investigação espiritual", na qual o espírito de Lorraine se desdobra e anda pela casa, procurando por espíritos que possam estar lá. Nesse caso, é descoberto que um jovem assassinou brutalmente toda a sua família. Qual terá sido o motivo: problemas psicológicos ou influências malignas (sempre o 'x' da questão, não é mesmo?). É nessa cena, justamente, que a freira demoníaca aparece. Todos vocês ouviram falar dela, não? Os casos de desmaios e de aparições nas salas de cinema geraram notícia!
A relação dessa freira com o problema todo não é explicada. Porém, há boatos de que um filme solo será feito para explicar a situação, assim como Anabelle foi lançado após o primeiro Invocação do Mal.
A freira aparece constantemente para assombrar Lorraine. Durante várias cenas, fica claro que ela é tipo um demônio mesmo e tem toda a intenção de prejudicar os Warren. Depois que Lorraine a vê pela primeira vez, para explicar ao marido o quão aterrorizante foi (porque a bicha é feia mesmo) a médium diz:
- Ed... Eu não quero chegar mais perto do inferno que isso.
Com este caso resolvido, relatos de algo muito similar, em Enfield, Inglaterra, nos levam para o caso mais pesado de toda a carreira dos Warren. Ou seja, a família Lutz apenas introduziu e contextualizou o primeiro encontro da Lorraine com a Freira Satânica.

Focaremos agora, e pelo restante do filme, na família Hodgson. As crianças, Janet, Margaret, Johnny e Billy vivem com a mãe em uma casa quase caindo aos pedaços (digo isso por causa de um porão demoníaco, no qual está guardada uma máquina de lavar demoníaca). Janet, a mais nova, é a que mais sofre ao longo do filme; Margaret, a mais velha, é responsável pelos irmãos e ajuda a mãe a arrumar a casa; Johnny, o segundo mais velho, não é importante (sinceridade é tudo gente); e Billy, o mais novo, gago, é um dos que mais toma decisões erradas e se ferra.

O terror todo começa quando Margaret vê Janet brincando com o Tabuleiro Ouija (nada de bom pode sair de uma história que começa com "eles estavam brincando com um tabuleiro Ouija"), o qual a mais nova e sua melhor amiga fizeram no colégio. Margaret é convidada a jogar e aceita (por que irmã que é irmã se fode junto mesmo). No entanto, algo não está certo, porque – não importa quantas perguntas elas façam – nada acontece, pelo menos não na frente delas. À noite, Janet dorme com dificuldade e, de repente, acorda no meio da sala, nos fazendo pensar que ela é sonâmbula; Margaret acorda com barulho de batidas da porta, olha para cama ao lado e percebe que sua irmã não está lá. Janet volta para o quarto e ambas esclarecem que não era ela quem estava batendo na porta, aí todo mundo volta a dormir (porque COM CERTEZA isso é SUPER normal).

Bom, devo mencionar que o filme conta com milhares de elementos muito macabros, os quais mencionarei aos poucos. No entanto, confesso que um dos que mais mexeram com o meu psicológico foi o estranho gosto dos irmãos Janet e Billy a respeito de um abajur no qual, quando a alavanca é girada, cenas aparecem e uma musiquinha sobre a história do “Crooked Man” ou “O homem torto” começa a tocar. Posteriormente, essa musiquinha sofre uma pequena adaptação, quando o Crooked Man (a segunda aparição demoníaca do filme) se manifesta e persegue a família Hodgson, cantando:
Havia um homem torto e ele andou por uma trilha torta
O homem torto se aproximou e tocou o sino torto
E assim, sua alma torta desceu em espiral ao inferno torto
Assassinou sua família torta, e deu uma risada torta.
Bom, deixando músicas malignas de lado por enquanto, comentemos a primeira cena assustadora com o pequeno Billy. Viciado em biscoitos, ele come muito antes de dormir, mesmo com sua mãe lhe dizendo para não fazer aquilo, pois ele acordaria com sede durante a madrugada. Como toda boa e psiquicamente saudável criança, ele faz o oposto do que a mãe pede ou seja, come biscoito até o c... fazer bico e quando chega de madrugada ele faz o quê? Vai até a cozinha SEM ACENDER LUZ PRA PODER CHAMAR O CAPETA MAIS FÁCIL, NÉ? e fica tomando água.
Paralelamente, na mesma noite, Janet começa a pedir socorro enquanto dorme, o que faz Margaret tentar acordá-la, porém a pequena apenas volta a dormir. Quando a mais velha pensa que tudo se acalmou, Janet praticamente grita com uma voz bem mais grave que a dela e fica alternando essa voz como se estivesse conversando com outra pessoa, sentada na cama olhando para um canto escuro da parede. Sem dar mais detalhes, é interessante reparar que, a segunda voz que Janet emite (a mais grave) diz agressivamente que a casa é “dele” e que eles deveriam sair de lá, pois, se não saíssem, as coisas ficariam feias. No meio de tudo, a voz misteriosa comenta que está “brincando” com o pequeno Billy.
Quando as coisas se acalmam no quarto com as irmãs, o garoto aparece voltando para o seu quarto, pisando acidentalmente em seu caminhão de brinquedo. Ele o joga para dentro de sua barraca de brinquedos, no final do corredor e se deita. De repente, o brinquedo volta até o seu quarto, fazendo o barulho do corpo de bombeiros, ou seja, o satanás não mentiu: ele realmente estava lá, brincando com o pequeno Billy. Tudo termina tecnicamente bem e essa foi a primeira cena assustadora com o garotinho mais novo.

O casal Warren está curtindo a aposentadoria: Lorraine tem premonições, Ed pinta um quadro do relato a respeito da Freira e o pendura em sua casa (por que é lindo e elegante ter o quadro do Tinhoso pendurado na parede). Tudo está tranquilo, até que Lorraine, enquanto lê a bíblia, resolve procurar sua filha. A pequena chama a atenção da mãe para a tal Freira que está bem no final do corredor de sua casa e Lorraine resolve segui-la (a bicha é mais macho que muito homem). Em meio a muitos sustos e ataques do suposto demônio, ela pergunta o seu nome e de repente é “acordada”, percebendo que ainda estava sentada na poltrona, rabiscando bruscamente sua bíblia com o lápis.

Os sustos continuam aumentando. A terceira e última aparição assustadora vem para a pequena Janet. Trata-se de um velho que a assombra e fala através dela, desejando ardentemente que a família saia de “sua casa”. A cada rejeição, ele se manifesta de maneira mais e mais agressiva. Até que ela acaba parcialmente possuída pelo espírito de Bill Wilkins, um homem de 72 anos que morreu na poltrona misteriosa, a qual balança o tempo todo. O caso chega até os Warren por meio do padre que a família procurou e o casal resolve ajuda-los, apesar de ter decidido sossegarem.

Uma das cenas mais interessantes do filme (que mostra como o diretor foi feliz ao misturar coisas fofas com coisas assustadoras) é quando Ed canta no vilão Can’t help falling in love, do Elvis, para juntar a família Hodgens e troca olhares lindos e apaixonados com sua mulher. Minha cena preferida, porém, é quando Lorraine conversa com Janet.

- Oi, eu sou a Lorraine. Posso me sentar aqui?
- (silêncio.)
- Sabe o motivo de eu estar aqui? Sua mãe me contou sobre o que tem acontecido e eu estou aqui para ajudar, se possível. Quer conversar sobre isso?
- (silêncio).
- Quando eu tinha sua idade, fui visitar minha mãe no hospital e vi um anjo. Ele estava de pé, ao lado da cama de um menino e tocou a bochecha dele bem de leve. Então parou e olhou pra mim. Claro, minha mãe e as enfermeiras não acreditaram, mas eu sabia que era real.
- (silêncio).
- Ouça, eu sei como é. Eu sei como é perder os amigos por ser diferente. Mas eu também sei que uma pessoa pode mudar tudo. Você precisa se abrir com as pessoas.
- Como você sabia com quais pessoas podia se abrir?
- Eu não sabia. Às vezes, eu me magoava. E eu levei muito tempo, mas finalmente achei alguém que acreditou em mim.
- E o que você fez então?
- Casei-me com ele. [morri de amores com essa fala!]
- Eu estou tão cansada. Não consigo dormir aqui. Eu ia para a enfermaria da escola e me deixavam dormir lá, porque eu estava exausta. Mas agora não posso mais. Todo mundo tem medo de mim. Eu não tenho amigos, não tenho para onde ir. Eu sinto que não sou normal.
- O que quer que esteja fazendo isso, quer que você se sinta assim.
- Mas por quê?
- Porque é isso que o torna mais forte. Você sabe quando a voz vai falar?
- Às vezes.
- E quanto fala, ela parece estar vindo de dentro de você?
- Não. É como se viesse de trás de mim. Como se estivesse me usando.
- Ela diz alguma coisa só pra você? Que só você escuta?
- Sim.
- O quê ela diz?
- Disse que quer machucar você.
- Quando disse isso?
- Agora mesmo.


Durante suas investigações, os Warren entram em contato com o espírito de Bill através da Janet, uma das cenas mais assustadoras também por um jogo feliz de câmeras e luzes que o produtor fez, colocando Janet na poltrona, ao fundo, e todos de costas para ela (por um pedido do Senhor Wilkins). Assim, as luzes se apagam quando Ed faz contato, deixando a imagem da Janet desfocada e escura e, a medida que ela vai dando a voz para o velho, a silhueta do mesmo aparece ao fundo (sério, tudo em mim travou nessa parte).
O caso desenrola-se, os Warren são “convencidos” de que Janet e sua mãe forjaram tudo. Porém, quando o casal está preste a partir, Ed tem um insight de ouvir as gravações da comunicação com Bill e descobrem, por uma combinação de fitas e por uma visão da Lorraine que o velho, na verdade, está pedindo ajuda, pois alguém o está sendo usado. Com uma ideia de como derrotar o verdadeiro demônio, o casal volta imediatamente para ajudar a família.
Quando os Warren chegam, a família se encontra fora de casa, na chuva, por causa de um ataque de Janet possuída. Por eventualidades demoníacas, Ed fica preso na casa, tentando achar a criança, enquanto Lorraine, desesperada, luta para entrar. Será que Lorraine conseguirá salvar seu marido e a infeliz criança possuída? Assistam ao filme, vocês não se arrependerão!
(Por motivos de MUITO spoiler, revolvi omitir os parágrafos finais do lindo texto da Caah, portanto, quem ainda não assistiu, pode ficar tranquilo, tem coisa ainda para acontecer!)
E é isso, aí. Eu, Iza, já estou muito satisfeita com o que soube do filme. Assistiria? Óbvio que não. Mas sempre gosto de saber a história, porque posso usar argumentos como "a criança vai na cozinha de luz apagada, pqp", ou melhor "não brinca com a tábua Ouija, cazzo!". Apesar de não ser fã, respeito imensamente o trabalho dos Warren. Nisso eu acredito. Portanto, quando fiquei sabendo que a DarkSide lançaria o livro abaixo, quase surtei!  

Livro

Autor: Gerald Brittle
Título original: The Demonologist: the extraordinary career of Ed and Lorraine Warren
Tradução: Giovanna Louise
Editora: DarkSide Books
Páginas: 272
Onde encontrar: DarkSide | AmazonBR | Saraiva
Sinopse: Eles enfrentaram os mistérios mais sinistros dos últimos sessenta anos, sempre em busca da verdade. Agora é a sua vez de entrar em contato com o sobrenatural. Você tem coragem? Então leia Ed e Lorraine Warren: Demonologistas, a biografia definitiva dos mais famosos investigadores paranormais do nosso plano astral.
Não é de hoje que os fãs do terror conhecem Ed Warren e sua esposa, Lorraine. O casal foi retratado em filmes de grande sucesso, como Invocação do Mal, Annabelle e Horror em Amityville. Mas basta folhear as páginas de Ed & Lorraine Warren: Demonologistas para constatar que, muitas vezes, a vida pode ser bem mais assustadora que o cinema. No livro, Gerald Brittle desvenda alguns dos principais casos reais vividos pelos Warren. Ed e Lorraine permitiram ao autor acesso exclusivo aos seus arquivos sobrenaturais, que incluem relatos extraordinários de poltergeists, casas mal-assombradas e possessões demoníacas. O resultado é um livro rico em detalhes como nenhum outro.

A biografia do casal Warren. Este é o mais completo relato de casos que desafiam a ciência e a razão do nosso mundo contemporâneo. O capricho de sempre vocês encontram aqui. Capa dura, mimo dentro (tudo bem que o mimo é uma foto de uma boneca com o capiroto dentro, mas quem sou eu para julgar, não é mesmo?). Tudo do bom e do melhor para os fãs do terror!


 Feliz Halloween, leitoras e leitores. E obrigada, mais uma vez, por esse mês incrível!

8 comentários :

  1. Tem de ter muito estômago para ver esse filme.
    O livro tenho interesse em adquirir.
    Parece amedrontador realmente

    http://www.revelandosentimentos.com.br/

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  2. Assisti esse filme e não me impressionou (super corajosa, não? Não), mas assisti em família, e uma coisa sobre assistir terror/suspence em grupo é que muita coisa acaba passando do assustador aos comentários divertidos (olha aí os parentes no texto).
    Deve ser por isso que achei o primeiro bem melhor e assustador, mas o filme ainda é muito bom e eu recomendo. Falando nisso, viram que o livro exorcista da Darkside vem com uma réplica de Tabuleiro Ouija? Melhor editora kkk. E eu to completamente apaixonada por esse livro, que edição maravilhosa.
    E é claro, Feliz Halloween.

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  3. Esses doiiis...Esse filme eh mto bom, eu gostei mto, qro v se agora leio o livro...
    Bjs

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  4. Estou com esse filme e o primeiro aqui em casa esperando para assistir, ou melhor criar coragem rs. Esse tabuleiro Ouija devemos passar longe dele, pois pelo visto trás muitas tragédias rs. Pelo texto é assustador dá para causar um medo e tanto, só de olhar pra foto dessa freira e ficar imaginando ela aqui em casa no escuro já causa arrepios a bicha é feia demais.

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  5. Oi, Izabela!!
    Amei a resenha do filme foi super legal!! Ainda não assisti o filme Invocação do Mal 2 mas acho que agora estou louca para conferir esse filme!! Também quero muito o livro!!
    Beijoss

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  6. Assisti o primeiro e amei, está entre os meus favoritos!! Agora estou doida pra ver esse. Essa freira é muito macabra... Tb estou doida pra ler o livro. O casal Warren é demais!!

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  7. É interessante demais, mas não tenho coragem para assisti ou ler o livro. Senti arrepios até ao ler a sinopse.

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  8. Eu e a minha ideia de girino de ir assistir esse filme no cinema. Experiencia bem tensa com capirotos em tamanho sinistro aparecendo na nossa frente. Gostei do filme, mas ainda não tive a oportunidade de ler o livro. E fica aqui a minha indignação, MANO QUEM E QUE PINTA ESSA FREIRA DO CAPETA E PENDURA NA PAREDE DE CASA???? MEU JOVEM, VC TINHA QUE TOCAR FOGO NESSE QUADRO. Ufa, passou a revolta. Pra quem gosta de terror, o filme tem uma boa pegada, e o apelo sobrenatural deixa os cabelos em pe. Dica mais do que repassada!

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